A ENGENHARIA AMBIENTAL
Por: Weuller Teixeira • 23/7/2020 • Tese • 1.078 Palavras (5 Páginas) • 179 Visualizações
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1 TRANSPLANTIO DE CARNAÚBAS
A Carnaúba (Copernicia prunifera) é uma árvore da família Arecaceae endêmica no semiárido do Nordeste brasileiro, árvore símbolo do Estado do Ceará, conhecida como árvore da vida, pois oferece uma infinidade de usos ao homem: as raízes têm uso medicinal como eficiente diurético; os frutos são um rico nutriente para a ração animal; o tronco é madeira de qualidade para construções; as palhas servem para a produção artesanal, adubação do solo e extração de cera (cera de carnaúba), um insumo valioso que entra na composição de diversos produtos industriais como cosméticos, cápsulas de remédios, componentes eletrônicos, produtos alimentícios, ceras polidoras e revestimentos.
O Decreto-Lei nº 27.413, de 30 de março de 2004, instituiu a carnaúba como símbolo do Estado. É protegida por lei e se encontra no brasão do Estado do Ceará. O artigo 2º diz que ficam a derrubada e o corte da carnaúba condicionados à autorização dos órgãos e entidades estaduais competentes.
O processo de transplantio de carnaúbas constitui uma importante técnica para evitar a supressão destas árvores e posteriormente realizar o plantio de reposição florestal, pois esta espécie apresenta crescimento lento podendo levar até vinte anos para atingir a idade adulta de uma árvore. O transplantio não pode ser considerado supressão, tendo em vista que a árvore será arrancada mantendo o torrão envolvendo todo sistema radicular, cuja mesma será transplantada do local de origem para o local do transplantio.
2 PLANTIO DE MUDAS DE CARNAÚBAS
O órgão ambiental exige uma proporção 3 mudas de carnaúba para cada árvore desta espécie que não sobreviva ao processo de transplantio. Assim, adotando-se uma taxa de 10% de perda das mudas transplantadas.
3 SELEÇÃO DAS ESPÉCIES PARA O PLANTIO
Visando á garantia do sucesso das atividades, levar em consideração as técnicas recomendadas para os trabalhos de reposição florestal, sendo que uma dessas técnicas consiste na seleção das espécies de mudas da Copernicia prunifera (carnaúba).
4 PREPARO DA ÁREA E COVEAMENTO PARA TRANSPLANTIO
Preparo das covas
As dimensões podem variar com o tipo de solo e o tamanho da palmeira.
Quanto pior a qualidade do solo, maior deve ser a cova. Normalmente variam de 0,50 x 0,50 x
0,50 a 1,0 x 1,0 x 1,0 m.
Espaçamento
O espaçamento é relativo, deve levar em conta o porte, o volume das folhagens e seu efeito
no espaço em que será plantada.
O espaçamento pode ser desde 2 a 10m.
Posicionar a muda verticalmente, preencher o restante da cova com a terra preparada, de
modo que o torrão esteja envolvido pela mistura.
Tutoramento
As palmeiras de grande porte devem ser tutoradas, principalmente se forem adultas. Isso
evitará que tombem com o vento. Pode ser feito com estacas de madeira, ou cabos de arames ou aço.
Para prender o tutor, pode-se utilizar diferentes materiais como estopa, borracha ou feltro,
para que não ocorra atrito no caule e os danifique.
Irrigação
Irrigar abundantemente até sua fixação, e depois diminuir a frequência.
Poda e remoção de folhas secas
As palmeiras não devem ser podadas. Suas folhas secas devem ser retiradas para que não
ocorram acidentes, ou danifiquem o patrimônio.
Manutenção
Em geral após a fase de adaptação, as palmeiras não possuem muitas exigências.
5 DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DOS TORRÕES DAS ÁRVORES
Para determinação do tamanho dos torrões das árvores que irão ser transplantadas, deve-se calcular:
- O DAP da árvore que irá ser transplantada (Diâmetro na altura do peito)
- Multiplicar o valor do DAP por no mínimo 6 (o engenheiro responsável pelo estudo deve avaliar as condições do sistema radicular da árvore) e assim obter o valor do diâmetro do torrão da árvore que irá ser transplantada
- A altura do torrão deve ser de no mínimo 1,5 m (o engenheiro responsável pelo estudo deve avaliar as condições do sistema radicular da árvore)
6 ESCOLHA DOS ESPÉCIMES A SEREM TRANSPLANTADOS
Os espécimes passíveis de transplantio serão previamente avaliados por profissional habilitado (Biólogo, Agrônomo ou Engenheiro Florestal) quanto ao seu estado fitossanitário antes de ser escolhida para remoção.
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