Agregados Macroeconômicos: Contabilidade Nacional e Balanço de Pagamentos
Por: Gabriel Menezes Alves • 5/11/2016 • Resenha • 1.175 Palavras (5 Páginas) • 913 Visualizações
Agregados Macroeconômicos: Contabilidade Nacional e Balanço de Pagamentos
Agregados Macroeconômicos são importantes fatores que auxiliam no entendimento de uma economia e a medir o seu desempenho. A medição do desempenho consiste no cálculo dos bens e serviços produzidos em um país. Para isso, importantes conceitos são fundamentais para o desenvolvimento.
Produto agregado consiste na soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma economia em um determinado período de tempo. Renda agregada representa a remuneração econômica e Despesa agregada representa os possíveis destinos dos produtos. Estes três conceitos estabelecem uma equivalência entre si já que, o produto agregado, por consistir os bens e serviços adquiridos pela sociedade, é elaborado pelos fatores de produção da população, que por sua vez, recebem como forma de pagamento a renda agregada e estabelecem a compra do produto, gerando despesas. Portanto, estes três conceitos geram o fluxo circular de renda, quando se trata de uma economia fechada.
Contudo, a economia não é restrita e permite outros preâmbulos em busca da aquisição de bens e capital. O investimento é esse aumento e visa aumentar a atividade da economia, ofertando produtos em um período seguinte, com acréscimo de maquinário ou acumulo de estoques. Outro fator que pode influir é a Poupança Agregada que consiste na contenção de gastos de uma Renda durante um período. Ambos conceitos se referem á estratégias importantes para o acumulo de capital, sendo o primeiro influente em transações e o segundo, no âmbito familiar, sendo que este é capaz de influir diretamente no primeiro.
Produto bruto é o bem e/ou serviço no ato da sua realização. Ao longo do tempo, o mesmo sofre depreciação, ou seja, perde o seu valor original. O valor gerado pela subtração da depreciação no produto bruto gera o produto líquido.
Todos estes termos são independentes das ações governamentais e estrangeiros. Entretanto, não é possível compreender a Economia sem estes. O governo tem por função prover os bens públicos através da arrecadação de impostos diretos e indiretos. Os impostos diretos consistem nos tributos pagos diretamente pela população (IPTU, IR). Já, os indiretos, são imbuídos nos valores de vendas dos produtos e serviços, gerando o conceito de Produto a Preço de Mercado, aumentando o valor do produto no custo de produção. Alem dos impostos, existem os subsídios que consistem em um pagamento abaixo do valor de mercado pelo governo, gerando um imposto indireto negativo, já que não é suficiente este subsídio para cobrir todas as despesas geradas pelo produto.
A introdução do estrangeiro na economia pode ser através de exportações (venda de parte da produção para o exterior) ou importações (aquisição de produtos do exterior). Um país pode enviar ou receber mais rendas vindas do exterior e, a diferença entre elas gera a renda líquida enviada ao exterior.
Incluindo o setor externo e o governo, mais duas medidas de produto são criadas: Produto Interno que consiste na produção cuja renda é gerada nos limites do território e; Produto Nacional, que representa a produção cuja a renda é de propriedade de residentes do país, independente da mesma ter sido gerada em outro território.
Para finalizar os conceitos básicos, tem-se: Renda Nacional, Renda Pessoal e Renda Pessoal Disponível. O primeiro refere-se ao produto nacional líquido a custo de fatores, o segundo, que é igual à renda nacional menos os lucros retidos, os impostos e transferências governamentais. O terceiro consiste na renda pessoal menos os impostos diretos.
Com base nesses conceitos anteriores, é possível entender que o sistema contábil e econômico é muito complexo, principalmente ao analisá-lo em sua totalidade. Para isso, os Sistemas de Contabilidade Social são importantes para apresentar o desempenho macroeconômico em determinado período de tempo. O sistema mais difundido e operacional, por incluir somente as transações de bens e serviços finais é o Sistema de Contas Nacionais. Ele consiste em quatro contas: Conta Produto Interno Bruto – consiste na apropriação dos produtos e despesas internos brutos a preços de mercado (unidades produtoras); Conta Renda Nacional Disponível Liquida – que descreve a utilização e apropriação da renda nacional disponível líquida (apropriação da renda); Conta Transações Correntes com o Resto do Mundo – balanço entre importação e exportação; Conta de Capital – consolidar o sistema de contas, na qual se é lançado todos os gastos como débito e todas as fontes de recursos geradas como créditos.
Como complemento a este conjunto de contas, tem-se a Conta Corrente das Administrações Públicas que consiste no lançamento de todas as variações rentáveis referentes aos gastos e ganhos públicos.
Por fim, o termo Balanço de Pagamentos de um país representa o resumo contábil das transações econômicas efetuadas pelo país com o resto do mundo, durante um determinado período de tempo. Assim, é possível verificar a situação econômica do país perante o contexto internacional.
O Banco Central é o responsável pela elaboração do Balanço de Pagamentos no Brasil, com base no lançamento de residentes no país e de fora. É adotado a regra das partidas dobradas que consiste no lançamento de créditos sempre que houver uma entrada de divisas e, um débito em todas as saídas. Nessa ótica, as transações internacionais podem apresentar as características de uma Transação Autônoma, sendo aquelas realizadas para atingir os interesses dos agentes. Sua cotação pode representar a Balança de Transações Correntes, na qual busca resumir a diferença entre o total de exportações e de importações incluindo as mercadorias (Balança Comercial), transportes e seguros, viagens, rendas de capital (Balança de Serviços), e transferências unilaterais (Donativos). Estes preceitos afetam diretamente a Renda Nacional e, portanto, considerada a mais importante no balanço de pagamento.
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