Bengala sensorizada para Defientes Visuais

1. INTRODUÇÃO

A inclusão social vem sendo um tema de grande relevância na sociedade moderna, muito se debate sobre as necessidades de políticas públicas que contemplem tal assunto, dentre os quais se enquadra o deficiente visual, que apesar de suas limitações, podem levar uma vida normal, com possibilidades de trabalhar, estudar e se auto gerir, para isso é necessário algumas adaptações do meio, do comportamento interpessoal e do uso da tecnologia a seu favor. De acordo com o Programa de Ação Mundial para Pessoas Deficientes da ONU (1982), “a experiência tem demonstrado que, em grande medida, é o meio que determina o efeito de uma deficiência ou de uma incapacidade sobre a vida cotidiana das pessoas”.

Basta olhar ao redor e logo se percebe que os espaços urbanos não foram projetados para acolher esses deficientes visuais, mesmo por que a maioria das cidades não foram planejadas, seus crescimentos se deram de maneira aleatória e desorganizada, são vários os obstáculos que impedem ou até mesmo colocam em risco a integridade física dessa parcela da sociedade: são calçadas com meio fio altos, ruas esburacadas, postes de iluminação no meio das calçadas, falta de piso tátil, estruturas de cobertura em altura que podem atingir a cabeça do transeunte, são inúmeros os obstáculos.

 ANA LUCIA DE JESUS ALMEIDA (2006, p. 49) em seu artigo afirma que: “A pessoa com deficiência, por ser diferente, sempre encontrou dificuldades de participação na vida social, não só por enfrentar o preconceito, o isolamento com a diminuição das relações sociais e familiares e o estigma por parte da comunidade [...]”.

Diante dessa problemática esse projeto propõe o uso da tecnologia como meio facilitador para uma das atividades mais básica do ser humano, a locomoção. A possibilidade de um deficiente visual se locomover de maneira segura e com maior independência tem um efeito não só pratico, mas um efeito que vai além, como a independência, auto-estima e a socialização. Em conseqüência foi idealizado um kit composto com sensores que identifique obstáculos tanto abaixo do nível da cintura quanto acima do nível da cintura e possa alerta o usuário através de sinal sonoro e vibração, esses sensores serão controlados por um micro controlador e acoplados em uma bengala, que já é uma ferramenta conhecida dos deficientes visuais.

1. PROBLEMA

Como desenvolver uma bengala inteligente que possa auxiliar deficientes visuais a se locomoverem com maior segurança e autonomia, tendo como ferramentas os conhecimentos adquiridos no curso de engenharia de controle e automação e o uso de novas tecnologias?

1.  OBJETIVOS

1. OBJETIVO GERAL OU PRIMÁRIO

Elaborar um equipamento funcional e prático, que possa ser utilizado por qualquer deficiente visual em suas atividades diária de locomoção.

1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS OU SECUNDÁRIOS

Pesquisar e identificar os principais obstáculos nos espaços públicos que possa dificultar a locomoção dos deficientes visuais. Escolher a melhor maneira de implementar uma bengala com sensores e microcontroladores. Pesquisar sobre a plataforma Arduino e desenvolver um código em c para o projeto.

1. JUSTIFICATIVA

A principal razão de ser desse projeto é a possibilidade de alcance social que ele tem, tendo em vista o grande numero de deficientes visuais em todo o mundo, outro fator de relevância é a possibilidade que ele nos dá, de colocarmos em pratica o uso de varias disciplinas e conhecimentos adquiridos ao longo deste curso.

        

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1. Acessibilidade

JANETE LOPES MONTEIRO (2012.p.01) “A questão da acessibilidade para os deficientes sensoriais ou com mobilidade reduzida está estabelecida pela Lei nº 10.098/2000 e regulamentada pelo Decreto nº 5296/2004. Contudo, ainda é possível observar uma enorme dificuldade para que esse público tenha seus direitos assegurados e respeitados”.

De acordo com o comentário do autor a lei tem como objetivo por fim nas barreiras e obstáculos nas vias públicas a fim de permitir a liberdade de movimento aos deficientes, com segurança e autonomia, seja sua limitação temporária ou permanente. A acessibilidade existe infinitas ações, mecanismos e técnicas que possibilitam a integração dessa parcela de pessoas no meio da sociedade, gestos de solidariedade, consciência, ajuda da tecnologia e diversos outros fatores que facilitam a comunicação e sinalização às pessoas com deficiência, além de trazer acesso a informação, trabalho, educação, transporte, cultura, esporte e ao lazer.

4.2 Bengala

“Bengala” def. 2e Priberian Dicionário
“Bastão usado para apoio ou como acessório.” 

Acessório muito utilizado pelos deficientes visuais como objeto de auxilio à diversas tarefas tendo como principal a locomoção, facilitando a identificação de obstáculos para caminhar com eficiência e segurança.

Figura 01 - Bengala sensorizada.
Fonte: g1.com.

1. Aduino

A Wikipédia afirma que “Um Arduino é um microcontrolador de placa única e um conjunto de software para programá-lo. O hardware consiste em um projeto simples de hardware livre para o controlador, com um processador Atmel AVR e suporte embutido de entrada/saída. O software consiste de uma linguagem de programação padrão e do bootloader que roda na placa.”