Atps De Matematica
Trabalho Universitário: Atps De Matematica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: lipeiiiira • 2/10/2013 • 1.503 Palavras (7 Páginas) • 377 Visualizações
No cálculo integral, integração por partes é um método que permite expressar a integral de um produto de funções em outra integral. A integração por partes pode ser vista como uma versão integrada da regra do produto.
A fórmula típica é a seguinte, onde e são funções de classe C1 no intervalo , ou seja, são diferenciáveis e suas derivadas são contínuas entre ae b.
A fórmula canônica é dada pela seguinte expressão:Considerações iniciais[editar]
A integração é um processo que demanda certa habilidade e técnica, ele provê um meio indispensável para análises de cálculos diversos, além disso o meio de integrar certas funções deve ser exercitado até que sejamos capazes de absorver a sua essência. O problema da integração deve ser visto como uma análise que pode conduzir a resultados algébricos diversos, quando tomadas técnicas diversas, que concordam, porém, em resultado numérico.
Devido à necessidade de exercício dessas técnicas que apresentaremos, teremos mais exemplos neste capítulo, uma ótima maneira de introduzir o conteúdo enquanto a teoria é exposta. A natureza diversa das formas de integrais nos obriga a fazer este estudo a parte, pois certas funções são peculiarmente difíceis de serem analisadas antes da utilização de algum artifício que permita sua simplificação, este é o objetivo deste capítulo: trazer ao leitor os processos de integração e as diversas possibilidades de simplificação de funções para a aplicação destes processos.
Por partes[editar]
A técnica de integração por partes consiste da utilização do conceito de diferencial inversa aplicado à fórmula da regra da diferencial do produto, ou seja:
d(uv)=udv+vdu
Que após a antidiferencial se torna:
\int d(uv) = \int udv + \int vdu
uv = \int udv + \int vdu
E, portanto:
\int udv = uv - \int vdu
A utilização desta fórmula para melhorar o processo de integração implica na necessidade de uma breve explanação, o processo consiste em observar a função a ser integrada como sendo uma integral \int udv, ou seja, devemos separar a função em duas partes: uma, chamamos de u, que consideraremos função primitiva e outra dv que será uma diferencial, desta forma, faremos a integração da parte dv para encontrar v e depois subtrairemos a integral da mesma com relação a diferncial de u: du. Parece um tanto incomun a princípio, porém após o hábito no uso da técnica, esta se torna muito útil.
Outro fato deve ser explorado: como o processo demanda a integração da diferencial dv nos vem a questão sobre a necessidade de utilização da constante de antidiferenciação C, portanto façamos a verificação da fórmula utilizando-a:
Se v = \int dv + C ,
\int udv = u\left(\int dv +C\right)- \int \left(\int dv +C\right)du
\int udv = u\left(\int dv\right) +uC- \left(\int \left(\int dv\right)du + uC \right)
\int udv = u\left(\int dv\right) +uC- \int \left(\int dv\right)du - uC
\int udv = u\left(\int dv\right) - \int \left(\int dv\right)du
\int udv = uv - \int vdu
Ou seja, a constante é dispensável para o cálculo da integral que resulta em v.
Exemplo 1 - Caso do logaritmo[editar]
Utilização da integração por partes na resolução da integral do logaritmo natural:
\int \ln(x) dx
Separamos a diferencial dx e a primitiva ln(x) , procedendo as operações inversas:
v=\int dx=x
depois:
u=\ln(x)
du=\frac{1}{x}dx
Aplicando à fórmula de integração por partes:
\int \ln(x) dx=x\ln(x)-\int x \frac{1}{x} dx
\int \ln(x) dx=x\ln(x)-\int dx
\int \ln(x) dx=x\ln(x) - x + C
\int \ln(x) dx=x[\ln(x) - 1] + C
Também há os que preferem simplificar mais, desta forma:
\int \ln(x) dx=x[\ln(x) - \ln(e)]
\int \ln(x) dx=x \left[\ln \left(\frac{x}{e}\right)\right]
\int \ln(x) dx=\ln \left(\frac{x}{e}\right)^x + C
Sendo C a constante de antidiferenciação.
Exemplo 2 - Caso do arcseno[editar]
Utilização da integração por partes para encontrar a integral do arcseno:
\int arcsen(x) dx
Separamos as partes e operamos para encontrar as respectivas inversas:
v=\int dx=x
Assim:
u=arcsen(x)
du=\frac{dx}{\sqrt{1-x^2}}
Aplicando à fórmula da integração por partes:
\int arcsen(x) dx=x \cdot arcsen(x)-\int \frac{x}{\sqrt{1-x^2}} dx
agora consideremos o seguinte:
z=1-x^2
dz=-2xdx
dx=-\frac{dz}{2x}
logo:
\int arcsen(x) dx=x \cdot arcsen(x)-\int \frac{x}{\sqrt{1-x^2}} \left(-\frac{dz}{2x} \right)
\int arcsen(x) dx=x \cdot arcsen(x)+\frac{1}{2}\cdot\int \frac{1}{\sqrt{z}} dz
\int arcsen(x) dx=x \cdot arcsen(x)+\sqrt{z}
Portanto:
\int arcsen(x) dx=x \cdot arcsen(x)+\sqrt{1-x^2} + C
Sendo C a nossa tradicional constante de antidiferenciação.
Exemplo 3 - Caso do arccosseno[editar]
Utilização da integração por partes para encontrar a integral do arccosseno:
\int arccos(x) dx
Separamos
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