A Engenharia Ambiental e Sanitária
Por: paulovictorleal • 24/5/2017 • Seminário • 754 Palavras (4 Páginas) • 151 Visualizações
Faculdade Católica do Tocantins
Engenharia Ambiental e Sanitária
Saúde publica e do meio ambiente- 7º período
Thiago Portelinha
Michele Sousa, Nathalia Ribeiro e Hislla.
O artigo- Epidemiologia da Doença Diarreica Associada às Escherichia Coli Diarreiogênicas em Crianças Residentes em uma Área Alagada de Macapá – Amapá, Brasil- aborda que as más condições socioeconômicas no Brasil é o principal fator para aparecimento de doenças diarreicas, que ocupam o 3º lugar como maior causador de mortandade em crianças menores de 5 anos, e o 2º entre crianças menores de 1 ano de idade. Com base nisso, o artigo afirma que na região Norte do Brasil os riscos de mortes chegam a ser de cinco a seis vezes mais que na região Sul, representando 30% do total de mortes durante os primeiros anos de vida. Além disso, segundo o Ministério da Saúde, 90% das crianças com menos de 2 anos de idade já apresentaram sintomas de diarreia infecciosa.
Uma pesquisa realizada entre 2000 e 2003, realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), relata que dentre as 10,6 milhões de mortes anuais de crianças, menores de cincos anos, 73% delas estão relacionadas a cinco diferentes causas, sendo a diarreia a segunda maior causadora de mortandade, com 18%, a líder do ranque com 19% é a pneumonia. Esse dados relatam a importância dessa enfermidade visto seus altos números de morbidade, principalmente sobre as regiões do mundo menos desenvolvidas.
Varias bactérias, vírus e parasitas intestinais são associados a infecções no ser humano. Desses agentes, destaca-se a Escherichia coli, na categoria de diarroigênicas. As manifestações clinicas causadas por essa bactéria variam de características e intensidades, para crianças e adultos, lembrando entretanto, que as crianças menores de cinco anos são mais suscetíveis
Apesar dos altos índices de morbidade causado, não existe no estado do Amapá, estudos que possam esclarecer as características dessa doença, especialmente as pessoas que estão situadas próximas a áreas de risco e sob maior exposição a fontes de infecção, como saneamento precário, fossa a céu aberto, condições de moradias inadequadas, ausência de um sistema adequado para o destino do esgoto e fonte de água para consumo doméstico não pertencente ao sistema público de abastecimento.
Para realização do trabalho, observou-se 162 crianças divididas em dois grupos (caso e controle), sendo 81 crianças para cada grupo. Foram incluídos no estudo crianças menores de 5 anos, de ambos os sexos, que tenham apresentado diarreia nas 72 horas que antecederam a realização da entrevista, residentes na região de Amapá. O grupo controle foi constituído por crianças na mesma faixa etária, residentes na mesma área do estudo e que não tenham apresentado distúrbios gastrointestinais nas 72 h que antecederam a realização da entrevista.
Aos pais ou responsáveis foram entregues uma fixa de perfil socioeconômico a ser preenchida, com a renda familiar, escolaridade e idade da criança, condições de moradia, informações referente a diarreia, e aos hábitos de higiene.
Coleta das amostras - de cada criança foi coletada uma amostra de fezes que foi armazenada em um recipiente plástico estéril. As amostras de fezes foram transportadas em recipiente isotérmico ao Laboratório de Central do Estado do Amapá.
Com base nos estudos realizados, constatou-se que a maiores prevalências da doença diarreica foram observadas a partir do mês de abril com um aumento considerável nos meses de maio e junho de 2009. Também verificou-se que a faixa etária mais acometida pela diarreia são as crianças de 0- 12 meses (61,7%). Os indicadores sócios econômicos do estudo mostra que famílias com renda familiar baixa em torno de um salário mínimo (63%) e baixo nível educacional por parte do responsável da família, onde 16% não possuem nenhuma escolaridade e 30,9% não chegaram a completar o ensino fundamental, são onde se encontram as crianças mais acometidas pela doença diarreica.
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