A PROTEÇÃO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO DE POTENCIA

LINHAS DE TRANSMISSÃO

No Brasil, o modelo do sistema elétrico de potência é dividido em três etapas: Geração, transmissão e distribuição. Neste estudo iremos abordar a proteção, conectividade dos sistemas, operação, seletividade e manobra nas linhas de transmissão.

As linhas de transmissão são cabos que na maioria das vezes são de alumínio, devido ao seu menor custo, peso e boa condutibilidade comparado com outros condutores, que são sustentados por torres nos quais são transportado a energia elétrica das unidades geradoras para as unidades consumidoras. As linhas de transmissão ainda podem dividir em: rede de transmissão, rede de sub-transmissão e rede de distribuição.

A rede de transmissão conecta as usinas geradoras as áreas de grande consumo, geralmente são poucos os consumidores com alto consumo de energia elétrica que são conectados a linha de transmissão. Esta transmissão é monitorada por centros de controle muito rigoroso, já que as tensões dessas linhas variam de 220 e 765 KV.

A rede de sub-transmissão transporta energia elétrica das redes de transmissão para as pequenas cidades ou grandes indústrias. Geralmente são linhas aéreas com níveis de tensão entre 35 e 160KV.

E por fim as redes de distribuição, que são responsáveis de levar energia elétrica aos consumidores industriais de médio e pequeno porte, consumidores comerciais e residenciais. Com níveis de tensão entre fases com valores eficazes de: na alta tensão 69 e inferior a 230 KV ( A.T.), na média tensão entre 1 e inferior a 6 KV ( M.T.)  e  na baixa tensão com tensão igual ou inferior a 1 KV (B.T.)

Todos estes sistemas citados, não teriam possibilidade de existir se não tivesse proteções tanto nas linhas de A.T. quanto nas de B.T., portanto tratando de sistemas de potência, as proteções são de suma importância para um correto funcionamento e para segurança do meio onde se encontra o sistema. Os sistemas de proteção garante a integridade dos equipamentos  trazendo segurança para realizar as devidas manutenções necessárias e com um sistema seletivo, podendo desligar apenas os locais com problemas ou pontos estratégicos que se deseja.

SELETIVIDADE

Tudo está sujeito a falhas, no sistema elétrico não é diferente, seja por questões ambientais, rupturas de cabos ou até mesmo instabilidade do sistema, podendo provocar curto circuito nas linhas.

A seletividade tem objetivo de minimizar os efeitos que essas anomalias causam no sistema, fazendo o desligamento do menor numero de equipamentos possíveis com a máxima proteção. Quando um sistema é capaz de detectar um comportamento faltoso e garantir que apenas essas partes faltosas são tiradas de operação é possível denominar esse sistema de seletivo (Hewitson et al., 2004).

Em grandes projetos, um sistema de proteção seletivo, tem que ser muito bem planejado para que se possa ter um bom desempenho a um menor custo possível. Apesar das proteções serem de valores bem elevados, eles representam muito pouco comparando com os equipamentos que ele protege, sem contar os prejuízos altíssimos que interrupções desnecessárias causam no sistema todo.

Na figura abaixo, pode-se observar a seletividade de um sistema elétrico (geração, transmissão e distribuição). As zonas de proteção (retângulos tracejados) que se interceptam funcionam como proteção principal ou de retaguarda, a depender da localização da falta.