TrabalhosGratuitos.com - Trabalhos, Monografias, Artigos, Exames, Resumos de livros, Dissertações
Pesquisar

HOTELARIA HOSPITALAR VOLTADA AOS CLIENTES GERIÁTRICOS EM HOSPITAL PÚBLICO ¹

Dissertações: HOTELARIA HOSPITALAR VOLTADA AOS CLIENTES GERIÁTRICOS EM HOSPITAL PÚBLICO ¹. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  18/11/2013  •  3.343 Palavras (14 Páginas)  •  761 Visualizações

Página 1 de 14

RESUMO

Os hospitais têm se adaptado à realidade do consumidor onde a qualidade na prestação dos serviços é extremamente importante para que a organização tenha sucesso. A fim de propor ambientes mais agradáveis, acolhedores e confortáveis, modificando aspectos humanos e estruturais, a hotelaria hospitalar cujos principais objetivos são proporcionar o conforto, o bem estar e a segurança do paciente, tem sido empregada nos hospitais nas últimas décadas. A expectativa de vida da população idosa tem aumentado devido ao desenvolvimento tecnológico na área da saúde e é principalmente o paciente geriátrico quem necessita deste atendimento com mais carinho, atenção e segurança. Com a implantação da hotelaria hospitalar, os paciente geriátricos vão confiar mais nos serviços que os hospitais prestam, aumentando ainda mais sua expectativa de vida e, por conseqüência, indicando o serviço que recebeu, proporcionando ao hospital mais qualidade e novos clientes.

Palavras-chave: Hotelaria Hospitalar. Pacientes Geriátricos. Implantação de serviços.

INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

O crescimento da população idosa nos países desenvolvidos vem aumentando gradativamente, trazendo a preocupação com a eficácia no atendimento dessa população, principalmente em hospitais públicos. Os pacientes geriátricos representam uma faixa da população extremamente dependente de cuidados, que necessita de um atendimento diferenciado e humanizado.

O processo de envelhecimento faz com que surjam necessidades até então ausentes. O levantamento da história de saúde do idoso quando está hospitalizado, possibilita a identificação de necessidades relacionadas com a acessibilidade e sinalização inadequada, atendimentos demorados e precários, descaso dos demais profissionais, médicos desatenciosos, consultas agendadas para datas distantes e agressões físicas sofridas.

Segundo Netto e Brito (2001, p.23):

As múltiplas facetas que caracterizam o processo de envelhecimento clamam para a necessidade de propiciar à pessoa idosa atenção abrangente à saúde. Busca-se com isto não somente o controle da doença, mas, e principalmente, bem estar físico, psíquico e social; em última análise, a melhora da qualidade de vida.

Para garantir a dignidade dessa população, foi criado o estatuto do idoso que trata desde os direitos fundamentais até penas para crimes cometidos contra essa população (BRASIL, 2003).

No entanto, quando esse idoso necessita de uma hospitalização, além dos direitos assegurados no estatuto, ele precisa ser atendido de maneira diferenciada e humanizada, que, infelizmente, não é observada na maioria dos hospitais públicos (MORAIS, 2004).

De acordo com Gouvêa e Kuya (1999, p. 7) “o idoso ao ser admitido no hospital, sente que deixou de ser capaz de assumir plena responsabilidade por suas decisões e ações, para se sujeitar às contingências impostas por sua doença”.

No momento em que o “hospital transforma a ‘pessoa doente’ em paciente, colocando-a dentro de uma estrutura padronizada” o paciente tende a perde sua personalidade (GOUVÊA E KUYA, 1999, p.10).

O ambiente de assistência ao paciente idoso precisa estar adequado às necessidades que o processo de envelhecimento proporciona.

Esta pesquisa tem como objetivo apresentar uma proposta de implantação do serviço da hotelaria hospitalar em hospital público, com a finalidade de atender pacientes geriátricos de maneira mais acolhedora e humanizada, visando à melhoria da qualidade dos serviços prestados.

De acordo com Boeger (2005, p.28):

No conceito de hotelaria hospitalar, os pacientes são considerados hóspedes enfermos; por isso, requerem atenção especial que concilie a saúde com o ato de hospedar-se bem e torne o ambiente mais acolhedor para a família do paciente e ele, humanizando, dessa forma, o ambiente e seu atendimento.

A metodologia utilizada foi a pesquisa qualitativa de revisão bibliográfica e documental baseada em fontes impressas e eletrônicas nacionais que abordam o assunto.

DESENVOLVIMENTO

1. A SAÚDE DO IDOSO

Os dados do Censo Demográfico de 2010, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram um crescimento considerável da população com 65 anos ou mais, que em 1991 era de 4,8%, passando, em 2000, a 5,9% e chegando a 7,4% em 2010. Segundo a divulgação do censo, as regiões mais envelhecidas do país são a sul e a sudeste com 8,1% da população formada por idosos com 65 anos ou mais (BRASIL, 2011).

Gráfico: Crescimento da população idosa

Fonte: Brasil, 2011/ Crescimento da população com 65 anos ou mais (1991 – 2010).

O envelhecimento da população é conseqüência do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço da tecnologia na área da saúde. Porém, com o envelhecimento podem surgir doenças devido às mudanças que o organismo sofre, o que implica em uma necessidade de atenção redobrada com esta população (GONÇALVES, 2009).

O processo de envelhecimento traz várias alterações do ponto de vista biológico, a velhice causa um desgaste ao indivíduo devido à capacidade diminuída e regressão natural do organismo; ao analisar as questões sociais, a velhice propõe uma marginalização do idoso quando abandona o mercado de trabalho para passar a situação de aposentado, visto, muitas vezes como incapaz ou enfermo pela sociedade (GUIMARÃES, 2004).

Para assegurar ao idoso um envelhecimento digno e garantir que receberá atenção aos seus problemas, inclusive os voltados à saúde, foi aprovada a lei número 10741/2003 - de setembro de 2003 - que apresenta o Estatuto do Idoso. Esse documento relaciona os mais variados aspectos de vida, abrangendo desde a ampliação dos direitos até o estabelecimento de penas para crimes que são cometidos contra as pessoas idosas (GONÇALVES, 2009).

Segundo Camarano (2011), o capítulo quarto do estatuto do idoso refere-se ao direito à saúde:

O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS). A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita,

...

Baixar como (para membros premium)  txt (23.1 Kb)  
Continuar por mais 13 páginas »
Disponível apenas no TrabalhosGratuitos.com