CONCEITOS E COMO IMPLANTAR CMMI
Casos: CONCEITOS E COMO IMPLANTAR CMMI. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: klebermiranda • 6/12/2014 • 2.659 Palavras (11 Páginas) • 361 Visualizações
CMM (Capability Maturity Model): Conceitos Básicos e Implementação
Aldo Pires, MSc.
Após várias décadas de promessas não cumpridas sobre ganhos de produtividade e qualidade na aplicação de novas metodologias e tecnologias no desenvolvimento de software, organizações do governo e empresas privadas concluíram que o problema fundamental é a falta de habilidade em gerenciar os processos de construção de software.
Os benefícios dos melhores métodos e ferramentas não podem ser alcançados em ambientes de projetos caóticos. Entretanto, mesmo em organizações indisciplinadas, alguns projetos de software específicos podem até produzir resultados satisfatórios, mas sem nenhuma previsibilidade de repeti-lo. Quando projetos deste tipo obtêm sucesso, este é resultado do esforço e dedicação da equipe, ao invés da repetição de métodos gerenciais da organização.
O Modelo de Qualidade de Software CMM é um modelo de avaliação e melhoria da maturidade de Processo de Software. O CMM, ou "Modelo de Maturidade da Capacidade" é uma iniciativa do SEI (Software Engineering Institute) para avaliar e melhorar a capacitação de empresas que desenvolvem e mantém software através de seus funcionários ou de contratados terceirizados.
O CMM enfatiza a documentação dos processos, seguindo a premissa de que, para realizar alguma melhoria nos processo, é preciso primeiro conhecê-lo e entendê-lo.
A criação do modelo CMM teve forte apoio do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que é o maior consumidor de software do mundo e precisava de um modelo que permitisse selecionar os seus fornecedores de software de forma adequada. E, embora não seja uma norma emitida por uma instituição internacional, tem obtido grande aceitação nos Estados Unidos e no mundo. Esta penetração cada vez maior do modelo também se verifica no Brasil, como será mostrado adiante.
O modelo original CMM, publicado em 1992, é gratuito e pode ser obtido no site do SEI (www.sei.cmu.edu). Vale ressaltar que ao longo dos anos o SEI desenvolveu outros modelos, e hoje o modelo inicial é conhecido como SW-CMM.
Maturidade
O SW-CMM é um modelo que classifica o processo de desenvolvimento de software de uma organização segundo a sua maturidade, permitindo que a evolução deste processo seja medida e comparada com a de outras organizações.
Através da avaliação da maturidade é possível auxiliar o gerenciamento e mudança de processo, melhorar a qualidade do software.
Estrutura do CMM
O CMM é composto de cinco níveis de maturidade que indicam qual é a capacidade do processo. Cada nível é composto por áreas-chave do processo. Cada área-chave conduz ao alcance de metas de melhoria do processo e está organizada em cinco Características Comuns que determinam práticas-chave referentes a implementações (atividades) ou institucionalizações (compromissos, habilitações, medições ou verificações).
Os Cinco Níveis de Maturidade
O CMM classifica as organizações em cinco níveis de maturidade distintos, cada um com suas características. O nível 1 é o das organizações mais imaturas, nestas, não há nenhuma metodologia implementada e tudo ocorre de forma desorganizada. No nível 5, o das organizações mais maduras, cada detalhe do processo de desenvolvimento está definido, é quantificado, acompanhado e a organização consegue até absorver mudanças no processo sem prejudicar o desenvolvimento.
Os cinco níveis de maturidade oferecem uma forma incremental de amadurecimento do processo de software. Para atingir o nível 5, é preciso antes se obter a maturidade do nível 4, que por sua vez exige a do nível 3, e assim por diante.
• Nível 1 – Inicial: o processo de desenvolvimento é desorganizado e caótico. Poucas atividades são definidas e o sucesso depende de esforços individuais.
• Nível 2 – Repetível: os processos básicos de gerenciamento de projeto estão estabelecidos e permitem acompanhar custo, cronograma e escopo. É possível repetir e garantir o sucesso de um projeto utilizado anteriormente em outros similares.
• Nível 3 – Definido: tanto as atividades de gerenciamento quanto as de engenharia do processo de desenvolvimento de software estão documentadas, padronizadas e integradas em um padrão de desenvolvimento da organização. Todos os projetos utilizam uma versão aprovada e adaptada do processo padrão de desenvolvimento de software da organização.
• Nível 4 – Gerenciado: a qualidade do produto e do processo de desenvolvimento de software é coletada através de métricas. Tanto o produto quanto o processo de desenvolvimento de software são entendidos e controlados quantitativamente.
• Nível 5 – Otimizado: a melhoria contínua do processo é obtida através do controle, identificação, avaliação e desenvolvimento das técnicas de construção do software objetivando a melhoria das métricas de qualidade e produtividade.
Áreas-chave do Processo (Key Process Areas)
Os níveis de maturidade são detalhados em áreas-chave de processo, que representam o que a organização deve focar para melhorar o seu processo de desenvolvimento de software. Para que uma empresa se qualifique em um determinado nível de maturidade, deve estar realizando os processos relacionados às áreas-chave daquele nível. A tabela a seguir relaciona as áreas-chave correspondentes a cada nível.
Nível CMM Áreas-chave de processo
1) Inicial
2) Repetível Gerenciamento de requisitos
Planejamento do projeto
Visão geral e acompanhamento do projeto
Gerenciamento de sub-contratados
Garantia da qualidade do software
Gerenciamento de configuração
3) Definido Foco do processo organizacional
Definição do processo organizacional
Programa de treinamento
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