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A Introdução à Sociologia do Trabalho

Por:   •  5/11/2022  •  Trabalho acadêmico  •  853 Palavras (4 Páginas)  •  109 Visualizações

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Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro

Centro de Ciências do Homem

AARE: Introdução à Sociologia do Trabalho

Professor: Ricardo Nóbrega

Estudante: Nicoly Oliveira de Melo

1a. Avaliação

  1. A partir da leitura dos Manuscritos Econômico-Filosóficos, explique o conceito de alienação/estranhamento em Marx (2,5 pontos)

                Segundo Marx, a alienação é um processo de exteriorização de uma essência humana e do não reconhecimento desta atividade enquanto tal, ou seja, no final do processo de trabalho, o produto feito se torna algo estranho, independente do ser que produziu. Este estranhamento pode ser considerado como um ponto principal para a concepção de alienação.

Ademais, Marx conceitua alienação em relação ao produto do trabalho; no processo de produção; em relação à existência do indivíduo e em relação a outros indivíduos.

        

  1. Explique o conceito de fetichismo da mercadoria em Marx (2,5 pontos)

                Marx em sua obra “ O Capital” nota que a mercadoria (manufatura) quando finalizada, não mantinha o seu valor real de venda, que segundo ele era determinado pela quantidade de trabalho materializado no artigo, mas sim, que esta, por sua vez adquiria uma valoração de venda irreal e infundada, como se não fosse fruto do trabalho humano e nem pudesse ser mensurado, o que ele queria dizer  com isto é que a mercadoria parecia perder sua relação com o trabalho e ganhava vida própria, ou seja, a mercadoria, resultante do trabalho humano, desaparece no mercado, que Marx chama de fetichismo, que quer dizer, nesse contexto, que o trabalho se torna invisível.

  1. Explique o que é mais-valia para Marx, diferenciando mais-valia absoluta de mais-valia relativa (2,5 pontos)
                    
    A mais valia é a parcela do salário que não é remunerada, ou seja, o esforço do trabalhador não é convertido em valores monetários reais. O sistema de mais-valia, explicado por Marx, é baseado na exploração do sistema capitalista, onde o trabalho e o produto produzido pelo trabalhador é convertido em mercadoria com a intenção de gerar lucros para o patrão, e assim, os trabalhadores acabam recebendo um salário inferior que não condiz com o trabalho realizado pelo mesmo. Juntamente a isto, Marx determina dois tipos de mais-valia, que são elas: mais-valia absoluta, que ocorre em função do aumento do ritmo de trabalho, o empregador exige um maior empenho na produção sem oferecer nenhum tipo de remuneração em troca, e o empregador recolhe o aumento da produção de excedentes em forma de lucro, ou seja, o lucro surge com com a intensificação do trabalho pelo aumento de horas na jornada laboral. Um exemplo é se o trabalhador precisa trabalhar 6 horas por dia e o empregador exige que trabalhe 10 horas, ou seja, as 4 horas a mais é a mais-valia absoluta. Já a mais-valia relativa é aplicada através do uso da tecnologia acelerando, consequentemente, o processo de produção e a quantidade de mercadoria produzida. Um exemplo aplicado é aumentar a quantidade de máquinas em uma fábrica, porém sem aumentar o salário do trabalhador, e automaticamente o mesmo passa a ser substituído por máquinas, de modo que a quantidade de trabalho social é diminuída e a mão de obra humana é trocada por uma mão de obra mecânica.
  1. Explique os tipos de solidariedade em Durkheim, apontando as diferenças existentes entre eles, sua relação com a divisão do trabalho social e os tipos de direito a elas relacionados (2,5 pontos)

                Para Durkheim, há dois tipos de solidariedade: a solidariedade mecânica e solidariedade orgânica. A solidariedade mecânica consiste em sociedades pré- capitalistas um pouco mais primitivas. Antes da consolidação do capitalismo existia um modelo de solidariedade mecânica que era como principal característica das grandes sociedades simples, como por exemplo no feudalismo, que tinha um modelo de organização com menor grau de complexidades. Nas solidariedades mecânicas, há um baixo nível de divisão do trabalho social, que significa que as funções individuais nessas sociedades são menores e menos intercaladas do que outras sociedades; nessas sociedades o direito é fundamentado na manutenção dos costumes para garantir que sejam respeitados e que a sociedade permaneça coesa em torno dessas tradições. Já com o desenvolvimento do capitalismo e o aparecimento da sociedade de classes, há o aparecimento do segundo tipo de solidariedade social, que é a solidariedade orgânica. Durkheim busca esse termo da biologia. A palavra orgânica vem de organismo vivo, ou seja, uma parte do corpo social deve corresponder com sua função em relação  a outra função. Esse grau de organismo vivo torna essa sociedade mais complexa, onde o grau de contato entre os indivíduos são mais fortes e de relevante dependência e que  possui uma alta divisão do trabalho social; nessa estrutura, o papel do direito também torna-se mais complexo e busca responder à criação de garantias e deveres aos quais os diferentes cidadãos possam compartilhar.

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