AS ETAPAS DA CONSTRUÇÃO
Por: brunasouza8 • 25/10/2017 • Relatório de pesquisa • 3.352 Palavras (14 Páginas) • 464 Visualizações
1 INTRODUÇÃO
O presente relatório tem como finalidade, apresentar as atividades desenvolvidas e acompanhadas pela acadêmica Bruna Souza Silva em seu Estágio Supervisionado I para o curso de Engenharia Civil. O estágio foi realizado no período de 20/03/2017 a 05/05/2017 das 8 as 12 horas, totalizando 110 horas e estagiando cada dia da semana em uma obra.
O escritório da empresa Reis Engenharia fica localizado na Rua Opemá, número 320, loja U, no Centro da cidade de Piraúba MG e tem como características a elaboração de projetos arquitetônicos, acompanhamentos, orçamentos e execução de obras.
Foram retomadas e desenvolvidas atividades em canteiros de obras. Dentre as atividades desenvolvidas, estão a leitura e acompanhamento da execução de projetos, acompanhamento de execução de infraestrutura, acompanhamento de execução de ferragens, além de um plano de melhoria da qualidade e segurança do trabalho.
O objetivo desse estágio é proporcionar conhecimento da atividade profissional colocando, assim, o aprendizado em prática. É de total importância descrever tudo o que foi realizado no que tange as etapas da construção pois assimila os conhecimentos adquiridos em sala de aula com o que está acompanhando no estágio.
2 DESENVOLVIMENTO
A estagiária acompanhou diversas etapas do ciclo de construção. O processo construtivo das obras visitadas, encontrava-se em fase inicial no momento do estágio. O processo de demolição, nivelamento, estudo do solo, dados topográficos e escavação das fundações já haviam sido feitos. Naquele momento, o processo era de concretagem dos pilares referente ao pavimento térreo. As obras estavam praticamente na mesma etapa.
Durante o estágio, foi possível acompanhar algumas etapas da execução de vigas. Segundo a definição da NBR 6118:2014, vigas "são elementos lineares em que a flexão é preponderante". Ela transfere o peso das lajes e dos demais elementos para os pilares. Elas são uma mistura de aço, que visa absorver os momentos de tração e o concreto, aos esforços de compressão.
A viga é geralmente usada no sistema laje-viga-pilar para transferir os esforços verticais recebidos da laje para o pilar ou para transmitir uma carga concentrada, caso sirva de apoio a um pilar.
Para a confecção das armaduras das vigas foi usado Aço CA 50 – 60, com bitolas de 6.3mm, 8mm, 10mm, 12.5mm e 16mm. O processo de confecção das vigas era da seguinte forma: De acordo com o projeto de armação de vigas, eram conferidos os aços e bitolas a serem utilizados. Em seguida fazia-se um rascunho desta ferragem para facilitar a compreensão dos armadores na hora da sua confecção. As fôrmas das vigas eram montadas entre os pilares apoiadas por escoras de madeira. Colocam-se espaçadores no fundo e nas laterais para evitar o contato entre o ferro e a fôrma.
O acompanhamento do estoque dos materiais de saída rápida como areia, brita e outros é feito visualmente onde o funcionário responsável pelo processamento desses materiais sempre alerta quando o estoque esta no seu limite, além do próprio mestre de obra sempre conferindo com a produção programada para o dia. Não havia até então um controle técnico de controle desse estoque.
Para cada tipo de obra, existe um preparo da argamassa diferente. Segundo a NBR 1328, argamassas são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, obtidos a partir da mistura homôgenea de 1 ou mais aglomerantes; agregado miúdo (areia); água e pode conter aditivos e adições minerais. Ela serve para fazer o assentamento de tijolos, azulejos e dar resistência a obra. É necessário saber medir a quantidade de cal, areia e água para que a argamassa seja bem feita.
Deve-se respeitar os traços de cada etapa da preparação da argamassa. É importante ressaltar que nesse composto existem três matérias primas indispensáveis para a execução do serviço, no caso a areia, e o cimento.
O levantamento da alvenaria já havia sido executada antes do início das atividades de estágio, no entanto, foi possível acompanhar algumas etapas da execução da alvenaria de vedação do pavimento térreo de uma das obras. As paredes foram levantadas com blocos cerâmicos de seis furos de dimensões (19x14x19) cm. De acordo com Ramalho e Corrêa (2003), os blocos, como componente da alvenaria, são os principais responsáveis pela definição das características resistentes da estrutura.
A importância da execução bem feita é facilmente compreendida pelos profissionais, pelo menos do ponto de vista conceitual, porém nem sempre a prática é levada com a devida seriedade.
Tauil e Nese (2010) definem alvenaria como o conjunto de peças justapostas coladas em sua interface, por uma argamassa apropriada, formando um elemento vertical coeso. A execução da alvenaria se dá pela simples necessidade de vedação e divisão de ambientes ou necessidade de resistência a esforços estruturais, neste caso a alvenaria é estrutural.
Após a marcação ser feita na primeira fiada, eram introduzidos barrotes de madeira fixados nos encontros das alvenarias para então ser dado o início da segunda fiada de blocos cerâmicos, assim usando uma linha de nylon como guia um nível, prumo, esquadro e régua de alumínio, ferramentas necessárias para a utilização nesse processo de execução, com isso era garantido o nivelamento, alinhamento, planicidade e perpendicularidade, tipo de procedimento padrão utilizado em todo processo de alvenaria da obra em questão.
As juntas horizontais tinham de 1 a 2 cm, de espaçamento. Durante todo esse processo de assentamento a argamassa que sobrava no procedimento era raspada com a colher de pedreiro e devolvida à caixa de argamassa onde, por orientação ao corpo técnico, era misturada e reutilizada.
Também era orientado a cada quatro ou cinco fiadas verificar o nivelamento com a régua de alumínio e o prumo de centro . Depois de feito esse processo em toda a parede era considerada como terminada pelo profissional responsável no caso o pedreiro, também era feita a inspeção usando o auxílio da régua de alumínio de dois metros de comprimento a qual ficaria totalmente encostada na alvenaria, obedecendo uma margem de folga entre 3 mm a 4 mm, não podendo ultrapassar de forma alguma essa tolerância.
Foram executadas vergas e contravergas de concreto armado em todos os vãos de janelas e portas existentes nas paredes, para que distribuem cargas e tensões em vãos. Tanto as vergas quanto as contra vergas devem ter um comprimento maior que a abertura e serem apoiadas dos dois lados na alvenaria de no mínimo 30 cm de cada lado do apoio, assim distribuindo corretamente as cargas.
Recomenda-se que as contra vergas sejam produzidas junto ao levantamento da alvenaria dando agilidade a serviços futuros como a instalação das aberturas e, desta forma não impedindo a continuidade dos serviços de revestimento, fazendo com que a atividade de reboco interno tenha que ser retomada em outra fase tornando-a descontínua.
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