Contratar Amigos
Dissertações: Contratar Amigos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: weeeeeender • 1/11/2014 • 1.938 Palavras (8 Páginas) • 236 Visualizações
A 1ª Revolução Industrial pode ser dividida em 4 fases:
1ª fase: a mecanização da indústria e da agricultura, nos fins do século XVIII, com o aparecimento da máquina de fiar (inventada pelo inglês Hargreaves em 1767), do tear hidráulico (inventado por Arkwright em 1769), do tear mecânico (por Cartwright em 1785), do descaroçador de algodão (por Whitney em 1792), que vieram substituir o trabalho braçal e a força motriz muscular humana, animal ou ainda da roda de água. Eram máquinas grandes e pesadas, mas com incrível superioridade sobre os processes manuais de produção da época. O descaroçador de algodão tinha capacidade para trabalhar mil libras de algodão enquanto, no mesmo tempo, um escravo conseguia trabalhar cinco.
2ª fase: a aplicação da força motriz à indústria. A força elástica do vapor descoberta por Dénis Papin, no século XVII, ficou sem aplicação até 1776, quando Watt inventou a máquina a vapor. Com a aplicação do vapor às máquinas, iniciam-se as grandes transformações nas oficinas, que se converteram em fábricas, nos transportes, nas comunicações e na agricultura.
3ª Fase: o desenvolvimento do sistema fabril. O artesão e a sua pequena oficina patronal desapareceram para dar lugar ao operário e às fábricas e às usinas, baseadas na divisão do trabalho. Surgem novas indústrias em detrimento da atividade rural. A migração de massas humanas das áreas agrícolas para as proximidades das fábricas provoca o crescimento das populações urbanas, com o surgimento de favelas, redução das condições de saúde e, conseqüentemente, o aumento da mortalidade.
4ª fase: um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações. A navegação a vapor surgiu com Robert Fulton (1807) nos Estados Unidos e logo depois as rodas propulsoras foram substituídas por hélices. A locomotiva a vapor foi aperfeiçoada por Stephenson, surgindo a primeira estrada de ferro na Inglaterra (1825) e logo depois nos Estados Unidos (1829). Esse novo meio de transporte propagou-se vertiginosamente. Outros meios de comunicações foram aparecendo com uma rapidez surpreendente: Morse inventa o telégrafo elétrico (1835), surge o selo postal na Inglaterra (1840), Graham Bell inventa o telefone (1876). Já se esboçam os primeiro sintomas do enorme desenvolvimento econômico, social, tecnológico e industrial e as profundas transformações e mudanças que ocorreriam com uma velocidade gradativamente maior.
Com todos esses aspectos define-se cada vez mais um considerável controle capitalista sobre quase todos os ramos da atividade econômica.
A partir de 1860, a Revolução Industrial entrou em uma nova fase profundamente diferente da I Revolução Industrial. É a chamada 2ª Revolução Industrial, provocada por três acontecimentos importantes:
- desenvolvimento de novo processo de fabricação de aço (1856);
- aperfeiçoamento do dínamo (1873);
- invenção do motor de combustão interna (1873) por Daimler.
As principais características da 2ª Revolução Industrial são as seguintes:
1. A substituição do ferro pelo aço como material industrial básico.
2. A substituição do vapor pela eletricidade e pelos derivados de petróleo como principais fontes de energia.
3. O desenvolvimento da maquinaria automática e um alto grau de especialização do trabalho.
4. O crescente domínio da indústria pela ciência.
5. Transformações radicais nos transportes e nas comunicações. As vias férreas são melhoradas e ampliadas. A partir de 1880, Daimler e Benz constroem automóveis na Alemanha, Dunlop aperfeiçoa o pneumático em 1888 e Henry Ford inicia a produção do seu modelo "T" em 1908, nos Estados Unidos. Em 1906, Santos Dumont faz a primeira experiência com o avião.
6. O desenvolvimento de novas formas de organização capitalista. As firmas de sócios solidários, formas típicas de organização comercial, cujo capital provinha dos lucros auferidos (capitalismo industrial), e que tomavam porte ativa na direção dos negócios, deram lugar ao chamado capitalismo financeiro, que tem quatro características principais:
a) a dominação da indústria pelos investimentos bancários e pelas instituições financeiras e de crédito, como foi o caso da formação da United States Steel Corporation, em 1901, pela J. P. Morgan & Co.;
b) a formação de imensas acumulações de capital, provenientes de trustes e fusões de empresas;
c) a separação entre a propriedade particular e a direção das empresas;
d) o desenvolvimento das “holding companies”.
7. A expansão da industrialização até a Europa Central e Oriental, e até o Extremo Oriente.
Da calma produção do artesanato, em que os operários eram, organizados em corporações de ofício regidas por estatutos, onde todos se conheciam, em que o aprendiz, para passar a mestre, tinha de produzir uma obra perfeita perante os irmãos de ofício, que eram as autoridades da corporação, passou o homem rapidamente para o regime da produção feita por meio de máquinas, dentro de grandes fábricas. Não houve uma gradativa adaptação entre as duas situações sociais. Houve, isto sim, uma súbita modificação de situação, provocada por dois aspectos:
1. A transferência da habilidade do artesão para a máquina, que passou a produzir com maior rapidez, maior quantidade e melhor qualidade, possibilitando uma redução no custo da produção.
2. A substituição da força do animal ou do ser humano pela maior potência da máquina a vapor (e posteriormente pelo motor), que permitia maior produção e economia.
Os proprietários de oficinas, que não estavam em condições financeiras de adquirir máquinas e maquinizar a sua produção, foram obrigados, por força da concorrência, a trabalhar para outros proprietários de oficinas que possuíam a maquinaria necessária. Esse fenômeno da maquinização das oficinas - rápido e intenso - provocou uma série de fusões de pequenas oficinas que passaram a integrar outras maiores que, aos poucos, foram crescendo e se transformando em fábricas.
Esse crescimento
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