CONSIDERAÇÕES SOBRE LAYOUT JOB SHOP E LAYOUT EM LINHA: UMA PESQUISA TEÓRICA
Por: Ricardo Athanilio • 26/4/2017 • Ensaio • 1.580 Palavras (7 Páginas) • 1.234 Visualizações
CONSIDERAÇÕES SOBRE LAYOUT JOB SHOP E LAYOUT EM LINHA: UMA PESQUISA TEÓRICA
1 Introdução
O layout ou arranjo físico, é considerado como o lugar onde os recursos produtivos estão localizados e distribuídos de forma organizada.
Sua distribuição, interfere diretamente no desempenho da fábrica, podendo resultar em maior ou menor lucro.
Deste modo, explica-se de que forma organizada são distribuídos os layouts do tipo Job shop e Flow shop. Também, veremos as características de cada processo, a definição de layout e a vantagens apresentadas por esses tipos de layouts.
2 Definição de layout
Segundo Silva e Rendes (2012, p. 531), o layout ou arranjo físico, é considerado como o lugar onde os recursos produtivos estão localizados e distribuídos de forma organizada, sendo que sua distribuição interfere diretamente no desempenho da fábrica, ocasionando maior ou menor lucro.
Esclarece sobre a mau escolha do layout Da Silva e Rendes apud Silva (2012, p 532):
Se o arranjo físico (examinado a posteriori) está errado, pode levar a padrões de fluxo excessivamente longos, estoque de materiais, filas de clientes formando-se ao longo da operação, tempos de processamento desnecessariamente longos, operações inflexíveis, fluxos imprevisíveis.
Em função disto, a escolha e a implementação do layout certo, se torna importante para o funcionamento e o atendimento da demanda existente pela a empresa.
3 O layout Job shop Conceito
O Job shop pode ser definido, como o tipo de layout onde cada peça segue um roteiro de fabricação entre diferentes setores.
O roteiro pode ou não ser o mesmo para diferentes peças, admitindo assim saltos entre máquinas e contra fluxos e na indústria, esse layout funcional pode ser encontrado em produções de lotes intermitentes. Fernandes e Tahara, (1996, p. 136).
A figura 1 mostra um exemplo de layout job shop, segundo Black (1988):
[pic 1]
Figura 1 layout funcional Black (1998)
Esse processo, também, no ensinamento de Fernandes e Tahara (1996, p. 138), pode ser classificado como intermitente por apresentar:
Grande variedade de produtos fabricados, com mudanças freqüentes dos lotes que estão sendo produzidos, e diferenças, quanto ao roteiro de fabricação, entre os itens fabricados num setor produtivo.
Deste modo, através desta explicação, podemos concluir que o job shop se apresenta como processo ideal para a produção de produtos variados no mercado.
4 Características do Job shop
No processo job shop ou funcional, as máquinas são juntas em setores, através de famílias com funções semelhantes, entendendo-se ser a capacidade de escopo (produção de várias famílias de produtos) limitada, uma vez que o nível de produção é restringido devido, aos problemas encontrados no controle, na movimentação de produtos e no tempo de setup. Da Silva Neiri e Morabito (2007, p. 335).
Neste sistema, ainda explica Silva e Morabito (2007, p. 336):
As máquinas podem ser intercambiáveis, ou seja, uma mesma máquina pode realizar operações em produtos pertencentes a famílias (classes) diferentes, o que exige um certo tempo de preparação das máquinas. Daí o sistema ser caracterizado em geral por longos leadtimes e altos níveis de WIP.
5 Vantagens do sistema
Os arranjos físicos naturalmente apresentam vantagens e desvantagens diferentes, sendo consideradas em função do produto (bem + serviço) processado pela empresa e para Doblas (2010, p.1), as vantagens do processo job shop são a grande flexibilidade para atender a demando do mercado, alto nível de motivação em função da quebra do trabalho repetitivo monótono, o atendimento diversificado da demanda em diferente quantidade, a possibilidade de agrupamento de equipamentos semelhantes causador da diminuição do custo de instalação e a maior margem do produto.
6 Desvantagens do sistema
As desvantagens do processo job shop são diversas, tendo que ser considerada no processo decisório pela empresa. São estas: Alto fluxo de movimentação em função das longas distancias percorridas pelo produto, maior custo fixo em função da expectativa de produção, dificuldade na programação do balanceamento da linha resultante de um alto tempo de setup e maior exigência de qualificação de funcionário uma vez que, apenas um exerce muitas funções. Doblas (2010, p. 1).
7 Conceito e características do layout em linha
Nas sábias palavras de Martins e Luageni (1998), ”o layout em linha coloca todo o maquinário em uma continuidade de tarefas executando-as em uma combinação estabelecida para a criação de um produto”.
No mesmo, todo o maquinário especializado se encontra disposto de acordo com uma sequência de operações voltadas por único produto e as mudanças no produto, neste tipo de layout, devem ser evitadas ou atrasadas devido à baixa flexibilidade dos maquinários especializados. Black (1998).
A figura 2 demonstra como é feita a sequência das operações:[pic 2]
Figura 1 layout em linha, Black (1998)
Explica Black (1998), complementando, sobre a movimentação do produto que, normalmente, os produtos são movimentados através de dispositivos como esteiras e correias ajustadas para operar na velocidade mais rápida possível, independente da necessidade do sistema.
8 Vantagens do sistema
São vantagens do layout em linha, segundo entende Doblas (2010, p.1), o elevado grau de alavancagem por meio da diminuição do custo variável por unidade, resultando na possibilidade de produção em massa, a facilidade no balanceamento da produção em função da fabricação de apenas um produto em linha e, finalmente, mais fácil controle da produtividade, uma vez que o produto segue por meio de uma esteira motorizada.
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