Análise Pelo método Dupont, Modelo Dupont, Ciclo Operacional E Ciclo De Caixa.

Administração de Crédito

Matias (2007), descreve o crédito como um dos princípios mais importantes da

administração do capital de giro, sendo de extrema importância na alavancagem de vendas e sendo responsável por grande parte dos recursos aplicados no ativo circulante. Sua origem tem um enfoque na troca comercial, onde uma parte chamada vendedora entrega um produto ou serviço à outra parte chamada compradora, a qual deverá pagar pelo produto ou serviço na data determinada pela parte vendedora.

As contas a receber representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das

empresas em geral. São valores a receber decorrentes de vendas a prazo de

mercadorias e serviços a clientes, ou oriundos de outras transações. Essas outras

transações não representam o objeto principal da empresa, mas são normais e

inerentes às suas atividades. Por esse motivo a segregação dos valores a receber,

relativos ao seu objetivo principal (clientes) das demais contas que podemos

denominar outros créditos. (IUDÍCIBUS, 1995, p. 129).

Assaf Neto e Silva (2006), afirmam que crédito diz respeito à troca de bens presentes por bens futuros. De um lado, uma empresa que concede crédito troca produtos uma promessa de pagamento futuro. Por outro lado, uma empresa que obtém crédito recebe produtos e assume o comportamento de efetuar o pagamento no futuro.

Lemes Junior, Rigo e Cherobim (2002), dizem ainda que o crédito é o fator que

facilita as vendas. Através do crédito, as empresas vendem mais do que venderiam se não utilizassem esse tipo de facilidade. Ao mesmo tempo, crédito é fator de risco para as empresas, isso torna a sua administração complexa, exigindo de gestores atenção e uso de técnicas para evitar perdas com devedores relapsos.

Para Silva (1993), o crédito faz com que as empresas aumentem seu nível de

atividade e estimula o consumo influenciando na demanda. Desta forma, facilita a execução de projetos, para os quais a empresa não disponha de recursos próprios suficientes. Por outro lado, deve-se destacar que crédito pode tornar empresas altamente endividadas, assim como pode ser forte componente de um processo inflacionário.

Weston e Brigham (2000), comentam que as empresas, normalmente, preferem

vender à vista do que a crédito, mas devido à competitividade do mercado são forçadas a trabalhar com venda a prazo. Desta forma, mercadorias são embarcadas, estoques são reduzidos e uma conta a receber é criada. Assim, um dia o cliente pagará a conta, ocasião em que a empresa receberá em dinheiro e seus recebíveis declinarão. Os recebíveis constituem um importante beneficio, já que a concessão de crédito aumenta as vendas.

Sobre o ponto de vista de Securato (2002), crédito é uma operação presente no dia a dia de muitas pessoas, pois durante todo o tempo estão ocorrendo compra e venda de serviços e produtos. Estabelecendo, desta forma, uma relação de confiabilidade entre as partes.

A partir das colocações dos autores com relação à administração de crédito, pode-se perceber que a administração de crédito consiste na venda a prazo de algo com a promessa de pagamento pelo mesmo. Estabelecendo, desta maneira, confiança entre o credor e o devedor.

Esta confiança entre o credor e devedor se tornará em concessão de crédito.

1.3 CONCESSÃO DE CRÉDITO

Silva (1993), relata que a decisão de conceder crédito pode ser entendida como a

escolha entre alternativas. Todos os dias, as pessoas tomam decisões optando entre as alternativas de que dispõem e conhecem. Sendo que a análise do processo de concessão de crédito envolve experiências anteriores, conhecimento sobre o que está sendo decidido, método para tomar e uso de instrumentos e técnicas que auxiliem no processo de concessão de crédito.

Silva (1998), complementa dizendo que a decisão de conceder crédito numa empresa comercial ou industrial está relacionada ao volume de vendas que se quer atingir em determinado produto e em determinada época.

Para Berni (1999), a concessão de crédito será concedida levando em conta diversos fatores, que podem ser resumidos em três palavras: confiança, mérito e oportunidade.

A concessão de credito é uma das fases mais importantes no processo decisório de

crédito, pois é nesse momento que se toma a decisão de conceder ou não, de

recomendar ou não, um crédito. Para tanto é necessário que, a cada operação, as

informações quanto a situação econômico-financeira estejam sempre atualizadas,

com vistas a assegurar que o nosso negócio seja bom tanto para o cliente como para instituição. (TORRES, 1995, p. 25)

Conforme Tavares (1988), ao processo de concessão de crédito a empresa deverá ter presente que ao lado de um possível aumento nas vendas, se defrontará com o risco na liquidação de seus valores a receber decorrentes da venda a prazo, tendo possivelmente contabilização de possíveis perdas a título de devedores duvidosos.

O autor Berni (1999), diz que se podem resumir em três palavras os fatores que se

deve levar em conta na hora de conceder o crédito, mas para se ter confiança, mérito e oportunidade é necessário obter informação. Fica evidente que a concessão de crédito necessita de informações confiáveis e íntegras para que possa tomar a decisão de conceder crédito ou não para as empresas. Quanto mais confiáveis forem as informações, menos risco a empresa irá correr. Desta forma, as políticas de crédito são necessárias para que se possam analisar as informações para uma possível concessão de crédito.

1.4 POLÍTICA DE CRÉDITO E COBRANÇA

Política de crédito tem como finalidade fornecer elementos para a concessão de

crédito aos clientes da empresa. Juntamente com as ferramentas de marketing (preço, qualidade e publicidade), a política de crédito é uma das principais variáveis para o aumento das vendas.

“Política de