APLICAÇÃO DE CONCEITOS DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL EM UM CHAVEIRO
Por: Ícaro Paiva • 28/9/2016 • Artigo • 1.534 Palavras (7 Páginas) • 306 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
Caroline Ferreira Leal
Fernando Moura Feliciano
Ícaro Josias Ferreira Paiva
Thais Campos Lucas
2º Relatório Parcial
APLICAÇÃO DE CONCEITOS DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL EM UM CHAVEIRO
Recife
2016
- Situação Atual
O chaveiro encontra-se, atualmente, inserido em um cenário de baixa demanda. Não é de hoje, porém, que isto vem acontecendo: de acordo com o proprietário, houve um decréscimo na demanda com o passar do tempo, comportamento apresentado a partir de meados de 2015.
Tal decréscimo vem atuando, majoritariamente, na demanda do principal produto, em termos de geração de renda, trazendo, desta forma, a necessidade de ofertar diferentes opções de venda que possam melhorar a atual situação financeira da empresa em questão.
Além disto, o cenário econômico atual em que o país está inserido tem contribuído com o aumento dos preços da matéria prima básica. A inflação tem impulsionado o aumento no preço do latão, que é o material base para a fabricação da chave simples virgem. Ainda mais, a crise econômica tem inflacionado a cadeia de suprimentos de praticamente todos os setores da indústria, portanto, é essencial que sejam adotadas as estratégias adequadas à esta difícil conjuntura do mercado que estamos presenciando.
- Estratégias
As empresas, muitas vezes, frente às incertezas e cientes das ameaças e oportunidades existentes em qualquer setor empresarial, adotam estratégias de ação de forma intuitiva a depender da situação do mercado, sejam estas de crescimento, estabilidade ou redução.
No que se refere às estratégias de crescimento, estas se dão, de uma forma geral, quando a posição competitiva da empresa em relação ao mercado e aos concorrentes é estratégica e vantajosa. Assim, a empresa vê-se numa posição propícia ao investimento em novos mercados, ao crescimento interno, ao estabelecimento de alianças estratégicas, dentre outras ações que visam o aumento das vendas e participação no mercado, associadas com o aumento do valor da empresa. Desta forma, as estratégias de crescimento podem ser subdivididas, de acordo com Porter (2004), em:
- Crescimento Interno - Neste, a empresa cresce através da aquisição de ativos novos ou devido à criação de novos negócios. Indicada à empresas que desejam manter suas características peculiares, preservando a cultura, eficiência, qualidade e imagem da organização em questão.
- Integração Horizontal - A expansão ocorre com a integração (ao portfólio) de outras empresas existentes na mesma linha de negócio. Pode permitir maior acesso aos canais de distribuição, além de aumentar, significativamente, o poder de mercado e, consequentemente, de precificação da empresa.
- Diversificação Horizontal Relacionada - É quando uma empresa adquire outra, similar ou não, por meio de pagamentos ou aquisição de ações. Adequada quando competências de ambas as empresas são complementares, visando o alcance de uma sinergia e fortalecimento das competências essenciais às empresas.
- Diversificação Horizontal Não-Relacionada - Aquisição de uma empresa de setor não relacionado. Baseia-se na geração de benefícios financeiros sem se preocupar com os efeitos sinérgicos potenciais da combinação das competências essenciais.
- Integração Vertical Relacionada - Ocorre quando uma empresa adquire outra que faça parte do seu canal de distribuição. Elimina passos da produção e reduz custos indiretos e de coordenação das atividades de distribuição visando o aumento da sinergia.
- Fusão - Combinação de duas ou mais empresas, geralmente de mesmo porte, por permuta ou ações. São realizadas para partilhar ou transferir recursos e ganhar vantagem competitiva.
- Alianças Estratégicas - Parceria temporária entre duas ou mais empresas que compartilham determinado projeto ou cooperam em uma área de negócio. Há, inerente à esta, uma partilha de custos, riscos e benefícios de explorar novas oportunidades de negócios.
Já a estratégia de estabilidade é uma opção adequada quando a análise de custo/benefício inviabiliza o crescimento, seja pela possibilidade dos gastos serem maiores que os benefícios esperados, seja pelo receio de que o crescimento resultará em uma redução da qualidade ou em uma piora do atendimento ao cliente, sendo esta mais frequente em empresas de pequeno porte. Esta permite, assim, que a empresa concentre seus esforços administrativos nas empresas já existentes, com o intuito de aumentar suas posições competitivas.
Por fim, a estratégia de redução é apropriada quando a competitividade da empresa está fraca, a qual decorre, basicamente, do baixo desempenho em algum aspecto essencial à sobrevivência da empresa. Esta subdivide-se em (Porter, 2004):
- Reviravolta - Há uma total reestruturação da organização, a partir da eliminação de resultados não lucrativos, diminuição de ativos, demissão de funcionários, corte de custos de distribuição, dentre outras ações necessárias. Vale ressaltar que a unidade de negócio, nesta específica estratégia, não é abandonada.
- Desinvestimento - Ocorre quando há uma venda parcial dos ativos da empresa, ou, se portfólio, de uma unidade de negócio, devido aos elevados recursos alocados em detrimento de outras unidades superavitárias.
- Liquidação - Última e menos desejada ação, é quando há a venda total dos ativos da empresa, ou seja, esta é, efetivamente, fechada.
Com base nesse conhecimento, foram analisadas as estratégias já utilizadas pela empresa e sugeridas novas estratégias futuras, baseadas na sua atual situação.
- Estratégias Usadas
Até o presente momento, várias estratégias foram empregadas no estabelecimento, porém todas têm em comum o uso da força interna. Primeiramente, com a abertura do negócio em uma barraca na esquina de casa, o empresário visou estabelecer o empreendimento por meio de estratégias de crescimento interno, para ganhar uma base de clientes, e, então, de estabilidade, visando a manutenção da qualidade dos serviços prestados. Após adquirir certa solidez, a visão da empresa foi, novamente, de crescimento interno, quando se expandiu para um local com mais espaço.
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