Betuminosos por penetração
Por: jhieson • 9/8/2017 • Artigo • 2.163 Palavras (9 Páginas) • 328 Visualizações
- Introdução
O homem desde o início precisa se deslocar para ir a determinados locais, buscando chegar em locais de áreas cultiváveis, sobrevivência, fonte de recursos e conhecer mais territórios. Com o passar do tempo, o uso de estradas foi evoluindo, na pré-história o homem ao sair da caverna para buscar alimento, deixava um caminho para poder se transitar com mais facilidade e também para não se perder. Após um tempo o animal começou a ser usado como transporte para os homens, o que possibilitava chegar a lugares mais longes em menos tempo, reduzia o cansaço. Assim foram surgindo novos tipos de transportes e na medida que os meios de transportes evoluíam eram necessário melhorias das estradas para estarem em condições de serem usadas por esses novos meios de transporte, chegando até o sistema atual (SENÇO, 1997).
Com o aumento cada vez maior do uso de veículos de diversos tipos e para atividades distintas torna-se extremamente necessário a melhoria das vias e mantê-las em condições boas de uso para diminuir o risco de acidentes e diminuir os danos causados aos veículos que passam por elas. Portanto, o estudo de técnicas para melhorias na pavimentação é essencial e de grande importância. Segundo MEZZOMO (2014), realizar investimentos na melhoria dos pavimentos tem grandes vantagens: diminuição do consumo combustível, mais conforto e segurança, diminuição do custo de transporte, redução de despesas com manutenções, diminuição do tempo de viagem.
Outro ponto relevante para ser levado em conta é a questão ambiental. Esse problema ambiental cresce a cada dia mais e vem se tornando uma preocupação cada vez maior. Os projetos de pavimentação devem ser realizados de maneira a reduzir ao máximo os impactos ambientais daquele local. No estado de Minas Gerais temos o Manual de Procedimentos Ambientais em Empreendimentos Rodoviários (2008).
2. Objetivo
O objetivo do trabalho é apresentar a utilização do revestimento Betuminoso por penetração direta no projeto de pavimentação em um trecho de estrada na cidade de Teófilo Otoni – MG. O presente trabalho apresentará os processos anteriores ao revestimento, o revestimento por betuminoso por penetração direta e o dimensionamento proposto.
3. Terraplanagem
A terraplanagem é um conjunto de operações necessárias conformação do relevo terrestre para implantação de obras de engenharia Consiste basicamente em atividades de corte e aterro (BLASI et al, 2015).
Algumas atividades são realizadas antes da terraplanagem, essas atividades são conhecidas como serviços preliminares, são elas: desmatamento, destocamento e limpeza. O serviço é iniciado após a área se apresentar totalmente desmatada, destocada e sem entulho (BLASI et al, 2015).
A terraplanagem é divida em quatro etapas:
- Escavação – utilização de ferramentas cortantes com o intuito de romper a compacidade do solo em seu estado natural.
- Carregamento – consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi escavado.
- Transporte – consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será colocada em definitivo.
- Espalhamento – descarga e espalhamento do material transportado no local do aterro a ser construído com o objetivo de execução do aterro.
4. Pavimentação
De acordo com SENÇO (1997), o pavimento é estrutura construída sobre a terraplanagem e destinada a resistir esforços verticais causados pelo tráfego e distribuí-los, melhorar condições de rolamento em relação ao conforto e segurança, resistir também aos esforços horizontais, tornando-se mais durável em sua superfície de rolamento, importante ressaltar que o pavimento deve atender os requisitos técnicos e econômicos. O pavimento é constituído por diversas camadas de espessuras finitas que se assenta sobre o sub-leito, que exerce função de fundação da estrutura.
Segundo o DNIT (2006), pavimentos podem ser classificados em três tipos: rígidos, flexíveis e semi-rígidos. No pavimento rígido as tensões causadas pelo tráfego são em grande parte absorvidas, já nos flexíveis as tensões são distribuídas igualmente entre as camadas buscando equilibrar as forças, os semi-rígidos possuem uma base cimentada e um aglutinante com propriedades cimentícia.
No Brasil predomina-se o uso dos pavimentos flexíveis. Em nosso trabalho vamos tratar do revestimento betuminoso, mais especificamente do betuminoso por penetração direta.
Figura 1: Exemplo de pavimento flexível
[pic 1]
Fonte: BERNUCCI et al, 2010.
4.1 Camadas
De acordo com o manual de pavimentação do DNIT (2006) o pavimento é composto por até oito camadas, caso haja a necessidade de realização de todas elas, sendo necessários estudos preliminares em relação ao solo do local, o tipo de atividade a que o pavimento vai estar exposto, o clima, topografia, estudos geotécnicos.
As camadas são: sub-leito, leito, regularização, reforço do sub-leito, sub-base, base, revestimento. Portanto, será falado sobre cada uma delas individualmente de acordo com as definições do manual de pavimentação do DNIT.
4.1.1 Sub-leito
É onde toda a estrutura será apoiada, conhecido como terreno de fundação. O sub-leito deve ser analisado até a profundidade onde sofre a ação das cargas ocasionadas pelo tráfego na estrada, essa profundidade geralmente fica entre 60cm até 1,5m.
O CBR (ensaio de capacidade de suporte) do sub-leito vai dizer qual material é apropriado para determinadas situações, se o material utilizado é adequado ou se precisa ser reforçado e também caso ocorra a necessidade de troca de materiais.
Caso a terraplenagem seja recente, o sub-leito deverá apresentar as características geométricas definitivas. Em caso de estrada de terra que já é utilizada a algum tempo e que se pretende pavimentar, o sub-leito apresenta superfície irregular causado pelos usos contínuos e aos serviços de conservação (SENÇO, 1997)
4.1.2 Leito
Superfície do sub-leito, resultante da terraplanagem ou obras de arte relacionada ao greide e a seção transversal.
4.1.3 Regularização
Camada colocada sobre o leito para conceder uma conformidade transversal e longitudinal de acordo com as especificações necessárias. Não é considerada uma camada do pavimento, sendo apenas uma operação que é realizada apenas quando necessária.
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