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Atps - Sistemas de Produção

Por:   •  23/11/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.473 Palavras (10 Páginas)  •  243 Visualizações

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Atualmente, os Sistemas de Produção vem sofrendo diversas mudanças. Estamos caminhando para um milagre econômico, mais por força da conjuntura econômica globalizada, do que por vontade política de nossos líderes. Onde antes havia o confronto entre capital e trabalho, tem-se hoje a administração participativa, a necessidade de envolvimento da mão-de-obra na implantação de novas técnicas produtivas. Então, as empresas que não adaptarem seus sistemas produtivos para a melhora contínua da produtividade, não terão espaço nesse processo de globalização. A velha estratégia da produção em massa, hoje as empresas devem possuir um sistema flexível de produção, com rapidez no projeto e implantação de novos produtos, com baixos lead times e estoques no atendimento das necessidades dos clientes.

Originalmente, a maioria dos conceitos e técnicas de planejamento, programação e controle da produção veio de aplicações em fábricas, porém essas técnicas e esses conceitos migraram para a área de serviços, a área que mais cresce no mundo. Logo a conceituação de sistemas produtivos abrange tanto a produção de bens, como a de serviços. Enfim com essa economia globalizada, a concorrência passa a ser maior e impede que haja aumento de preços para compensar os custos e, assim, o mercado exige das organizações maior capacidade de se adaptarem às mudanças.

As empresas que possuem: rapidez no lançamento de produtos, redução de custos, inovação tecnológica, melhoria da qualidade dos produtos; são aquelas que se manterão e prosperarão no mercado. Desta forma, as organizações atuam na melhoria de seus Sistemas de Produção, implantando metodologias que as permitirão obter o bom desempenho dos processos e a fabricação dos produtos com uso adequado dos recursos produtivos, assim, evitando-se os desperdícios. 

SISTEMAS DE PRODUÇÃO 

Cada empresa adota um sistema de produção para realizar as suas operações e produzir seus produtos ou serviços da melhor maneira possível e, com isso, garantir sua eficiência e eficácia. O sistema de produção é a maneira pela qual a empresa organiza seus órgãos e realiza suas operações de produção, adotando uma interdependência lógica entre todas as etapas do processo produtivo, desde o momento em que os materiais e matérias-primas saem do almoxarifado até chegar ao depósito como produto acabado.

Na realidade, para que isso aconteça, as entradas e os insumos que vêm dos fornecedores ingressam na empresa por meio do almoxarifado de materiais e matérias-primas, sendo ali estocados até a sua eventual utilização pela produção. A produção processa e transforma os materiais e matérias-primas em produtos acabados para serem estocados no depósito até a sua entrega aos clientes e consumidores. A interdependência entre o almoxarifado, a produção e o depósito é muito grande: qualquer alteração em um deles provoca influências sobre os demais, como se fossem vasos comunicantes. Eles são os três subsistemas do sistema de produção intimamente inter-relacionados e interdependentes.

HISTÓRICO 

Entende-se o desenvolvimento dos Sistemas de Produção ao longo dos tempos como a própria História da humanidade, visto que, homem sempre idealizou produtos e serviços na medida de suas necessidades, criando os equipamentos e máquinas - desde o mais rudimentar até o mais sofisticado - quando o meio-ambiente ou hábitos de consumo assim o determinaram.

SISTEMA ARTESANAL DE PRODUÇÃO

 

Durante a maior parte da História registrada, o homem produziu bens através do sistema artesanal, o que significa que o responsável pela produção, o artesão, respondia por todo o processo de transformação da matéria-prima em produto acabado. Na verdade antes da fase de transformação o artesão era responsável pela seleção da matéria-prima a ser utilizada e pelo projeto do produto a ser executado. Além da participação do profissional em todas as fases do processo de produção, um alto grau de satisfação e identificação com o produto. O que caracteriza este sistema é a produção em locais pequenos (uma oficina ou sua própria casa) e a baixa produtividade resultante. O aprendizado das tarefas era transmitido aos novos profissionais de maneira predominantemente prática, no próprio local de trabalho.

 

2.3 SISTEMA INDUSTRIAL DE PRODUÇÃO

 

Após a Revolução Industrial, o homem mudou radicalmente a forma de produzir bens de consumo, devido ao progresso político e econômico da época. A situação econômica favorável gerou estímulo ao consumo em níveis bastante acima dos conhecidos até então. Concluindo-se que a quantidade de bens produzidos pelo sistema artesanal já não eram suficientes.

O que caracteriza este sistema é a produção em locais chamados indústrias, onde o processo de fabricação tornou-se fragmentado e cada artesão responsável apenas por uma determinada parte da atividade de produção. É inegável que este sistema adaptou-se bastante bem às necessidades da época que eram predominantemente voltadas para a quantidade. Esse sistema, entretanto, também apresentou em seu início, desvantagens e dificuldades (algumas das quais perduram até nossos dias).

A mais importante delas foi, sem dúvida, decorrente de sua característica principal: os artesãos, acostumados ao domínio de todo o processo de produção, viram seu nível de satisfação e, portanto de envolvimento com o produto baixar consideravelmente em parte, porque a especialização do trabalhador em operações específicas tornou o artesão “dispensável”, uma vez que o treinamento naquela determinada operação era possível de ser feito em tempo muito menor que o envolvido na formação completa exigida de um artesão.         Consequência disto foi que o valor dos salários diminuiu na mesma proporção em que aumentou a oferta de mão-de-obra. Observando-se que o ambiente das indústrias nessa época era de insegurança e insalubridade, sendo comuns os locais com pouca ou nenhuma iluminação ou ventilação. Esse fato obrigou que os Sistemas de Produção contassem com um posto de trabalho para inspeção dos produtos no final da linha de produção. Posteriormente esses postos foram reproduzidos ao longo do processo de produção, numa tentativa de detectar a falha o mais próximo possível de sua fonte. A partir dessas medidas nota-se que os custos de produção aumentaram.

Entretanto um fato novo viria a trazer modificações consideráveis nessa forma “industrial” de produzir: a invenção da Linha de Montagem pelo americano Henry Ford, valendo-se dos conceitos de racionalização do trabalho desenvolvidos quase que simultaneamente por Frederick Taylor. A Linha de Montagem, revolucionaria à época, pois introduzia o conceito de que os produtos deveriam mover-se ao longo do processo de fabricação, enquanto os trabalhadores permaneciam fixos em seus postos realizando as já conhecidas operações específicas. Essa forma de produzir foi introduzida no mundo industrial inicialmente nos processos de montadoras de automóveis em função de seu criador e posteriormente copiada por outros ramos da atividade industrial, notadamente o de eletrodomésticos, roupas e sapatos.

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