Análise Ergonômica do Trabalho - AET –

UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Análise Ergonômica do Trabalho

- AET –

Felipe Araújo Ferreira

Gilvan Feitosa Torre Junior

José Ellys Evangelista Silva de Andrade

Pollyana Gusmão da Costa

Juazeiro

2014

Sumário

1.        Apresentação:        

2.        Objetivo:        

3.        Empresa Escolhida:        

4.        Escopo da Análise:        

4.1.        Operador de Máquina Flexográfica.        

4.2.        Operador de Rebobinadeira.        

4.3.        Operador de Máquina de Embalagem.        

1. Introdução

A ergonomia tem como principal objetivo o estudo da adequação do trabalho ao trabalhador, analisando as condições técnicas, ambientais, organizacionais, cognitivas e de regulação do trabalho prezando pela saúde, segurança e satisfação do trabalhador. Abrange o planejamento e projeto antes, durante e após a realização do trabalho para que se possa atingir os resultados desejados.

De acordo com Motta (2009), durante a jornada de trabalho os operadores podem assumir diversas posturas inadequadas durante a execução da tarefa, e demandar esforços musculares que podem causar doenças ocupacionais relacionadas ao trabalho (DORT), por isso a Norma Regulamentadora voltada para a ergonomia (NR 17), em seu item 17.1 visa estabelecer: “parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto, segurança e desempenho eficiente”, para que sejam prezados saúde e qualidade de trabalho.

Segundo Itiro (2004) a Ergonomia divide-se em ergonomia de concepção, correção, conscientização, participação e macroergonomia. A Ergonomia de concepção ocorre durante o projeto do produto, máquina, ambiente ou sistema, exigindo maior conhecimento e experiência do trabalhador. A ergonomia de Correção é aplicada em situações reais para resolver problemas de fadiga excessiva, doenças do trabalhador, segurança e qualidade do trabalho. Ergonomia de Conscientização procura capacitar, treinar e reciclar o trabalhador para identificação e correção de problemas. A ergonomia de Participação envolve funcionários na resolução dos problemas apresentados, resultando em motivação dos participantes diretos e indiretos.

A Análise Ergonômica do Trabalho se apresenta como ergonomia do tipo correção, composta por três fases de análise (demanda, atividade e tarefa), formulação do diagnóstico e recomendações ergonômicas. Permite estudar e analisar as estruturas gerais e fluxo do sistema de produção, layout, mobiliário, ruído, iluminação, temperatura, horas trabalhadas, dificuldades operacionais, exigências na realização do trabalho, flexibilidade paradas. A análise de todos esses fatores admite a realização da descoberta de causas que provocam os problemas expostos na etapa de análise de demanda e posteriores providências que deverão ser tomadas para a resolução do problema.

Para a realização do presente trabalho, foi escolhida uma indústria especializada na fabricação de caixas e etiquetas adesivas para embalagens e rótulos de produtos. Situada no Distrito Industrial da cidade de Petrolina, Pernambuco, e conta com a participação de 15 colaboradores responsáveis pelo correto funcionamento das atividades produtivas. Distribuída em dois setores de atividades, de acordo com suas características; são esses os setores administrativos e de produção. O administrativo é destinado a realizar atividades administrativas de controle de clientes, finanças, compra e vendas, atendimento a clientes, e emissão de documentos, e o setor de Produção é destinado à confecção de etiquetas, através de processos industriais.

1. Objetivos

Este trabalho tem como objetivo analisar ergonomicamente três postos de trabalho do Setor de produção de uma indústria de fabricação de caixas e etiquetas para embalagens, bem como apresentar as medidas corretivas necessárias para tais postos, de modo a corrigir riscos advindos dos agentes ergonômicos presentes no ambiente, nas atividades e nas operações dos postos analisados.

1. Justificativa do Trabalho

A escolha pelo setor de produção é decorrente do maior fluxo de atividades que possam comprometer a saúde dos trabalhadores analisados, se realizadas sem os cuidados necessários e de forma inadequada, pela observação da elevada importância de minimizar ou eliminar, o “stress” causado pelas atividades desenvolvidas, que pode gerar impactos positivos no que tange a produtividade do trabalhador, fator de interesse para a empresa.

As atividades realizadas nos postos estudados envolvem trabalhadores que passam boa parte do seu tempo de trabalho sem variação de posição, como é o caso dos trabalhadores que operam a máquina rebobinadeira, que passam boa parte do tempo de trabalho sentados em cadeiras que não se adequam a realização da atividade, podendo desenvolver alguma DORT.

1. Análise Ergonômica do Trabalho

Segundo Itiro (2005), a Análise Ergonômica do Trabalho visa aplicar os conhecimentos da Ergonomia para analisar, diagnosticar e corrigir a situação real de trabalho. Desdobra-se em cinco etapas: análise de demanda, análise de atividade, análise de tarefa, diagnóstico e recomendações ergonômicas. Todas essas etapas devem ser realizadas seguindo uma ordem cronológica de acontecimentos de maneira a garantir que o diagnóstico apresentado seja feito corretamente e as recomendações seguidas adequadamente.

1. Análise de Demanda

A análise de demanda descreve o problema ou situação problemática. Procura entender a natureza e a dimensão dos problemas apresentados.

1. Análise de Tarefa

Analisa o que é prescrito e realmente executado, visto que a tarefa é considerada como o conjunto de objetivos que o trabalhador deve cumprir.

1. Análise de Atividade

Analisa o comportamento do trabalhador na realização de uma tarefa. Influenciada por fatores internos e externos.

1. Formulação do Diagnóstico

Procura descobrir os motivos que ocasionam o problema identificado na análise de demanda. Refere-se a fatores relacionados aos trabalhadores e a empresa que tem influência na atividade do trabalho.