A Treliça de Palitos de Picolé

1. Introdução

        Estrutura é definida pelos elementos de resistência de uma construção, de objetos ou máquinas, entre outros. Pode-se observar no dia a dia, que tudo que nos cerca possui uma estrutura, como por exemplo, os edifícios, os computadores, estantes, cadeiras, entre outros. A estrutura tem o papel de resistir a esforços produzidos pelas ações que nelas atuam. As ações, solicitadas pela estrutura podem ser dividas pela sua natureza, ao modo de aplicação ou à sua duração (Gomes, 2016).

        As treliças são essenciais tipos de estruturas, se designando como uma solução estrutural prática, econômica e simples para diversas situações na engenharia, principalmente no projeto de pontes, coberturas e passagens superiores. A treliça manifesta grande vantagem de conseguir suprir grandes vãos, podendo sustentar elevadas cargas em relação ao seu peso (Gomes, 2016).

        As treliças são estruturas formadas por elementos mais rígidos, denominados de barras, que se encontram ligados entre si por nós. Somente nos nós são aplicadas cargas, não ocorrendo participação de momento fletor entre seus elementos, desta forma, as barras sujeitas a apenas esforços normais, axiais ou uniaxiais de tração ou compressão (Souza; Rodrigues, 2007).

        A utilização das treliças de madeira permite a construção de estruturas mais leves, econômicas e rígidas do que as vigas de madeira maciça. As treliças de madeira podem ser construídas com roliças de madeira ou peças serradas, utilizando parafusos, pregos, chapas metálicas com pinos, entre outros na sua ligação (Gesualdo, 2003).

        Dentre os vários tipos de treliças de madeira, temos a treliça de tipo Fink que é uma variante da treliça de tipo Belga. A treliça Fink é indicada para vãos maiores e possui conveniência de diminuir o comprimento das barras das diagonais e montantes que se encontram mais no centro. As diagonais são tracionadas e os montantes comprimidos. Esse tipo de treliça é recomendada para vãos entre 20 e 30 metros (Gesualdo, 2003).

1. Objetivos

O trabalho teve como objetivos:

• Entender o comportamento das treliças em situações usuais de carregamento;
• Estimular a busca de informações e a elaboração de relatório técnico;
• Estender os limites teóricos dos conhecimentos obtidos em sala de aula.

1. Materiais e Metodologia

Os materiais utilizados para o desenvolvimento do trabalho foram:

• 200 Palitos de picolé;
• Trena;
• Régua;
• Transferidor;
• Cola de Madeira;
• 2 Borrachas;
• Alicate;
• Estilete.

                Primeiramente, utilizando a régua e o transferidor, foram feitos os devidos cálculos para que fossem encontradas as medidas necessárias para a montagem da treliça tipo Fink de palitos de picolé. Após os cálculos feitos, utilizando uma trena mediu-se 100 cm na horizontal e 20 cm na vertical e com a cola de madeira colou-se os palitos de picolé. Em seguida os palitos foram colados corretamente, em todos os ângulos da treliça, obedecendo às medidas calculadas. Posteriormente, foram utilizados mais palitos para reforçar a treliça, deixando-a mais rígida. Em alguns pontos a treliça necessitou de mais reforços do que em outros, os cálculos foram feitos através de um programa chamado Ftool – Two Dimensional. Para finalizar o procedimento, foram utilizadas duas borrachas como base, para que a treliça ficasse em pé.

1. Resultados e Discussão

A treliça escolhida para a execução do projeto foi a treliça de tipo Fink, mostrada na figura 1 abaixo.

[pic 1]Figura 1: Treliça Tipo Fink

Na figura 2 observa-se a treliça de tipo Fink, montada pelo software Ftool e com os devidos valores medidos através de cálculos.

[pic 2]Figura 2: Treliça tipo Fink montada com valores

        Para a realização dos cálculos, considerou-se uma carga de 100 N e admitiu-se que a estrutura terá apoio em vínculos móveis para que os cálculos das reações de apoio e dos esforços normais em cada barra sejam feitos.