A SOLDAGEM ELETRODO REVESTIDO

INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS / CAMPUS GOIÂNIA

DEPARTAMENTO DE ÁREAS ACADÊMICAS IV

COORDENAÇÃO DA ÁREA DE MECÂNICA

DISCIPLINA: SOLDAGEM

TÍTULO DA ATIVIDADE

SOLDAGEM ELETRODO REVESTIDO

Alunos

JOÃO PEDRO DE CASTRO AVELAR

JOÃO VITOR CASTRO

Professor

Júlio Pedrosa

GOIÂNIA

DEZEMBRO DE 2017

1. IDENTIFICAÇÃO DA ATIVIDADE

1. TÍTULO: Aula prática de soldagem Eletrodo Revestido
2. DISCIPLINA: Soldagem
3. LOCAL: Laboratório de soldagem do IFG – Campus Goiânia
4. RESPONSÁVEL PELA REALIZAÇÃO: Prof. Júlio Pedrosa

1. OBJETIVO DA ATIVIDADE

O objetivo da atividade era instruir os alunos sobre os cuidados e procedimentos necessários para a realização da soldagem com eletrodo revestido. A atividade inclui também a regulagem do equipamento e a demonstração do processo, contando também com a participação dos alunos.

1. INTRODUÇÃO

Durante as aulas teóricas da disciplina de soldagem, foram estudados conceitos básicos sobre os processos de soldagem, bem como os equipamentos de proteção e outros tópicos relacionados. Foi proposto em uma das aulas a aplicação desses conceitos através de uma aula prática realizada no laboratório.

O relatório em questão contém dados sobre a realização da aula experimental, incluindo recursos utilizados e descrição do processo como um todo. O processo realizado foi a soldagem por Eletrodo Revestido, sendo amplamente utilizado por apresentar diversas vantagens. É um processo de baixo investimento, não necessita de suprimento gasoso, apresenta flexibilidade para aplicação, diversidade nos consumíveis (eletrodos a serem utilizados no processo) e funcionalidade extra de equipamento para outros processos.

Segundo pesquisas, o processo de soldagem começou há aproximadamente dois milênios com a soldagem por forjamento. Os processos mais conhecidos atualmente, como a soldagem por arco elétrico, TIG, MIG/MAG e outras foram descobertas nos séculos XIX e XX. Atualmente, a soldagem conta com cerca de 50 processos utilizados industrialmente.

A soldagem teve seu avanço tecnológico através da indústria automobilística. Com a necessidade de produção de automóveis, paralelamente foram realizadas pesquisas para desenvolver o processo da união dos materiais (soldagem). Tais resultados podem ser visualizados através da redução no peso dos chassis e o barateamento no custo de produção dos automóveis.

1. FUNDAMENTOS TEÓRICOS

A Soldagem é definida como a operação que visa a união de duas ou mais peças, assegurando na junta, a continuidade das propriedades físicas e químicas do material. É um dos processos mais importantes do ponto de vista industrial, sendo extensivamente utilizada na fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas.

Com os diversos processos de soldagem disponíveis atualmente, é necessária uma seleção do processo, para identificar qual é o mais adequado para determinada aplicação. A soldagem tem seu grau de dificuldade, uma vez que a aproximação das superfícies para que sejam formadas ligações químicas entre os átomos encontra barreiras como a rugosidade microscópica, camadas de óxido na superfície, umidade, poeira e outras variantes existentes na camada superficial do material.

A soldagem a arco elétrico com eletrodo revestido, também conhecida como soldagem manual a arco elétrico, é realizada com o calor de um arco elétrico mantido entre duas partes metálicas, a extremidade do eletrodo e a peça trabalhada. O arco gera alta quantidade de calor, suficiente para fundir o material e a alma do eletrodo (incluindo o revestimento). Os próprios gases gerados pelo desgaste do revestimento criam uma camada que protege a poça de fusão do ar atmosférico.

Esse processo de soldagem é o mais amplamente utilizado, pois apresenta uma alta flexibilidade em relação aos materiais base e os eletrodos utilizados. A maioria dos metais podem ser soldados por esse processo e a grande variedade de eletrodos torna esse processo possível. Os eletrodos podem ser utilizados em diversas posições (vertical, inclinado, entre outras) e em praticamente todas espessuras de chapas, variando apenas o tipo de eletrodo a ser utilizado para cada espessura.

O processo pode ser utilizado para soldagem de diversos materiais, tais como aços de baixa, média e alta liga, aço de baixo carbono, ferro fundido, alumínio, cobre, entre outros. Metais de baio ponto de fusão, como o chumbo, não podem ser soldados por esse processo.

Por apresentar diversos tipos de eletrodos, foram criadas normas para classificação e utilização destes. A mais utilizada é a ASME II Part C (Sociedade Americana dos Engenheiros Mecânicos), que segue as normas da AWS (Sociedade Americana de Soldagem). A classificação é feita de acordo com o tipo de consumível, propriedades mecânicas, posições de soldagem, tipo de revestimento e composição química do material depositado. Como exemplo, temos o eletrodo E6010.

E6010 - Resistência à tração do metal depositado, mínima de 60ksi (~430MPa). Soldagem em todas as posições em corrente CC+. Revestimento tipo celulósico ligado com silicato de sódio. 

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Figura 1: Nomenclatura dos Eletrodos

1. RECURSOS MATERIAIS

5.1 Materiais

• Bancada de soldagem
• Isqueiro de centelha
• Chapas de aço para soldagem

5.2 Máquinas, equipamentos, ferramentas e instrumentos

• Máquinas operadoras

• Equipamento de solda oxi-gás
• Equipamento de corte oxi-gás

• Materiais consumíveis

• Gás combustível (Acetileno)
• Gás comburente (Oxigênio)

• Equipamentos de proteção

• Luvas de proteção
• Soleiras (Apenas os alunos que realizaram soldagem)
• Óculos de proteção

1. DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES

Para a demonstração da soldagem e corte oxi-gás, ambos os processos foram realizados em chapas de aço com o equipamento móvel de oxiacetileno e a bancada de corte, respectivamente. Os equipamentos foram ajustados e identificados para a realização do processo.