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Análise Dos Artigos

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Por:   •  6/3/2015  •  1.750 Palavras (7 Páginas)  •  258 Visualizações

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ANÁLISE DOS ARTIGOS:

I. A engenharia de resiliência e o sistema de controle de tráfego aéreo;

II. Proposta de método para identificação de tipos de erros humanos;

III. Análise dos tipos de erros em uma distribuidora de produtos derivados de petróleo

1. Introdução

O artigo I tem como objetivo debater a utilidade dos conceitos da Engenharia de

Sistemas Cognitivos e, em particular da engenharia de Resiliência, no ambiente

de controle de tráfego aéreo de Porto Alegre - RS. A metodologia empregada

para a realização desse estudo foi a da prática da engenharia de resiliência citada

por Hollnagel et al. (2006), que se baseia em:

- Analisar, medir e monitorar a resiliência da organização em seu próprio

ambiente operacional;

- Modelar e predizer, a curto e longo prazos, os efeitos das mudanças e

alinhar o gerenciamento das decisões na resiliência e consequentemente no

risco.

Os artigos II e III têm como objetivo apresentar uma proposta de identificação

de tipos de erros humanos, com vistas a colaborar na análise causal de qualquer

situação de insegurança, não necessariamente apenas nos acidentes. No II o

estudo é feito a partir de casos reais de acidentes investigados em uma empresa

de implementos agrícolas do Rio Grande do Sul. Já no III a investigação foi

feita numa distribuidora de produtos derivados de petróleo. A metodologia

utilizada nos dois artigos constitui-se numa adaptação do método proposto por

Costella e Saurin (2005), que consiste basicamente em um fluxograma apoiado

em uma série de perguntas que direcionam para a identificação dos tipos de

erros.

Esses artigos tem certa relevância no campo da ergonomia cognitiva, pois

propõem métodos para identificação dos tipos de erros humanos, e também uma

compreensão mais aprofundada acerca da participação humana no acidente, em

particular acerca dos mecanismos cognitivos envolvidos na sua ocorrência.

2. Desenvolvimento

Diferentes situações, muitas vezes multifacetadas, e em sua maioria arrojadas,

demandam esforço cognitivo e habilidade do controlador para alterar,

rapidamente, seu comportamento, a fim de se harmonizar a cada situação. A

Engenharia de Sistemas Cognitivos (ESC) demanda uma visão de sistema

humano-tecnologia atuando de forma indissociável, como parceiros de igual

importância em situações reais de trabalho que, como é característico destes

sistemas, estão sempre se modificando. Deve-se deixar evidente a diferença

entre o conceito de Engenharia de Sistemas Cognitivos e a Ergonomia Cognitiva

clássica. Muitas vezes, esta última é entendida como o estudo das atividades que

abrangem processamento de informação de um indivíduo. No entanto, a

atividade cognitiva não pode ser vista em separado, como um pensamento

individual, pois as atividades envolvem um grupo de profissionais, em um

sistema organizacional, e em um contexto institucional no qual, algumas vezes,

acabam por delinear e/ou restringi-las, por exemplo, promovendo punições ou

recompensas, e definindo metas que nem sempre são alcançadas. A ESC vê o

erro humano muito mais como um sintoma do que a causa de um problema, pois

o desempenho humano é induzido por três fatores primordiais que engendram

oportunidades para falhas:

- o design da tarefa;

Desta forma, para que seja possível conceber sistemas mais fiáveis e resistentes

a partir do estudo de incidentes, é impreterível entender as conjunturas que

moldam o comportamento humano.

Uma questão importante é o entendimento de que há três níveis de

comportamento que são as respostas a três demandas do ambiente de trabalho,

conforme proposto por Rasmussen (1983):

- No nível da habilidade (skill-based), o desempenho é principalmente

motor e sensorial durante ações ou atividades rotineiras. Na situação de rotina, o

“modus operandis” fica engrampado no cérebro e a pessoa pode atuar sem

alocação de atenção. É um processo automático, muito rápido e preciso;

- No nível das regras (rule-based), o desempenho é influenciado pelo

seguimento de regras estruturadas, manuais, conhecimento tácito dos colegas,

etc.

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