Aplicação de inteligência artificial na área de suprimentos na fase de pré planejamento
Por: naahcuri • 23/11/2019 • Artigo • 1.642 Palavras (7 Páginas) • 199 Visualizações
Aplicação de inteligência artificial na área de suprimentos na fase de pré planejamento
Felipe Uemura
(20717521/lipe.uemura@hotmail.com)
Hingrid Winkler
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Leonardo Canhizares
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Naiara Curi Santos
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Vitor Puentedura
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RESUMO
A área de suprimentos industriais envolve o processo de selecionar fornecedores, negociar condições de pagamento e termos contratuais (entregas, qualidade e frequência), decisões estratégicas, seleção, negociação contratual e a compra de bens e serviços para manutenção, operação e reparos. A área se preocupa em adquirir todos os bens e serviços vitais a uma organização. Com o advento da indústria 4.0 novas tecnologias surgem para tornar a indústria mais ágil e competitiva, dentre elas a Internet das Coisas, Big Data, Computação em Nuvem, Integração de Sistemas e a Inteligência Artificial. Integradas essas tecnologias tornam as áreas mais ágeis e produtivas.
INTRODUÇÃO
Na década de 1950, pesquisadores descobriram que ao descrever as ações humanas por meio de uma série de deduções e lógicas matemáticas, seria possível programar o computador para realizar estas operações, simulando a inteligência humana. A esta linha de pesquisa deu-se o nome de Inteligência Artificial (AI, do inglês Artificial Intelligence), que desde sua criação tem se buscado fazer com que os computadores simulem a forma de pensar e agir dos seres humanos, modelando elementos como ações reativas e até sentimentos.
A inteligência artificial na área de suprimentos é aplicada desde o momento em que o usuário necessita gerar uma requisição de compra, passando pelo processo de negociação e seleção de fornecedores, compra e entrega do material e serviço.
Esta tecnologia permite que requisições de compras sejam geradas através da integração com setores clientes da área de suprimentos como almoxarifado e manutenção. A partir do momento em que o estoque de determinado equipamento e/ou produto atinge seu estoque de segurança o sistema é capaz de verificar a ultima compra realizada, montar a requisição de compra, enviar as solicitações de cotações para os fornecedores, avaliar as propostas com base nos últimos fornecimentos e montar o pedido de compra para a reposição sem a necessidade de intervenção humana, assim como é possível verificar o planejamento de manutenção e priorizar a compra dos equipamentos e componentes necessários para garantir aderência ao cronograma estabelecido.
O DESENVOLVIMENTO DO PRODUTO
Ter sucesso na gestão do sistema de desenvolvimento de produto é crucial para a competitividade e sobrevivência de qualquer empresa nos dias de hoje. Nas últimas décadas, tem-se observado movimentos de globalização econômico-financeira seguidos de globalização de produto e consumo. Essas transformações no cenário econômico têm gerado forte concorrência nunca antes vista entre organizações (CHENG & FILHO, 2007).
De acordo com Rosenfeld et al. (2006), o desenvolvimento de produtos é um processo de negócio cada vez mais crítico devido a internacionalização dos mercados, o aumento da diversidade de produtos e a redução do seu ciclo de vida, sendo assim novos produtos buscam atender segmentos específicos de mercado, incorporando novas tecnologias e se adequando a novos padrões e restrições legais.
Com isso as indústrias têm investido em pesquisas e projetos de novos produtos, sistemas e softwares com o intuito de minimizar riscos, ampliar o desempenho, aperfeiçoar a aplicação de recursos, reduzir os custos e suportar as melhores decisões.
Dentro deste contexto a área de suprimentos passou a ser imprescindível para a administração de recursos materiais de uma empresa. Suprir a indústria de forma a beneficiar a organização é determinante não somente para a competividade, mas também para a permanência da empresa no mercado. Pequenas reduções no custo das aquisições podem refletir positivamente no lucro da empresa. Para isso é fundamental manter um banco de dados de fornecedores atualizado, ter poder de negociação e estabelecer um relacionamento baseado na confiança mútua entre o cliente e o fornecedor.
Para Arnold (1999) suprimentos é um processo muito amplo que acaba por envolver a todos na organização. O setor específico, geralmente, em face da competitividade empresarial, precisa da ajuda de outros setores da organização, como o de desenvolvimento de produtos, área financeira, manutenção e almoxarifado para que as aquisições realmente tragam benefícios para a organização.
Big data, analytics, machine learning, business intelligence e cloud computing são inteligências artificiais que criaram um novo leque de oportunidades para as empresas, inaugurando a era Suprimentos 4.0.
A Inteligência de Suprimentos(Business Intelligence), se bem estruturada, tem a capacidade de analisar dados(Analytics) e cruzar todos estes dados (Big Data) de forma a trazer diferentes maneiras de estruturar a estratégia de negociação das áreas de Suprimentos. Isto alinhado aos compradores, através do Strategic Sourcing, vira uma forte arma para seguir reduzindo custo nas cadeias de valores.
A inteligência artificial pode ajudar trazendo para o nosso dia a dia de compras a premiação automática de cotação para itens indiretos com baixo potencial de negociação. A partir de parâmetros como preço (hard saving), estoque e frete, o sistema pode decidir automaticamente a melhor compra, inclusive fechar o pedido.
Estudos em uma área de suprimentos de uma multinacional petroquímica que recebe semanalmente mais de 1500 requisições de compras dos mais diversos setores como manutenção, caldeiraria, instrumentação verificou que cerca de 65% da demanda são repetições de compras já realizadas, como por exemplo reposição de estoques, onde todas as informações de fornecimento estão guardadas no ERP como fornecedores, preços, quantidades e condições de compras. Desta forma através da inteligência artificial associada a Big Data poderia realizar automaticamente a escolha dos fornecedores, verificar mudanças nas condições comerciais de acordo com regras de negócios previamente definidos, como por exemplo, gap de aumento de preço, flutuações cambiais entre outros, selecionar o melhor fornecimento, montar o pedido de compra e enviar ao fornecedor.
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