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ANÁLISE DA LOGÍSTICA HOSPITALAR E DOS CUSTOS DO SETOR DE ENGENHARIA CLÍNICA EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO.

Por:   •  30/4/2020  •  Resenha  •  1.451 Palavras (6 Páginas)  •  321 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

POS-GRADUAÇÃO em ENGENHARIA BIOMÉDICA

Resenha Crítica de Caso

Felipe Mazuco

                         Trabalho de Engenharia de Manutenção

   Tutor: Prof. Carlos Alberto Martins Ferreira

Pelotas

2019

Artigo: ANÁLISE DA LOGÍSTICA HOSPITALAR E DOS CUSTOS DO SETOR DE ENGENHARIA CLÍNICA EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO.

REFERÊNCIA: SOUZA, A.A.; BRAGA, A.S; BRAGANÇA, C.G.; SOARES, L.A.C.F; AVELAR, E.A. Análise da logística hospitalar e dos custos do setor de Engenharia Clínica em um Hospital Filantrópico. GEPROS. Gestão da Produção, Operações e Sistemas, Bauru ano 9, nº 4, out-dez/2014, p.35-49.

A presente resenha trata de um estudo de caso realizado em um hospital filantrópico, analisando como as demandas geridas pelo setor engenharia clínica podem colaborar com viabilização do uso racional dos insumos, mostrando que a contribuição da logística hospitalar do setor de engenharia pode impactar na redução de custos e na segurança dos equipamentos, contribuindo para manter a sustentabilidade e avanço da instituição.

Através da tecnologia pode-se automatizar com segurança processos operacionais no objetivo de reduzir custos funcionais de uma EAS (Estabelecimento Assistencial de Saúde). Cabe ao setor de engenharia clínica usufruir dessa ferramenta para gerenciar materiais, normas e procedimentos, com o intuito de promover a eficiência e a efetividade, garantindo a segurança no funcionamento dos equipamentos. O engenheiro clínico é o profissional responsável por aplicar e desenvolver os conhecimentos e práticas gerenciais às tecnologias de saúde. Assim cria-se uma perspectiva de mensuração da produtividade dos equipamentos, monitorando itens como taxa de falha, disponibilidade e quantidades de ordem de serviço, tornando-se um agente essencial para redução de custos e proporcionando assim ganhos efetivos e eficientes de controle.

 A redução de custos representa um desafio para os gestores dos hospitais. No entanto, ao aplicar-se metodologias de custos, controle e planejamento é possível identificar os problemas financeiros e organizacionais, tornando possível uma gestão racional dos recursos e equipamentos. Os custos podem ser contidos através de controles governamentais, de mercado, e de custos institucionais. Pode-


se afirmar que todos os setores operacionais e administrativos têm determinante participação na redução de custos. Entretanto a engenharia clínica pode contribuir com uma economia notável através de uma logística adequada, por meio de controle, acompanhamento e monitoramento dos equipamentos, revisando constantemente processos de fluxos e evitando a má utilização de recursos por falta de programação e ineficiência organizacional, incorrendo na redução de custos, riscos e no tempo de recuperação do paciente.

Para averiguar o impacto de uma boa logística na redução de custos, foi efetuado um estudo de caso, com o objetivo da comprovação dos conceitos apresentados aplicados dentro de um hospital filantrópico. Neste hospital, quase que a totalidade de seus serviços é remunerada pelo SUS (Sistema Único de Saúde), e o setor de engenharia clinica é responsável por boa parte dos serviços hospitalares ofertados aos pacientes, podendo contribuir de forma significativa para o desempenho do hospital criando alternativas viáveis onde pode haver melhorias na gestão. No levantamento dos dados necessários para realização do estudo de caso, utilizou-se de entrevistas não estruturadas com os funcionários e pesquisa documental através de acessos a documentos do setor e da controladoria do hospital. Com o intuito de mostrar os benefícios da adoção de uma logística adequada pelo setor de engenharia, foram listados os fluxos que dentre suas principais atribuições mais podem atuar de forma direta na redução de custos como: manutenção de equipamentos, aquisição de novos equipamentos e aquisição de materiais e insumos para funcionamento dos mesmos. No fluxo da manutenção, as solicitações de reparos em equipamentos são frequentes e existe uma série de procedimentos padronizados para a execução da manutenção. A geração da ordem de serviço é realizada através de um software específico, ou seja, existe uma automatização do processo e os equipamentos são subdivididos por modalidades conforme sua complexidade. O setor também abrange os contratos de manutenção, essa terceirização é necessária devido à complexidade de alguns desses serviços, que exigem a utilização equipamentos de especializados de valores elevados além de demandarem um grande conhecimento técnico, sendo que alguns contratos

contemplam a substituição de componentes. As ordens de serviço dos terceiros são geridas via
software para um controle dos registros podendo assim fazer uma análise da eficiência os prestadores de serviços. O fluxo de aquisição de novo equipamento é onde o setor de engenharia realiza as especificações necessária em conformidade com o setor requisitante, repassando a referida demanda para o setor de suprimentos que avaliam a melhor proposta em concordância com o especificado, que deve ser autorizada pela superintendência do hospital.        

        Como trata-se de um estudo prático, a metodologia de pesquisa utilizada é bastante válida, pois demonstra detalhadamente os procedimentos rotineiros do setor de engenharia clinica no hospital, e mostra que este possui pontos positivos como a informatização do setor de manutenção. Através da análise dos resultados disponibilizados pelo estudo, constatou-se que os maiores custos são provenientes da ineficiência da manutenção. Portanto essa parece ser a melhor oportunidade para redução de custos. Quando se questiona se a metodologia utilizada pelo estabelecimento é a mais adequada surgem algumas dúvidas, pois como é de conhecimento, a engenharia clínica deve buscar a opção de manutenção que represente a melhor relação custo benefício e segurança. Nota-se pela pesquisa que o corpo técnico presente no local é responsável apenas por reparos de baixa complexidade o que incorre em grandes gastos com a contratação de terceiros de diferentes modalidades de equipamentos, e não me parece a melhor opção. Com a experiência que possuo no setor, posso afirmar que com a criação de um corpo técnico especializado podem ser reparados equipamentos mais complexos abrangendo boa parte dos equipamentos do hospital, assim como, os equipamentos de suporte a vida, proporcionadoras de hemodiálise, raios-x, carros de anestesia entre outros. Com uma equipe técnica bem treinada muitas vezes é possível identificar problemas “mais simples”, em equipamentos complexos como tomografia e ressonância magnética fazendo com que os “chamados técnicos” sejam esporádicos. Isso resulta em grande economia a instituição, pois muitas vezes evitam custos gerados com o deslocamento de técnicos especializados e


principalmente pelo tempo de ociosidade do equipamento. Esse corpo técnico pode
ser de responsabilidade do hospital ou totalmente terceirizado, pois a concentração dos custos facilita a logística e a mensuração da eficiência da manutenção.

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