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ANALISE DE DESEMPENHO ACÚSTICO E ESTRUTURAL SEGUNDO A NBR 15575

Por:   •  5/7/2019  •  Artigo  •  6.356 Palavras (26 Páginas)  •  191 Visualizações

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Área de Inovação e Tecnologia - Artigo

NORMA DE DESEMPENHO: SEGURANÇA ESTRUTURAL E CONFORTO ACÚSTICO

Alex Rodrigo de Araújo, Jonas Santin Ramos.

Engenharia civil FSG – Centro universitário da Serra Gaúcha.

Professor Avaliador

Prof. Diego Angelus San Martins. Resumo

O presente estudo objetiva a aplicação da norma de desempenho NBR 15575/2013 em projetos de engenharia e arquitetura, pretendendo o estabelecimento de requisitos mínimos de desempenho para a aplicação em projetos, buscando determinar de forma simplificada os requisitos de conforto e qualidade da estrutura e acústica. As informações explanadas seguem a revisão da NBR 15575, revisão bibliográfica de artigos e livros voltados aos fatores de performances e informações colhidas em fornecedores de materiais certificados, enquadrados na norma de desempenho. Essencialmente, fatores e critérios a serem considerados em projeto e execução, expendendo ponderações devidas por parte dos projetistas e responsáveis técnicos com o intuito de simplificar a obtenção dos resultados.

Palavras-chave:

Norma de desempenho. Desempenho estrutural. Desempenho acústico. Projetos. Qualidade.

1 INTRODUÇÃO

Com os avanços tecnológicos, materiais de alta qualidade e a disseminação dos requisitos que estruturas de boa qualidade devem possuir, gerou-se uma grande mudança no setor de construção civil atual do Brasil. A legislação legaliza a cobrança de itens mínimos de qualidade e desempenho, gerando a necessidade de empresas de construção e projetistas atentarem-se aos conceitos e requisitos básicos para o não enfrentamento jurídico ou adaptação de construções em estado de pós-obra. No ano de 2013, com a vigência da NBR 15575, definiram-se então parâmetros para averiguação e cobrança das condições a que se devem conter as edificações habitacionais. A normativa não se trata de uma lei, porém, o código civil brasileiro define a existência de quesitos mínimos, os quais em eventual aferição entram em confrontação com a norma, ficando sujeito a inspeções do consumidor final ou intercessores interessados (MATTOS, 2014).

Historicamente a norma de desempenho teve como ponta pé inicial a necessidade de gerar características qualitativas mínimas por instituições financiadoras como a Caixa Econômica Federal e Finep no ano de 2000, vindo a tona em 2007 uma primeira edição. No entanto, o tema, alvo de grande discussão entre órgãos governamentais, comissões, empresas e demais interessados, tendo em vista melhorias, recomendações, adições de conteúdos, etc., a versão final foi publicada em 2013, o que gerou grande referência na construção civil nacional e internacional. Por se tratar de uma norma com referência a outras normas já existentes anteriormente, compilou de forma acessível informações que servem de base para projeto e execução, mudando o rumo da indústria da construção civil.

A NBR 15575:2013, Norma de Desempenho das Edificações Habitacionais, é o conjunto de normas regulamentadoras utilizadas em todo o ciclo produtivo da construção civil definindo resultados mínimos esperados de desempenho dos materiais, procedimentos e condições de habitação durante a vida útil de uma edificação. Esta norma abrange todo o território nacional, mas igualmente respeitando as legislações regionais. A recomendação é a de que deve ser atendida a exigência que for mais restritiva de forma que atenda ambos os documentos. É um importante e indispensável marco para a modernização tecnológica da construção brasileira, e com o melhor desempenho das edificações residenciais no país, há o surgimento de regras que consideram as exigências dos usuários e levam a divisão de responsabilidades entre projetistas, construtores, fabricantes, incorporadores e usuários. Esta norma contempla todos os sistemas que compõem uma edificação habitacional, além de apresentar requisitos gerais para a edificação como um todo. Através da normativa, há uma buscam visando melhorias nas relações entre as uniões da cadeia produtiva, a redução de incertezas a partir de critérios claros e objetivos, o atendimento ao Código de Defesa do Consumidor, a motivação a diminuição a concorrência predatória e um artificio de diferenciação das empresas (POSSAN e DEMOLINER, 2013).

A grande gama de exigências para o desenvolvimento de projetos arquitetônicos com melhores especificações influenciou diretamente a relação de consumo com a qualidade do produto final; com isso os projetistas dispõem de um grande número de informações técnicas sobre produtos e que devem ser incorporadas às atividades de projeto. Para facilitar essa associação de informações, se faz necessário propor métodos que venham a facilitar a integração de informações durante o desenvolvimento dos projetos arquitetônicos. Analisar o desempenho de uma edificação ainda é um desafio a ser superado pelos projetistas. A organização de métodos e informações sobre as características dos materiais, componentes, elementos e sistemas construtivos, será a base de estudos para auxiliar a verificação do desempenho das edificações (CAMPESTRINI et al., 2015).

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A NBR 15575 é subdividida em seis partes: requisitos gerais, requisitos para os sistemas de pisos, requisitos para os sistemas estruturais, requisitos para os sistemas de vedações verticais (paredes) internas e externas, requisitos para os sistemas de coberturas e requisitos para os sistemas hidrossanitários, e que por se tratar de algo novo, traz com sigo diversas dúvidas e críticas da parte de projetistas, construtores, incorporadoras e consumidores finais (MARQUES, 2015).

A primeira parte normativa apresenta os requisitos gerais, determina os requisitos de desempenho como todo um conjunto, bem como os requisitos a serem a serem avaliados de forma isolada. Os sistemas em analise estão dispostos em termos de desempenho mínimo para os requisitos a seguir citados, seguindo as determinações da ISO 6241. Segurança estrutural; Segurança contra fogo; Segurança no uso e operação; Estanqueidade; Desempenho térmico; Desempenho acústico; Desempenho lumínico; Saúde, higiene e qualidade do ar; Funcionalidade e acessibilidade; Conforto tátil e antropodinâmico; Durabilidade; Manutenibilidade; Impacto ambiental (BORGES,

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