A Orçamentação
Por: Jorge Costa • 18/2/2019 • Artigo • 1.343 Palavras (6 Páginas) • 115 Visualizações
1 Introdução
O presente trabalho monográfico visa discutir a forma em que as construtoras realizam a etapa de execução de um empreendimento, orçamentos e estudos de viabilidades. Essa fase, se mal elaborada ou adjunta de imperfeição, pode acarretar prejuízos para quem for fazer uso destas informações, não conseguindo alcançar alguns de seus objetivos, tais como: estabelecer metas orçamentárias, quantificar materiais e serviços e estabelecer referências mínimas e máximas para os custos do projeto.
“Um orçamento é a expressão quantitativa de um plano de ação futuro da administração para um determinado período, ele pode abranger aspectos financeiros e não financeiros e funciona como um projeto para a companhia seguir no período vindouro”(Horngren, Foster e Datar, 2000;125).
Detalhar um orçamento traz vantagens para o incorporador, pois por meio dele é possível antever as despesas necessárias para construir uma edificação. Possibilita também verificar a viabilidade ou não de um projeto, concedendo dados relevantes que auxiliam a gestão na fase inicial e suas decisões. Fato este que propicia as condições necessárias para o profissional responsável técnico dimensionar suas equipes, fazer planos estratégicos de aquisição de material e quantificar as margens de produtividades, administrando de maneira global e formalizando controles físicos e financeiros inerentes à obra.
Vale ressaltar que o processo de gestão otimiza a estimativa de custo do empreendimento diminuindo, assim, as frustações e os problemas oriundos da execução de uma obra e, consequentemente ao final deste processo, o tão esperado lucro que é seu principal objetivo.
Levando-se em conta a importância dos procedimentos de preparação e escolha de um método orçamentário, e quão pouco é o tempo no mundo globalizado, algumas empresas utilizam como base para os seus cálculos dados de padrões construtivos próprios para compor seus orçamentos e em suas análises de viabilidade econômica. Sendo assim, este orçamento pode mostrar valores fora da realidade de mercado, e/ou originar a diminuição nas margens de lucro e até a perda da competitividade no campo imobiliário. Tal apontamento emerge como cerne da pesquisa em questão.
Partindo do princípio de que um orçamento inconsistente pode ser desfavorável no desempenho executivo de um projeto/obra levando a resultados até mesmo desastrosos a uma empresa; um bom orçamento é imprescindível para o sucesso de um projeto, pois trás consigo vários fatores que elevam sua segurança e confiabilidade, sem deixar de observar as transformações do mercado, onde há necessidade rápida, eficiente e confiável.
Um Orçamento Analítico ou Detalhado muda completamente a ótica do empreendedor. Este método de orçamento pode fornecer dados confiáveis em tempo hábil para o construtor, pois se utiliza cálculos e estimativas seguras, compatíveis com o mercado. Desta forma, o Orçamento Analítico ou Detalhado tornou-se ferramenta fundamental para quantificar e medir serviços, estimar com garantia o valor de um empreendimento e, em alguns casos, pode ser utilizado como instrumento de cobrança de serviços não executados ou mal feitos.
Assim sendo, pretende-se defender neste estudo monográfico a eficácia do Orçamento Analítico em detrimento ao Método Paramétrico, uma vez que este é variável e incompleto. O Método Paramétrico elaborado por quadros de área fornece uma estimativa histórica que, na maioria das vezes, não condiz com a real necessidade do empreendimento ao qual se aplica; o que pode acarretar em déficit monetário.
Visando minimizar as disparidades com custos previstos, verificar a viabilidade econômica de um projeto e custos finais de um empreendimento, o presente trabalho adquire relevância ao passo que analisa criticamente a forma com que por meio de quantitativos de áreas, índices e coeficientes estabelecidos pela NBR 12721 de 2006 tratam os estudos iniciais para lançamento de suas obras. Ambiciona-se, logo, desmistificar e até mesmo desqualificar os estudos de viabilidade realizados por índices e quadros de áreas equivalentes, sem desmerecê-lo de todo, mas apontando-o como falho. Ou seja, retira-se o halo de soberania do Método Paramétrico e se reconhece o Orçamento Analítico ou Detalhado como mais adequado.
2. Método paramétricos
E o tipo de orçamento aproximado, adequado às verificações iniciais como estudos de viabilidade ou consultas rápidas de clientes. Se os projetos não estão disponíveis, o custo da obra pode ser determinado por área ou volume construído. Os valores unitários são obtidos de
obras anteriores ou de organismos que os publicam periodicamente. Podemos citar como exemplo, o CUB (Custo Unitário Básico, definido pela NBR 12.721 e calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil de cada estado) é um indicador do custo unitário de construção, embora suas restrições diminuam a precisão. (Índices paramétricos: Aplicação da NBR 12721/06).
Este método permite que o investidor tenha uma visão do montante de investimento, ele terá que dispor, dando a ele um custo estimado total.
Desde o início de um empreendimento temos necessidade de estabelecer estimativas de custo mesmo sem ter os projetos arquitetônico, estrutural e instalações, em geral. O método de estimativa paramétrica encontra grande utilidade porque consiste em cálculos de um ou mais algoritmos matemáticos que relacionam dados técnicos, e parâmetros de obra e depende muito da experiência profissional, pois muitas suposições são estabelecidas na sua formulação. (CARDOSO, 2009, p. 218).
Esse
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