A Manufatura Enxuta, também conhecida por Lean Manufacturing, surgiu no Japão na década de 50
Por: davidribeiroufla • 3/8/2017 • Abstract • 9.221 Palavras (37 Páginas) • 395 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
A Manufatura Enxuta, também conhecida por Lean Manufacturing, surgiu no Japão na década de 50, como uma teoria que se baseava na priorização das melhorias da função-processo, pela eliminação contínua e sistemática das perdas do sistema produtivo. Sustentava o Sistema Toyota de Produção (STP), o qual foi construído utilizando-se, paralelamente, uma teoria de produção e um teste empírico da teoria pela lógica, do tipo: “tentativa e erro”.
Esse sistema de produção, quando devidamente adaptado e aplicado à empresa para a qual se destina, propicia excelentes resultados, pois são numerosas as fontes de oportunidades para redução e eliminação de desperdícios, dentre as quais podem ser citados os grandes estoques e as operações que não agregam valor.
Podemos citar operações que não agregam valor ao produto, como; os desperdícios burocráticos, como um sistema de informações ineficiente, processos de compras lentos, duplicidade de tarefas ou de aprovações em documentos importantes da empresa, entre outros casos. A implantação do sistema Toyota de Produção, somada à melhoria contínua da divisão produtiva, possibilita à empresa uma melhor preparação para enfrentar e conquistar mercado com grande potencial de crescimento. A utilização de uma tecnologia diferenciada e um produto inovador com vantagens estratégicas de localização, custos e sinergia do conceito campus, em que uma mesma instalação industrial abriga mais de uma unidade de negócios, porém mantendo a identidade e a linha de comando independente.
Este trabalho aborda a utilização de técnicas que constituem o conceito de Manufatura Enxuta, as quais determinam o verdadeiro valor do produto, dentro da cadeia produtiva, enfocando a adoção de métodos de controle de qualidade efetivos, no qual se permite a detecção de erros ou defeitos. Este método é usado para satisfazer uma determinada função de inspeção, assim como o sincronismo dos processos produtivos, o que garante o equilíbrio entre a capacidade e a carga. Para a implantação de processos de acordo com as técnicas de produção enxuta, faz-se necessário eliminar os desperdícios de produção, seus efeitos e prosseguir com a busca contínua de “zero defeitos, tempo de preparação zero, estoque zero, movimentação zero, quebra zero, lead time zero e lote unitário”, a produção enxuta lança mão de algumas técnicas e ferramentas como layout celular, o Just-in-Time (JIT), o Kanban (produção puxada), o mapeamento do fluxo de valor, os Poka-Yokes (Prova de Erros), dispositivos de inspeção, dentre outras.
De posse da teoria descrita acima pela equipe da turma de engenharia mecatrônica, 10º semestre, 2008.2, daremos início a análise crítica do desenvolvimento do processo de sistema de manufatura para fabricação de faróis.
Abrangeremos os processos de engenharia, fabricação, armazenamento e materiais, com foco na manutenção, desenvolvimento de produtos, comercial, logística, recursos humanos, qualidade marketing, contabilidade, financeiro e administrativo.
1.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Analisar o trabalho do Sistema Toyota de Produção para produção de faróis elaboração pela equipe do 10º semestre, 2008.2;
- Propor melhorias para a adequação e eficácia dos setores da empresa, para o Processo do Sistema Flexível de Manufatura;
- Desenvolver, durante o 10º semestre, 2009.1, quatro das melhorias propostas, visando a eficácia do Sistema Flexível de Manufatura;
- Apresentar para o professor e a turma de engenharia mecatrônica, 10º semestre, 2009.1, as melhorias propostas e as desenvolvidas;
- Possibilitar a continuidade do processo de melhorias do Sistema Flexível de Manufatura pelas turmas subseqüentes de engenharia mecatrônica.
2 ESTRUTURA DO SISTEMA DE MANUFATURA DA EMPRESA
2.1 DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
Todo o processo produtivo se inicia no desenvolvimento do produto pela Engenharia, só então o departamento comercial entra em ação com o levantamento de custos do produto, levando em consideração a solicitação de produção anual emitido pela montadora, quantidade de operadores, capacidade produtiva, entre outros.
A Engenharia de qualidade dos fornecedores - EQF, junto ao setor de compras são responsáveis pelo desenvolvimento de fornecedores que irão fornecer os sub-componentes, levando em consideração o histórico do fornecedor, instalações, qualidade certificada e menor preço.
2.2 MONTAGEM
A linha de montagem é totalmente flexível permitindo a possibilidade de montagem de dois tipos de faróis, utilizando dispositivos intercambiáveis que permitem uma troca rápida, permitindo assim a montagem de mais de um produto.
Segue abaixo, figura 1, fotos ilustrativas de dois produtos montados em uma mesma célula de montagem:
- FP3245; Farol Duplo;
- FP0978, Farol Principal.
[pic 1]
Figura 1 – Faróis produzidos na mesma célula.
Fonte: Empresa de Faróis.
Este sistema flexível de montagem é possível devido ao estudo de engenharia que trabalhou no desenvolvimento de dispositivos intercambiáveis, facilitando a troca dos berços com dispositivos pneumáticos de encaixe rápido, utilização de sistema Poka-Yokes, que não permite o posicionamento incorreto dos dispositivos e um fluxo de processo bem definido, levando em conta estudos de capacidade produtiva, cronoanálise, fichas técnicas dos dispositivos, folhas de instrução do operador, o que facilita a identificação da operação e como se deve proceder na execução da mesma.
A célula de montagem dos faróis, figura 2, é contida dos seguintes dispositivos.
- Dispositivos de parafusagem;
- Dispositivos de encaixe;
- Dispositivos de rosqueamento;
- Dispositivos fotométricos;
- Dispositivos de estanqueidade;
- Robô para aplicação de adesivos.
[pic 2]
Figura 2 – Célula de Montagem de Faróis.
Fonte: Empresa de Faróis.
A aplicação de aderente na preparação da superfície da carcaça para posterior aplicação de adesivo é inicio da montagem do produto final. A carcaça é fornecida pelas origens, ou seja, o setor de injeção disponibiliza no Kanban as peças necessárias para montagem (carcaça, moldura, lente, refletores, entre outros).
[pic 3]
Figura 3 – Fluxograma de Processo.
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