APS - Físico, Matemático e Filósofo
Por: Rodrigues777 • 1/11/2016 • Trabalho acadêmico • 1.866 Palavras (8 Páginas) • 435 Visualizações
ARQUIMEDES
BIOGRAFIA
Arquimedes foi um grande físico, matemático, filósofo, engenheiro, inventor e astrônomo grego. O termo filósofo era usado para todos os estudiosos e cientistas em geral, e até hoje Arquimedes é apontado como um dos grandes pensadores e inventores que já existiram. Segundos estudos realizados pelo Sigma Society, o QI desse grande cientista é de 240, um dos maiores da história.
Arkhimedes ou Arquimedes de Siracusa, nasceu por volta de 287 a.C, na cidade de Siracusa na costa da Sicília, atual Itália, que na época pertencia ao mundo Grego, e morreu na cidade de Circa em meados de 212 a.C. Arkimedes é uma palavra grega composta de duas partes: arché , que significa princípio, domínio ou causa original; e mêdos, que significa mente, pensamento ou intelecto. Quando interpretado o seu nome da direita para esquerda, que era a forma interpretada na Grécia, o seu nome significará “a mente do princípio”. Era filho de Fídias, um astrônomo que obteve uma estimativa para a razão dos diâmetros do sol e da lua.
Na sua juventude, Arquimedes estudou em Alexandria no Egito, que era então o centro da ciência grega e foi influenciado por matemáticos como Euclides.
Arquimedes era um cientista compenetrado, perseverante e estudava com afinco para elaborar seus teoremas, inclusive ele é comparado somente a Isaac Newton, pelos seus métodos exaustivos.
A sua capacidade de concentração é bem descrita nesta passagem de Plutarco:
“Muitas vezes os servos de Arquimedes o levavam contra sua vontade para banhos, para lavá-lo e untá-lo. Contudo, enquanto estavam untando-o com óleos e perfumes, ele desenhava figuras sobre seu corpo nu, de tanto que se afastava das preocupações consigo próprio, e entrava em êxtase ou em transe, com o prazer que sentia no estudo da geometria.”
Essa característica de obsessão que Arquimedes tinha por assuntos científicos em todos os momentos da sua vida, também está contada em uma das mais conhecidas histórias de sua vida, contada por Vitrúvio em seu livro sobre arquitetura. Essa história ilustra como Arquimedes desencadeou o princípio da hidrostática.
“Quando o rei Hierão obteve o poder real em Siracusa, pediu que fosse feita uma coroa em homenagem a afortunada mudança ao seu favor, e pediu que fosse feita de grande valor, e ainda designou para este fim um peso apropriado do metal para o fabricante. Este, em tempo devido, apresentou o trabalho ao rei, lindamente forjado, e o peso parecia corresponder ao aquele do ouro que havia sido designado para a fabricação. Mas começou a circular o boato de que o ourives tivera tirado uma parte do ouro que havia sido designado, e que a quantidade que faltava fora completada com prata. Então o rei ficou indignado com a fraude e, sem saber o método pelo qual o roubo poderia ser detectado, solicitou que Arquimedes desse sua atenção ao problema. Encarregado deste assunto, ele foi por acaso a um banho, e ao entrar na banheira percebeu que na mesma proporção em que seu corpo afundava, saía água do recipiente. Neste instante ele percebeu que havia resolvido o problema, e saiu nu gritando pelas ruas que tinha encontrado o que estava procurando, pois ele exclamava: eureca, eureca (encontrei, encontrei)!”
Muitos dos trabalhos de Arquimedes foram perdidos com um incêndio que houve na grande biblioteca do museu de Alexandria, no ano 391 da nossa era. Contudo, os trabalhos que sobreviveram mostram que Arquimedes tinha o costume de mandar seus trabalhos juntamente com alguns textos introdutórios. Esse hábito que tinha em enviar seus textos sem demonstrações pode ter levado alguns matemáticos a roubar os resultados de Arquimedes, afirmando que eram seus. Isso influenciou Arquimedes a enviar alguns trabalhos falsos, avisando depois que eram de impossível solução e que serviam de aviso para “aqueles” que afirmam descobrir tudo, mas não produzem demonstrações de suas afirmações.
Ainda que os trabalhos de Arquimedes mais conhecidos sejam de matemática e física teórica, ele obteve renome por seus trabalhos como engenheiro e inventor de máquinas para guerra, como: catapulta, guindaste, espelhos ardentes, etc. Também tem invenções que são usados até hoje, como o sistema de bombeamento de água conhecido como “Parafuso de Arquimedes”. Entre outras invenções muito importantes para sua época e com o tempo a aperfeiçoada.
Um dos fatos históricos mais marcantes de Arquimedes como inventor, está relatado juntamente com a famosa frase “Dê-me um ponto de apoio e moverei a terra.”
“O rei Hierão queria lançar ao mar um navio de muitas toneladas, o qual só poderia ser feito com muito esforço e empregando muito homens. No entanto Arquimedes enviou uma carta ao rei dizendo que poderia fazer esse trabalho sozinho e somente com as forças das mãos, utilizando apenas uma engrenagem composta de polias e alavancas. O rei ficou admirado e pediu que Arquimedes lhe demonstrasse isso em uma experiência real. Arquimedes então pegou um dos navios do rei, e ainda carregou o navio com passageiros e com carga total. Afastou-se do navio e sem fazer esforço , mas apenas segurando uma polia em suas mãos e movendo as cordas lentamente, moveu o navio em linha reta, como se estivesse no mar.” O rei ficou impressionado e disse: “A partir deste dia deve-se acreditar em tudo que Arquimedes disser”.
Arquimedes construiu grandes maquinas de guerra que não foram muito utilizadas, porque ele vencia todas as batalhas frente ao exército e as armas bélicas do rei Marcelo de Roma. Porém depois de três anos em estado de sítio, Siracusa foi tomada pelos romanos. O rei de Roma, Marcelo, havia deixado claro que queria Arquimedes vivo, pois era um grande admirador do seu trabalho e o queria trabalhando para ele. Entretanto, um soldado acabou matando Arquimedes, enquanto este estava querendo somente proteger seus desenhos. Plutarco narra essa história trágica.
“Mas nada afligiu tanto Marcelo quanto a morte de Arquimedes, que estava então, como quis o destino, concentrado trabalhando em um problema por meio de um diagrama, tendo fixado sua mente e seus olhos no tema de sua especulação, não percebeu a incursão romana, nem que a cidade havia sido tomada. Neste estado de estudo e contemplação, um soldado, chegando até ele de maneira inesperada pisou em seus desenhos, e mandou que o seguisse até Marcelo”. Arquimedes se recusou, e disse suas últimas palavras: “’Não perturbe meus círculos’. O soldado então, enfurecido, tirou sua espada e o matou”. Relatos contam que Marcelo sentiu muito a morte de Arquimedes e considerou aquele que o matou como assassino, e ele ainda procurou os parentes de Arquimedes e os honrou com muitos favores.
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