A Normalização e Qualidade Industrial

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Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

CEFET/MG

Engenharia de Minas

Disciplina: Normalização e Qualidade Industrial

Trabalho: Unidade I

Data da realização do trabalho: 31/10/2014
Turma: 9º Período	Prof. Responsável: Glayson K. A. Ferreira
Aluno: Luciana Pereira Alves	Uso do Professor	Nota do Grupo
Aluno: Luís Alberto Silva	Uso do Professor
Aluno: Ramon Vinhas	Uso do Professor
Aluno: Whálex José Mendes	Uso do Professor

Araxá, MG

2014

1. Com a Revolução Industrial, padrões técnicos foram impostos, permitindo a fabricação em série e uniforme de produtos e equipamentos. Anteriormente a esse processo, as normas não eram padronizadas cabendo a cada produtor manter seu conjunto de normas. Desta forma, conclui-se que a Revolução Industrial provocou grandes mudanças no processo de produção, desde o século XVIII.

1. A eletricidade passaria ser um dos marcos para as atividades sistematizadas de normalização, dada a sua importância para a indústria. Não por acaso, o mais antigo organismo internacional de normalização é a International Electrotechnical Commission (IEC), fundada em 1906.

1. O maior mais significativo crescimento da atividade de normalização ao longo da história mundial se deu durante o período da Segunda Guerra Mundial, devido a necessidade de adaptação das indústrias metalúrgicas e mecânicas americanas para a produção de aviões, navios, canhões e fuzis. Estes produtos passaram a ser produzidos de forma que empresas encarregadas pelas montagens recebiam as peças produzidas em outros locais, distantes geograficamente. Para que não houvessem problemas de produção, foi instalado um regime de padronização de medidas e tolerância. Outra consequência da Segunda Guerra foi a criação do UNSCC (Comitê de Coordenação da Normalização das Nações Unidas) que manteve-se durante o período do conflito e mostrando a efetividade da utilização de normalização.

1. Com o objetivo de facilitar a coordenação intercional e a unificação das normas industriais, a ISO (International Organization for Standardization) foi criada no ano de 1946, após o fim da Segunda Guerra Mundial por uma delegação de 25 países, entre eles o Brasil.

1. O manual de Resistência dos Materiais, compreendendo técnicas de construção de obras em geral (civil, mecânica, mineração) que foi publicado em 1905, pode ser considerado o primeiro marco da Normalização no Brasil.

1. A criação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foi o principal marco da história da normalização brasileira.

1. Com a intensa industrialização no Brasil nos anos 40, houve a necessidade de substituir as importações, pelo fato da fabricação de produtos estar concentrada nos países desenvolvidos para atender as demandas da guerra e pela dificuldade de navegação dos navios mercantes. Dessa forma, em 1973, o SINMETRO (Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) foi desenvolvido com a função de criar e executar em uma mesma organização, a política nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, passando para o estado o papel de conduzir a normalização.

1. Em 1992, a ABNT foi reconhecida como o único Foro Nacional de Normalização, uma vez que o SINMETRO foi reformulado e o conceito de normas obrigatórias foi abandonado. As principais contribuições para os dias atuais estão relacionadas a: modernização dos sistemas de metrologia, normalização e avaliação da conformidade e continuidade do apoio à informação e tecnologia e gestão da qualidade.

1. A criação da OMC (Organização Mundial do Comércio) se deu pela necessidade de acesso aos mercados externos, que exigia um alinhamento das normas técnicas nacionais com as internacionais (harmonização).

1. Pode-se entender normalização como uma forma de adoção de critérios referentes a atividades de forma a se estabelecer padronização, unificação e simplificação dos processos produtivos, garantindo uma confiabilidade e regularidade dos produtos ou serviços obtidos.

1. “Os objetos da normalização podem ser, mas não estão restritos a: controle de variedade, facilidade de uso, compatibilidade, intercambialidade, saúde, segurança, proteção do meio ambiente, proteção do produto, entendimento mútuo, desempenho econômico, comércio”. (ABNT, 2006)

1. Os principais objetivos da Normalização, segundo a ABNT, são:

• Adequação ao produto: Capacidade de um produto, processo ou serviço de atender a um propósito definido, sob condições específicas.
• Compatibilidade: capacidade de produtos, processos ou serviços serem usados em conjunto, sob condições específicas, para atender a requisitos pertinentes, sem causar interações inaceitáveis.
• Intercambialidade: capacidade de um produto, processo ou serviço ser usado no lugar de outro, para atender aos mesmos requisitos.
• Controle da variedade: seleção do número ótimo de tamanhos ou de tipos de produtos, processos ou serviços, para atender às necessidades predominantes.
• Segurança: ausência de risco inaceitável de dano. Em normalização, a segurança de produtos, processos e serviços geralmente adota um enfoque, visando à obtenção do equilíbrio ótimo de certo número de fatores, incluindo fatores não técnicos, tal como o comportamento humano, de modo a resultar em limitação dos riscos evitáveis de danos pessoais ou materiais, a um nível aceitável. (ABNT, 2006)
• Proteção do meio ambiente: preservação do meio ambiente contra danos inaceitáveis decorrentes dos efeitos e da aplicação de produtos e execução, processos e serviços. (ABNT, 2006)
• Proteção do produto (desaconselhável: proteção ambiental): proteção a um produto contra condições climáticas ou outras condições adversas durante seu uso, transporte ou armazenamento. (ABNT, 2006)

• Simplificação: visa à redução da crescente variedade de procedimentos e tipos de produtos. (ABNT, 2006)
• Comunicação: a comunicação é fundamental em qualquer atividade do ser humano. Também nos meios produtivos, a comunicação clara e objetiva é indispensável para evitar transtornos.
• Economia global: a normalização busca proporcionar a redução da crescente variedade de produtos e procedimentos, proporcionando desta forma a economia de recursos empregados. Dificilmente um fabricante conseguirá exportar seu produto, se não basear seu sistema produtivo em normas técnicas internacionais.
• Interesse do consumidor: no relacionamento fabricante consumidor, o consumidor é a parte que mais se beneficia dos produtos normalizados.n Quanto maior o número de normas implantadas para se fabricar um produto qualquer, maior a qualidade do produto e, portanto, maior a confiança do consumidor. O comércio internacional tem voltado sua atenção para o cliente. É cada vez maior, em todo o mundo, o número de associações de proteção ao consumidor, que passou a ter um papel decisivo na competição industrial.

1. Documento normativo é um termo genérico que estabelece regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados considerando normas, especificações técnicas, códigos de práticas e regulamentos.

1. Norma é um documento que estabelece regras, diretrizes ou características com a finalidade de otimização de atividades e produtos gerados. É instituída por consenso e aprovada por uma entidade reconhecida.

1. Pré-norma é um documento que serve de base para uma norma. É adotado temporariamente por uma entidade normalizadora com o objetivo de obter a experiência necessária a partir de sua aplicação, e colocado à disposição do público.

1. A) Especificação técnica: pode ser uma norma, parte de uma norma ou independente de uma norma que estabelece requisitos técnicos a serem atendidos por um produto, processo ou serviço.

B) Código de prática: pode ser uma norma, parte de uma norma ou independente de uma norma que recomenda práticas ou procedimentos para projeto, produção, instalação, manutenção ou utilização de equipamentos, estruturas ou produtos.

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