A INTERFERÊNCIA ANTRÓPICA NO CÓRREGO SUMIDOURO
Por: brendavitoriasf • 23/8/2018 • Trabalho acadêmico • 2.969 Palavras (12 Páginas) • 121 Visualizações
Universidade Federal de Goiás Escola de Engenharia Civil e Ambiental Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária | [pic 1] |
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INTERFERÊNCIA ANTRÓPICA NO CÓRREGO SUMIDOURO
Brenda Vitória de Sousa Fonseca
Bruna Araújo Cerqueira
Giullia Ferreira de Paula
Paulo Sérgio Lopes
Goiânia, 4 de dezembro de 2017[pic 3]
RESUMO
O trabalho apresentado abordou o córrego Sumidouro que é um subafluente da Bacia do córrego Botafogo. A partir de suas características a Resolução CONAMA 357/2005 o define como um rio de Classe 4, já que tem finalidade paisagística, portanto, não são definidos padrões para os parâmetros (cor, turbidez, pH, oxigênio dissolvido, demanda bioquímica de oxigênio, nutrientes e coliformes). Foi também abordado o uso e ocupação do solo, as áreas de preservação permanente e as características da bacia que esse córrego se encontra. O trabalho foi executado a partir do auxílio computacional mediante consultas a diferentes sites e uso do Google Earth. Portanto, a partir das análises realizadas foi possível concluir que as atividades antrópicas afetam diretamente as características de um corpo d’água.
- INTRODUÇÃO
O Parque Flamboyant fica localizado no Jardim Goiás, na cidade de Goiânia, na região centro-oeste do Brasil, Estado de Goiás. É um local com intenso fluxo de pessoas e cercado por grandes construções, próximo a um shopping, supermercado e também a um estádio de futebol. Nesse parque, nasce o Córrego Sumidouro, um subafluente (rios menores que deságuam em rios maiores) da Bacia Hidrográfica do Córrego Botafogo. Uma bacia hidrográfica é um conjunto de rios afluentes que fazem a drenagem das águas para esse curso de água estrutural.
Segundo a resolução CONAMA 357/2005, o córrego Sumidouro é um rio de classe 4, destinado à harmonia paisagística do local, não tendo finalidade de promover o abastecimento público, nem dessedentação de animais, nem é usado em contato primário. Assim, a resolução não impõe muitas restrições em relação à qualidade da água do córrego.
A localização do córrego, por se tratar de uma área muito urbanizada, ou seja, com diversas atividades antrópicas, provoca impactos que o afetam diretamente. Dentre esses impactos, o presente trabalho aborda o uso indiscriminado do solo, que provoca o rebaixamento do lençol freático. Este rebaixamento é resultado da exploração imobiliária, da lixiviação de resíduos descartados no Parque e suas consequências e, da alimentação dos peixes que ocasionam no excesso de efluentes.
Além disso, também serão abordadas as áreas de preservação permanente, mostrando o quão importante são para a conservação da nascente do Sumidouro, e, por consequência, a manutenção da qualidade da água do mesmo.
Nesse sentido, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de identificar as possíveis alterações dos parâmetros físicos, químicos e biológicos causados pelas interferências antrópicas no córrego Sumidouro.
- METODOLOGIA
Considerando a medição da cor, turbidez, pH e coliformes os materiais e métodos adotados foram:
2.1. Materiais
- Cor:
-Amostra;
-Espectrofotômetro da Hach;
-Pisseta com água destilada.
- Turbidez:
-Amostra;
-Turbidímetro;
-Padrões de 0,1 – 0,8 – 80 – 1000 UNT
- pH
-Amostra;
-pHmetro;
-Agitador magnético;
-Béquer;
-Pisseta com água destilada;
-Solução tampão padrão 4;
-Solução tampão padrão 7.
- Coliformes:
-Amostra de água;
-Proveta de 100 mL;
-Frasco de vidro de 100mL;
-Cartelas de colierte e enzimas;
-Seladora quanti try;
-Estufa Luz Ultravioleta.
2.2. Procedimento
- Cor:
-Colocar água destilada em uma cubeta para zerar a curva;
-Homogeneizar a amostra e coloca-la numa cubeta;
-Iniciar o equipamento.
- Turbidez:
-Calibrar o aparelho;
-Homogeneizar a amostra e coloca-la em uma cubeta;
-Realizar a medida de turbidez.
- pH
-Calibrar o aparelho usando as soluções padrão 4 e 7;
-Colocar 100 mL de amostra em um béquer;
-Inserir o eletrodo no béquer;
-Ligar o agitador;
- Coliformes:
-Medir 100mL de amostra em uma proveta;
-Colocar num frasco de vidro;
-Adicionar a enzima;
-Misturar bem;
-Colocar dentro da cartela;
-Selar a cartela e colocar na estufa.
- Impactos ambientais na Bacia do Córrego Botafogo.
Os aglomerados urbanos causam transformações ambientais resultados de ações antrópicas. Na Bacia Hidrográfica do Córrego Botafogo, figura 1, essas adversidades ocorrem de maneira a afetar fatores ambientais como o solo, a vegetação e a fauna, consequências de habitações irregulares, centros comerciais, deposição ilegal de resíduos e águas residuárias nos cursos hídricos, contaminação de nascentes, pavimentações e contaminação por metais pesados e outros elementos tóxicos ao longo da bacia, por exemplo.
Figura 1: Sistema Aquífero da Bacia Hidrográfica do Córrego Botafogo
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Fonte: Vanessa Romero,2017
A bacia hidrográfica do Córrego Botafogo possui uma má drenagem, sugerindo a ocorrência de alagamentos, que tem relação com o relevo, uma vez que a amplitude altimétrica da bacia facilita o escoamento das águas das chuvas que se concentram na região de mais baixa altitude, que não infiltram, em razão da impermeabilização do solo, desencadeando inundações (ROMERO; FORMIGA; MARCUZZO, 2017).
Mediante a isso, os impactos ambientais nos corpos hídricos ao longo da bacia que alteram os parâmetros de classificação dos cursos d’água determinados pela Resolução 357/2005, incluem alguns problemas.
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