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ANÁLISE DOS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS NO PROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA RESIDÊNCIA

Por:   •  7/10/2019  •  Projeto de pesquisa  •  4.917 Palavras (20 Páginas)  •  254 Visualizações

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ANÁLISE DOS CONCEITOS DE SUSTENTABILIDADE APLICADOS NO PROJETO ARQUITETÔNICO DE UMA RESIDÊNCIA

Makeli Roling [1]

Eduardo Depine Tarnowski[2]

Faculdade Metropolitana de Rio do Sul – UNIASSELVI DE RIO DO SUL

Engenharia Civil – Trabalho de Graduação

25/05/19

RESUMO

Este trabalho tem a finalidade de entender o que é o conceito de sustentabilidade nos dias atuais e aplicar isso numa planta arquitetônica de uma residência unifamiliar. Para isso, foi realizado uma pesquisa para entender e apresentar como esses conceitos são aplicados na construção civil. No decorrer do trabalho foi elaborado uma série de tópicos comparando o que seria ideal e o que realmente foi projetado, identificando as falhas e acertos. Com isso, podemos ter uma noção de quais dificuldades os projetistas encontram na hora de planejar uma residência sustentável e entender que economizar energia se traduz como uma evolução do cidadão.      

Palavras-chave: Engenharia inteligente. Eficiência energética. Edificação ecológica.  

1 INTRODUÇÃO

A divulgação do conceito de sustentabilidade vem sendo ampliada por meio de conferências, legislação ambiental e certificação de produtos. A principal razão para a disseminação dessa nova forma de desenvolvimento deve-se às consequências da degradação que temos causado ao meio ambiente.

A geração de impactos ambientais afeta diretamente questões econômicas, sociais e ambientais, o que vem resultando em ações tanto em políticas públicas como na iniciativa privada, visando à redução desses impactos.

Existem sistemas de certificação, tais como BREEAM (Reino Unido), CASBEE (Japão), HQE (França), LEED (EUA), que avaliam o desempenho econômico, a gestão do uso da água, energias naturais, resíduos, poluição, gestão ambiental e qualidade do ambiente interno de uma edificação sustentável. No Brasil a certificação de projetos e edificações é feita através do Green Building Council, que é uma ONG que utiliza os métodos empregados nos EUA, e que é pouco difundida aqui no Brasil, além do mais as certificações estão mais voltadas para a industria, talvez num futuro próximo com algum incentivo do governo podemos ver esses selos em casas de cidadãos comuns.

Residências sustentáveis que não agridem a natureza e reduzem o consumo de energia estão longe de se tornarem populares, muito se deve ao preço desses equipamentos e a mão de obra para instalação ser cara demais para os padrões da classe média brasileira.

Para contornar esse problema, devemos criar projetos inteligentes, que aos olhos de leigos, parecem mudanças simples, mas que na verdade a longo prazo, podem reduzir o consumo de ar-condicionado em 20%, por exemplo.

Foi observando esses problemas e dificuldades que decidiu-se iniciar esse trabalho para comparar oque seria ideal e oque foi executado no projeto. O cliente em questão preferiu não instalar equipamentos sofisticados de coleta de água e nem energia limpa, mas autorizou os projetistas do escritório a modificar o projeto para otimizar de forma inteligente a distribuição dos cômodos e demais detalhes do projeto arquitetônico, com o objetivo de otimizar energia.

   

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

        A questão ambiental discutida hoje é consequência dos problemas do impacto ambiental que temos sofrido, da crise energética e do uso indiscriminado dos recursos naturais. A preocupação com o conforto ambiental e consumo de energia têm incentivado a busca por ações estratégicas que diminuam a degradação e os desequilíbrios causados no meio ambiente. Entre os países pioneiros na implementação desse tema estão a Inglaterra, Alemanha e Holanda que, além de aplicarem programas governamentais incentivando práticas sustentáveis, possuem normatização bastante desenvolvida, e influenciam fortemente outros países, na execução dessas medidas (AGOPYAN, 2011).

A difusão de uma nova forma de desenvolvimento econômico baseado no equilíbrio entre sustentabilidade econômica, social e ambiental tem como objetivo a adoção de práticas e processos produtivos que integrem o meio ambiente, adaptando-o para as necessidades de uso, produção e consumo humano (LENGEN, 2004).

Uma edificação sustentável “busca integrar aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana com a preocupação principal de preservá-los para que os limites do planeta e a habitabilidade e a capacidade das gerações futuras não seja comprometida” (ROAF, 2006). Pretende-se, com isso, a introdução progressiva da sustentabilidade através da incorporação de conceitos e práticas que visem à harmonia entre ambiente natural e construído.

Algumas premissas são listadas para conceção e planejamento de construções sustentáveis, de acordo com Brian (2008) a escolha de materiais ambientalmente corretos, de origem certificada e com baixas emissões de CO2; materiais que propiciem menor geração de resíduos durante a fase de obra; a supressão de menores áreas de vegetação, o aproveitamento da água. Destacamos também o cumprimento de normas de desempenho e segurança.

O ciclo de vida de uma edificação divide-se em:  

  1. Concepção;
  2. Planejamento/Projeto;
  3. Construção/Implantação;
  4. Uso/Ocupação;
  5. Requalificação/Desconstrução/Demolição.

As fases de concepção e planejamento têm menores custos e as maiores possibilidades de intervenção com foco na sustentabilidade. Durante a elaboração do projeto, buscam-se eliminar possíveis impactos negativos sociais e ambientais, que podem ser gerados pelo empreendimento (LENGEN, 2004).

Princípios da construção sustentável: Aproveitamento das condições naturais locais; Utilização do terreno de maneira eficiente, integrado com o ambiente natural; Implantação e análise do entorno; Redução de impactos no entorno (paisagem, temperaturas, concentração de calor); Qualidade ambiental interna e externa; Gestão sustentável da implantação da obra; Adaptação às necessidades atuais e futuras dos usuários; Uso de matérias primas que contribuam com a ecoeficiência do processo; Redução do consumo energético; Redução do consumo de água; Cuidados em reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos; Introdução de inovações tecnológicas sempre que possível e viável; Educação ambiental.

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