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A HISTÓRIA COMPLETA da GRAVITAÇÃO UNIVERSAL

Por:   •  20/6/2022  •  Trabalho acadêmico  •  5.671 Palavras (23 Páginas)  •  171 Visualizações

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A História COMPLETA da GRAVITAÇÃO UNIVERSAL  

Observar o céu noturno é um hábito compartilhado pela nossa espécie em diversos momentos da nossa vida, mas provavelmente vamos olhar para o céu noturno e ver algo de interessante. Talvez vai ser a lua num dia especialmente bonito ou uma constelação que conhecemos. Compartilhamos esse hábito com os nossos antepassados hoje em dia, devido a poluição luminosa, mas precisamos nos afastar dos grandes centros urbanos para conseguir ver a beleza do céu noturno. Mas no passado era diferente. Civilizações surgiram, prosperaram e voltaram a sumir. Tudo isso sobre a glória do céu noturno completo, com seus milhares de pontos brilhantes e vários dos indivíduos vivendo nessas civilizações, dedicaram boa parte das suas vidas a observar e notar padrões de coisas que aconteciam no céu noturno. E, de certa forma, foi esse o princípio da astronomia. A curiosidade pelo que acontece no século. Mas vamos aqui nos focar em seguir a linha do tempo que começa nas ideias da Grécia Antiga. Primeiro, porque temos muitos relatos escritos daquela época e segundo, porque as ideias da Grécia foram influentes na Europa de Newton, Kepler e outros astrônomos não menos importantes. Mas a Grécia não foi o único lugar onde a astronomia antiga se desenvolveu muito. Foi feito em todo o mundo, desde os precisos calendários feitos pelas civilizações que habitaram as Américas. Como as observações de astrônomos na China e Oriente Médio. Então, vamos voltar às observações do céu de mais imediato. Nós temos o sol que brilha durante o dia, percorrendo o céu de leste a oeste e durante diferentes épocas do ano, o sol vem a ficar mais ou menos tempo no céu e por conta disso, o ano passa a ser dividido em quatro estações.

O ano dividido em estações é essencial para qualquer grupo humano sedentário. Isso é que é desenvolver a agricultura e dividir a passagem do tempo através dos padrões por trás do movimento do sol. É uma ideia que parece ter ocorrido aos nossos ancestrais mais remotos e é a base por trás dos calendários solares. O segundo aspecto mais notável do céu noturno é provavelmente a Lua. Ela aparece durante as noites, iluminando um pouco da noite com a luz que ela reflete do sol. Só que ela é bem menor e menos dramática. A Lua também apresenta os seus padrões no céu noturno. Em algumas noites, ela está cheia, brilhando completamente. Depois de alguns dias, ela começa a escurecer em partes, até termos a meia lua. A lua minguante é noite sem lua. A partir daí, ela volta a se iluminar até retornar à glória da lua cheia novamente. A Lua também pode ser usada como uma boa medida de passagem do tempo. Os ciclos lunares demoram 28 dias, sete dias para cada fase. E é dali que temos os sete dias da semana. O calendário moderno é um misto de calendário solar e lunar e por isso nós temos algumas coisas confusas, como anos bissextos e similares. Além da Lua, o céu noturno apresenta pontos brilhantes que nós chamamos de estrelas.

