ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO NO SETOR DE EMBALAGEM EM UMA INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE ESPONJAS
Por: felipemcbastos • 27/4/2017 • Monografia • 2.658 Palavras (11 Páginas) • 417 Visualizações
UNINOVAFAPI
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
ORIENTADOR: Prof. Msc. DAVID BRANDÃO NUNES
ALUNO: FELIPE MOREIRA CALAND BASTOS
ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO NO SETOR DE EMBALAGEM EM UMA INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE ESPONJAS
DEZEMBRO 2016
ANÁLISE DO POSTO DE TRABALHO NO SETOR DE EMBALAGEM EM UMA INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE ESPONJAS
RESUMO: O objetivo desse artigo é analisar a ocorrência de distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho em uma indústria de fabricação de esponjas localizada em Teresina – PI. Para tal, foi utilizado o questionário nórdico, visando descobrir quais regiões do corpo humano são mais afetadas em funcionários que trabalham em um setor cujo trabalho é feito em pé. O trabalho em pé pode gerar uma série de problemas no colaborador, mais precisamente relacionados a coluna vertebral causados por má postura ou por estações de trabalho mal projetadas. Concluiu-se que a realização do trabalho por várias horas na posição em pé ocasiona diversos dores, principalmente em pessoa pré-dispostas. Por fim, sugeriram-se algumas medidas para atenuar os problemas na estação de trabalho do objeto de estudo.
Palavras-chave: Questionário Nórdico; Postura; Distúrbios Osteomusculares.
ABSTRACT: The purpose of this paper is to analyze the occurrence of musculoskeletal disorders related to work in a sponge manufacturing industry located in Teresina - PI. To do this, the Nordic questionnaire was used to find out which regions of the human body are most affected by employees working in a sector whose work is done on foot. Standing work can lead to a number of problems in the worker, more precisely related to the spine caused by bad posture or poorly designed workstations. It was concluded that performing the work for several hours in the standing position causes several pains, especially in pre-arranged people. Finally, some measures were suggested to mitigate the problems in the workstation of the object of study.
Key words: Nordic Questionnaire; Posture; Musculoskeletal Disorders.
1 – INTRODUÇÃO
Com o mercado competitivo atual, muitas empresas sofrem com a pressão para manter uma alta produtividade. O setor de produção é um dos mais afetados com isso e o operário acaba sendo submetido a longas jornadas de trabalho sobrecarregando o funcionário tanto fisicamente como psicologicamente.
A ocorrência distúrbios musculoesqueléticos reunidos sob a denominação geral de LER/DORT (lesões por esforços repetitivos/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho) é acarretada pelo aumento da carga de trabalho oriunda da maior produtividade exigida dos trabalhadores (FERREIRA et al., 2009 apud COLAÇO; CASELLI, 2012). Muitos estudos têm associado como motivo causador destes distúrbios atividades que requerem grandes esforços físicos e atividades repetitivas de ritmo acelerado.
Esse tipo de atividade pode ser encontrado muito facilmente em pequenas indústrias com um baixo grau de automação que na tentativa de crescer, buscam aumentar sua produtividade com pouco investimento, restando aos funcionários executar tarefas com pouco ou nenhum auxílio.
Entretanto, a ergonomia aplicada à indústria tem mostrado que trabalhos repetitivos, posturas incorretas de realização de atividade, o ambiente e a organização das atividades podem ser prejudiciais à saúde dos trabalhadores, causando absenteísmo e alta rotatividade, fatores prejudiciais à produção (MACIEL; QUEIRÓZ, 2001).
Desta forma se torna importante analisar as atividades das indústrias que possuem o trabalhador como principal ferramenta para a melhoria da qualidade de vida do trabalhador e diminuição da rotatividade nestes setores. Assim este artigo busca analisar que prejuízos o exercício de uma atividade repetitiva de pé por 8 horas diárias pode causar ao trabalhador e que possíveis melhorias podem ser aplicadas para que o prejuízo seja mínimo.
Para tanto foi realizada uma análise ergonômica do trabalho em um setor de embalagem de uma pequena indústria de esponjas, localizada em Teresina PI. O setor foi escolhido pelos longos períodos que os funcionários permaneciam em pé, e pelas reclamações dos mesmos de dores musculares.
Foi realizada uma pesquisa bibliográfica na busca pelos conhecimentos necessários para a análise ergonômica do setor, seguida por questionário nórdico feito com os trabalhadores deste setor, com os dados coletados e as observações das atividades do setor identificou-se os principais pontos prejudiciais à saúde do trabalhador. Para concluir sugeriu-se melhoria a serem implantadas no setor que poderiam melhorar as condições de trabalho.
2- REFERENCIAL TEÓRICO
Ergonomia é a ciência que estuda a adaptação de máquinas e equipamentos ao homem visando transformar tudo cerca do homem em algo produtivo. O estudo se inicia a partir de características do homem para projetar o ambiente no qual este vai desempenhar suas funções ajustado às suas limitações. Sempre objetivando a saúde, segurança e satisfação do trabalhador, a ergonomia estuda vários fatores que não desenvolvem o desempenho do trabalhador além de reduzir ou eliminar os riscos que o ambiente de trabalho pode proporcionar (IIDA, 2005).
De acordo com o mesmo autor, com a redução da circulação sanguínea, os músculos acumulam ácido lático e potássio causando uma redução da força. Isto é chamado de fadiga muscular. Isto ocorre quando o músculo é contraído por longos períodos, causando dores intensas que irão requerer relaxamento através de descanso para que o sangue circule removendo as substâncias cotadas anteriormente do músculo.
Segundo Couto (2002), distúrbios provenientes da coluna vertebral são um dos principais problemas que afetam os trabalhadores na atualidade. Geralmente, são causados por fadiga dos músculos nas costas quando, principalmente, passa-se um tempo considerável em uma mesma postura. Isso, raramente, causa afastamento no posto de trabalho. As principais situações de sobrecarga, segundo o mesmo autor, são: elevar cargas, mesmo não pesadas, com frequência; torcer e fletir o tronco para levantamento ou manuseio de cargas; trabalhar, excessivamente, com o pescoço inclinado; executar atividades com o tronco encurvado.
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