A formação continuada

RESUMO PARA O FALA OUTRA ESCOLA

A formação continuada (FC) na Rede Municipal de Educação de Campinas é realizada em todas as suas esferas: centralizada, em seu Centro de Formação (CEFORTPE) e descentralizada, nos Núcleos de Ação Educativa (NAEDs) e Unidades Educacionais (U.E.). Este trabalho pretende expor como as FCs nas escolas possuem um potencial de autonomia e inventividade, reunindo escolas localizadas em micro-regiões da cidade que possuem interesses de formação comuns. Neste sentido, as equipes gestoras de quatro escolas da região sudoeste de Campinas, a EMEI Guilherme de Almeida, a EMEI do CIS Dr. Tancredo de Almeida Neves, a EMEI Apóstolo Paulo e a EMEI Dra. Maria de Lourdes Cardoso dos Santos, coletivamente organizaram seus espaços de formação em estudos, pesquisas internas da escola, apontadas nos Projetos Pedagógicos das Unidades, como meta para Formação Continuada, apontamentos de necessidades no decorrer e desenvolvimento do trabalho, troca de experiência, planejamento e avaliações, envolvendo todos os profissionais da escola, professoras, diretoras, orientadoras pedagógicas, funcionárias da limpeza, cozinha e vigilância. Metodologicamente, partimos de considerar as demandas existentes, explícitas ou não. Reunimos nos encontros reflexões sobre os Registros do cotidiano, Metodologia do Estudo do Meio e Relações étnicas na escola. O trabalho coletivo de formação entre escolas tem apontado possibilidades outras de pensarmos a formação continuada em rede, discutindo diretrizes comuns.

Os encontros versam sobre as questões que mais têm sido provocadoras das reflexões no/do cotidiano escolar em sua relação com os princípios dos Projetos Pedagógicos das Unidades Educacionais envolvidas.

O primeiro tema abordado foi a temática do registro das práticas pedagógicas. Fomos acompanhadas nesta discussão pelo Prof. Dr. Guilherme do Val Toledo Prado. Na dinâmica deste encontro, objetivamos uma integração entre as equipes escolares. Cada uma das UEs. trouxeram suas produções escolares, apresentando as diversas formas de registrar suas práticas e suas reflexões sobre o cotidiano vivido.

Essas produções foram apresentadas em exposição de trabalhos e apresentação oral onde cada escola escolheu as formas de registro que mais têm praticado na sala de aula. A partir dessas apresentações o Prof. Guilherme pôde nos desafiar a refletir sobre os trabalhos e práticas do registro, enfatizando o protagonismo e a dimensão transformadora que o mesmo assume nas práticas docentes a partir das reflexões que nos provoca. Ler, observar imagens e escrever, reler, olhar de novo, reescrever... são práticas que nos estimulam a procurar repensar práticas, princípios e valores na educação. As equipes de apoio (funcionárias da limpeza, cozinheiras, educadoras de apoio para crianças com deficiência e apoio administrativo) das quatro escolas se sentiram presentes nos registros apresentados e valorizadas. Esta foi nossa primeira lição.

No segundo momento faremos um estudo do meio, em junho, para a discussão das questões ambientais e objetiva construir práticas reflexivas com os educadores sobre sua atuação nas condições de vida e na relação pessoa/natureza, assim, faremos uma visita ao Instituto Estre em Paulínia, no Centro de Educação Ambiental (CEA), onde visitaremos o aterro sanitário, auxiliar os educadores