Muitas civilizações notaram que alguns desses pontos se moviam, enquanto outros ficavam parados e pareciam eternos em sua posição. Os pontos que se movem receberam um nome especial planetas, que significa aquele que viaja com os planetas se movendo e o resto das estrelas. O conjunto de constelações no céu noturno parecia eterno, mas esse não era exatamente o caso. Às vezes, mudanças repentinas aconteciam nos céus e uma das mais frequentes era o aparecimento de cometas. Cometa significa algo como estrela cabeluda, porque apareciam no céu noturno de forma inesperada, deixando um rastro brilhante atrás de si. A cauda ou cabelo do cometa, um desses cometas, apareceu nos céus noturnos em 164, antes da era comum, e possivelmente foi observado por um homem grego chamado Ptolomeu. Nessa época, Ptolomeu já era um homem de idade e tinha feito diversas contribuições intelectuais, tentando explicar o céu noturno e o movimento da Lua e do Sol. Para o Ptolomeu, a Terra era o centro do universo e o mundo terrestre seguia suas próprias regras distintas do céu. A abóbada celeste era fixa e eterna, enquanto os planetas, o Sol e a Lua percorriam círculos perfeitos em torno da Terra. Nós éramos o centro do universo e todos os astros ao nosso redor eram eternos. O problema é que Ptolomeu, por razões filosóficas, acreditava que o único movimento que os planetas poderiam fazer era um círculo perfeito ao redor da Terra. Mas vários fenômenos no céu noturno, como o fato de que durante certos períodos do ano alguns planetas parecem mudar a direção de seu movimento, colocavam isso em dúvida eles realizavam o que é chamada de movimento retrógrado, que não pode ser explicado caso esses planetas se movam em círculos perfeitos.

A solução de Ptolomeu é conceitualmente simples é só adicionar mais círculos. Agora, os planetas percorrem círculos perfeitos sentados em torno de um círculo principal ao redor da Terra. Em 1531, o mesmo cometa avistado por Ptolomeu retornou à Terra mais uma vez, exibindo toda sua glória nos céus do mundo e em particular na Europa, onde um outro pensador e astrônomo, já nos seus 60 anos de idade, provavelmente viu ele cruzar os céus. Esse homem era Nicolau Copérnico e ele representa o começo do fim das ideias da Terra como o centro do Universo. Não entendam errado. Copérnico não foi o primeiro a propor que o Ptolomeu estivesse errado, mas foi o primeiro a ser influente o suficiente para tornar essa ideia famosa. Copérnico provavelmente não imaginava que o cometa que ele avistou nos céus também tinha sido visto por Ptolomeu milênios atrás, até porque cometas eram atribuídos a fenômenos atmosféricos. Nesse período, o modelo celeste de Ptolomeu colocava os céus como imutáveis e perfeitos. Qualquer coisa que aparecesse de nova devia ser um fenômeno da atmosfera e não da abóbada celeste. E até então o modelo celeste de Ptolomeu ainda era aceito na Europa, em parte porque o Império Romano era mais interessado em ciência aplicada e depois porque a Igreja Católica, com todo o poder que ela tinha na Idade Média, manteve o modelo do Ptolomeu como uma espécie de dogma, e discordar poderia resultar em você ser julgado como um herege e possivelmente a morte.

De toda forma, 12 anos depois da passagem do cometa e um ano após a sua morte, o livro do Copérnico intitulado Sobre a Revolução das Esferas Celestes, foi publicado. Nele, o Copérnico propôs um modelo de sistema solar que tira a Terra do centro. O movimento dos planetas ainda são. Perfeitas, como o Sol sendo o centro do Sistema Solar, mas não o centro do movimento dos planetas. A Terra era rebaixada a outro planeta, como Marte, Mercury e Vênus. A principal vantagem disso era explicar o movimento retrógrado de planetas como Mercúrio, que tem uma órbita menor que a da Terra e, portanto, se move mais rápido. Então, Mercúrio por vezes ultrapassa a Terra e temos a impressão de que ele volta no céu noturno. Apesar da pressão da Igreja Católica contra as ideias de Copérnico. Vários defensores surgiram entre os pensadores da época. Entre eles estavam nomes que hoje são lembrados pela ciência, como Galileu Galilei e Giordano Bruno. Galileu foi condenado a prisão domiciliar por ensinarem a doutrina copernicana e Giordano Bruno foi condenado por heresia e queimado vivo em praça pública. Giordano, inclusive, tinha uma ideia bastante moderna de cosmologia. Ele acreditava num universo infinito, cheio de corpos celestes, alguns que emitem a sua própria luz, e explicava as estrelas no céu e outros como a terra, que recebem a luz, as estrelas.

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