APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE MÉTODOS E PROCESSOS EM UMA PADARIA EM MOSSORÓ-RN
Por: Raquel Alves • 13/4/2017 • Trabalho acadêmico • 3.971 Palavras (16 Páginas) • 645 Visualizações
APLICAÇÃO DA ENGENHARIA DE MÉTODOS E PROCESSOS EM UMA PADARIA EM MOSSORÓ-RN
Fiama Raíssa Coelho Pereira (UFERSA)
fiamaraissa-150@hotmail.com
Mayane Diane Vieira de Sousa (UFERSA)
mayanediane@hotmail.com
Priscila Gonçalves Vasconcelos Sampaio (UFERSA)
prisamp@yahoo.com.br
Raquel Alves Trigueiro (UFERSA)
raquel.icev@gmail.com
Wellerson Melo de Mota (UFERSA)
wellersonmota@gmail.com
Resumo
As técnicas relacionadas com a otimização da produtividade auxiliam no diagnóstico de uma situação, de tal modo que permite acompanhar os efeitos e mudanças nas práticas gerencias e na rotina de trabalho. O estudo em questão aplica o estudo de tempos e movimentos em uma panificadora na cidade Mossoró – RN, visando aplicar ferramentas de engenharia de métodos, de forma que ao fim do estudo sejam propostas melhorias à empresa. O estudo de movimentos tem como uma de suas definições ser um procedimento da análise cientifica dos métodos de trabalho, levando em conta fatores que envolvem principalmente os movimentos realizados pelo corpo. O estudo de tempo por sua vez, é uma técnica que registra os tempos e o ritmo de trabalho de uma determinada tarefa, para em seguida ser feita a análise desses dados de forma que o tempo necessário seja obtido. A pesquisa se caracteriza como quantitativa, e foi realizada de maneira observacional. A observação e coleta de dados foram realizadas em dois dias, no qual a empresa disponibilizou um tempo de 1 hora para cada dia. Ao fim do estudo constatou-se que o processo produtivo do produto em análise é simples no que diz respeito às falhas, portanto foram feitas sugestões em relação à mudança no layout, e pequenas alterações na disposição do maquinário.
Palavras-Chaves: Engenharia de métodos, Estudo de tempo, Estudo de movimentos, Estudo de caso.
1. Introdução
Dado o atual cenário competitivo do mercado, uma melhoria constante é necessária para manter a sobrevivência das empresas. Nessa perspectiva a engenharia de métodos dedica-se a melhoria e desenvolvimento de equipamentos de conformação e processos produtivos para suportar a fabricação, de modo a definir o método de execução mais eficiente para uma determinada atividade (PEINADO; GRAEML, 2007).
Conforme Moreira (2004), as técnicas e métodos relacionados com a otimização da produtividade, podem e devem funcionar como um termômetro, de modo a auxiliar no diagnóstico de uma situação atual assim como, para acompanhar os efeitos e mudanças nas práticas gerenciais e na rotina de trabalho. Logo, o estudo de métodos e processos mostra-se crucial na determinação da capacidade produtiva do processo.
A engenharia de métodos e processos pode ser aplicada em diversos setores produtivos, dentre eles o da panificação. Dessa forma, de acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria – ABIP (2014) a panificação encontra-se entre os maiores seguimentos industriais do Brasil, onde 64 mil panificadoras encontram-se espalhadas pelo país, faturando mais de 76 bilhões por ano.
O presente trabalho objetiva empregar o estudo de tempos e movimentos, em uma panificadora na cidade de Mossoró RN, a fim de aplicar ferramentas de engenharia da engenharia de métodos, determinar o tempo padrão e propor melhorias de layout para que assim a empresa possa buscar a eficiência do seu processo de produção e consequentemente aumentar sua capacidade produtiva.
2. Referencial Teórico
2.1. Estudo dos movimentos
O estudo de movimentos pode ser definido como um procedimento de análise científica dos métodos de trabalho, considerando fatores que envolvem matéria-prima, projeto de peças, processos, ferramentas e equipamentos, local de trabalho e, principalmente, os movimentos realizados pelo corpo, com o objetivo de determinar um método preferencial para a atividade (MURDEL, 1966).
2.2. Estudo de tempos
De acordo com Slack, Chamber e Johnston (2002) o estudo do tempo é uma técnica de medida do trabalho para registrar os tempos e o ritmo de trabalho para os elementos de uma tarefa especializada, realizada sob condições especializadas, e para analisar os dados de forma a obter o tempo necessário para a realização do trabalho com um nível definido de desempenho.
O resultado do estudo de tempos é o tempo que uma pessoa adaptada ao serviço e com todos os treinamentos no método específico leva para realizar uma determinada tarefa em seu ritmo normal. Este seria o tempo padrão da operação (BARNES, 1977).
2.3. Cronoanálise
A cronoanálise é considerada o método utilizado para cronometrar e realizar análises do tempo que um operador leva para realizar uma tarefa no fluxo produtivo, permitindo um tempo de tolerância para as necessidades fisiológicas, possíveis quebras de maquinários, e etc. Além disso, o profissional que realiza este método é o cronoanalista que orienta e otimiza a sequência operacional analisando o melhor procedimento a ser realizado para determinadas atividades.(OLIVEIRA, 2009)
Para Oliveira (2009), a cronometragem é uma ferramenta que exige pontos importantes para uma amostragem de tempos, tais como:
- Real capacidade do operador para a cronometragem;
- Número de medições realizadas para uma análise confiável;
- Avaliação de tolerância em porcentagem para cada operação.
A Cronometragem como qualquer outra técnica ou ciência, possui uma terminologia especial. Portanto convém definir alguns dos termos especiais empregados na cronometragem ou estudo de tempos. Algumas definições aqui apresentadas foram extraídas e traduzidas da padronização A.S.M.E. (American Society of Mechanical Engineers), sendo estas: Elemento, Ciclo, Tempo normal, Avaliação de ritmo, Tempo padrão e Tolerâncias (TOLEDO, 2004).
A definição de elemento, conforme Silva e Coimbra (1980), consiste em uma subdivisão de um ciclo ou operação de trabalho que tenha início e fim definidos, permitindo descrevê-lo e medi-lo com precisão. Dividir a operação em elementos é fundamental para garantir a visualização do processo como um todo e fazer sua análise, considerando os principais elementos a serem tratados e os elementos desnecessários que não agregam valor.
Peinado e Graeml (2007) afirmam que é necessário serem realizadas várias tomadas de tempo para obter uma média aritmética entre eles. O ciclo é a realização completa pelo operário de todos os elementos de uma operação, com início e fim definidos.
O número de ciclos a serem cronometrados é obtido por meio da Equação 1:
[pic 1][pic 2] (Equação 1)
Em que:
N = numero de ciclos a serem cronometrados;
Z = Coeficiente de distribuição normal para uma probabilidade determinada;
R = Amplitude da amostra;
Er = Erro relativo da medida;
d2 = coeficiente em função do numero de cronometragens realizadas preliminarmente;
x = média dos valores das observações.
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