A Fôrma de Madeiras

ANÁLISE COMPARATIVA ORÇAMENTÁRIA EM MODELO TRADICIONAL E EM BIM: UM ESTUDO DE CASO DE FORMAS DE MADEIRA^[1]

Camila Andrade – [e-mail]

Dalmo Gabriel – [e-mail]

Paulo Roberto Pereira da Silva – [e-mail]

Sara Boechat Henrique – [e-mail]

Antonio Ivo de Barros Mainardi Neto (Orientador) – [e-mail]

RESUMO

Este trabalho tem como principal objetivo realizar uma comparação entre o levantamento quantitativo convencional de formas de madeira do empreendimento Arvo Lacerda Franco da Construtora Rocontec obtido por via do programa Autodesk AutoCAD, com o levantamento quantitativo do mesmo material obtido através de um modelo BIM no programa Autodesk Revit com a metodologia apresentada na pesquisa. A estrutura do pavimento tipo do empreendimento foi modelada no programa Autodesk Revit. No estudo em questão, demonstrou-se a vantagem e assertividade de se obter o quantitativo do material para o orçamento de obras através do programa proposto Autodesk Revit, que compõe a tecnologia Building Informantion Modeling.

Palavras-chave: BIM. Forma. Quantitativo.

BUDGET COMPARATIVE ANALYSIS IN TRADITIONAL AND BIM MODEL: A CASE STUDY OF WOOD SHAPES

ABSTRACT

This work has as main objective to carry out a comparison between the conventional quantitative survey of wooden shape of the development Arvo Lacerda Franco of the Rocontec construction company obtained through the program Autodesk Autocad, with the quantitative survey of the same material obtained through a BIM model in the Autodesk Revit program with the methodology presented in the research. The structure of the pavement type of the development was modeled on the Autodesk Revit program. In the study in question, it was demonstrated the advantage and assertiveness of obtaining of quantitative of the material for the construction budget through the proposed program Autodesk Revit, which makes up the technology Building Informantion Modeling.

Keywords: BIM. Shape. Quantitative.

1. INTRODUÇÃO

Pode-se se dizer que os erros gerados no levantamento quantitativo podem ocasionar sérios problemas aos investidores de uma obra. O impacto direto dessas falhas se divide em duas partes: O primeiro caso é a sobreorçamentação, que gera um orçamento bem acima do que de fato será executado. Nessa situação, um dos prejuízos pode ser a perda de competitividade principalmente, onde o empreiteiro tem preço de projeto muito acima dos concorrentes, além de ficar em desvantagem nas negociações com parceiros e demais investidores. O segundo caso é a sub-orçamentação, onde o levantamento quantitativo é abaixo do esperado, fazendo com que se tenha uma alocação de recursos financeiros insuficiente. A sub-orçamentação pode ser considerada a situação mais desfavorável, tendo em vista que os prejuízos são mais significativos, podendo culminar até mesmo em falência (GUERRETTA; SANTOS, 2015).

A economia no planejamento e no orçamento de sistema de formas envolve muitas variáveis como, por exemplo, o custo da mão-de-obra, custo do material, montagem e desmontagem das formas. A principal chance de se alcançar economia neste sistema é a reutilização das formas em outras concretagens, a modo de otimizar ao máximo o custo e eficiência do material (SANCHES, 2012).

De acordo com Santos (2009), geralmente a junção do sistema misto com o sistema convencional acontece por situações que envolvem custo e praticidade na execução. Um dos exemplos é o caso de uma locação, pois se a forma do fundo for aplicada de maneira convencional (madeira), ela não poderá ser desmontada até que seja feita a retirada do escoramento, e isso pode gerar um aumento no custo a cada dia que a forma fica “presa” no fundo da viga.

Na atualidade do setor da construção civil, existe o Building Information Modeling (BIM), que consiste em um processo melhorado para planejar, projetar, construir, usar e manter uma edificação durante toda a sua vida, a partir de modelos chamados ‘modelos de informação’ que são normalizados e que contém informações necessárias aos interessados e envolvidos. Ainda não é possível visualizar por completo o planejamento de uma obra, com todos aqueles cronogramas abstratos com milhares de atividades e precedências. Porém, o BIM ajuda a inteirar tempo com espaço, aumentando a expertise do cronograma e melhorando a comunicação (BRITO; FERREIRA, 2015).

1. PROBLEMA DE PESQUISA

O passo inicial para verificação da viabilidade de um projeto se dá no estudo de custo, onde são contabilizadas todas as despesas para execução do projeto. Este orçamento inicial tende a ser dividido entre diversos centros de custo que somados geram as composições diretas e indiretas.

Segundo Nazar (2006), a importância das formas para concreto na concepção, na execução e nos custos da estrutura de um edifício, justifica plenamente um estudo detalhado do seu dimensionamento e a melhor escolha dos materiais.

De acordo com Searby (1986), as formas requerem uma atenção especial em seu estudo quantitativo e financeiro, elas representam em média 15% do orçamento total da obra e cerca de 50% do orçamento da etapa de estrutura. Custo no qual é bastante expressivo na execução da obra.

Essa pesquisa visa a comparação entre o método convencional e o praticado com o BIM, analisando seus processos, benefícios e dificuldades, aplicados à um caso real.

1. OBJETIVOS

1. Objetivo geral

Analisar e identificar os valores demonstrados através do método com o levantamento quantitativo que se obterá no modelo BIM de forma a demostrar os benefícios obtidos na utilização dos recursos de modelagem.

1. Objetivos específicos

Os objetivos específicos são:

1. realizar uma análise crítica do planejamento orçamentário convencional/manual para sistemas de formas de madeira;
2. verificar o impacto do levantamento quantitativo no projeto e sua real utilização no orçamento de uma obra para a aplicação de formas de madeira;
3. analisar a aplicação do BIM no levantamento quantitativo de formas em um caso real e comparativo com o levantamento tradicional.

1. JUSTIFICATIVA

No planejamento de uma obra, tem-se como maior agente a curva físico-financeira, que se refere ao valor desembolsado para cada avanço físico de produção. Esse planejamento é feito com base no orçamento, que contabiliza todos os gastos que serão despendidos durante a execução do projeto.

O custo é composto com base no Índice Nacional de Custos da Construção (INCC) do mês base do fechamento do contrato, transformando os valores em índices, que depois são reajustados no período da contratação, se adequando as variações de preços de materiais e mão de obra.