Curso Linux
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CURSO LINUX
Módulo Serviços Internet
por
Celso Kopp Webber
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 1
2 INTERNET DAEMON (INETD) 2
2.1 Configurando o inetd 2
2.2 O Arquivo services 4
2.3 Reinicializando o inetd 5
3 FTP ANÔNIMO (ANONYMOUS FTP) 7
3.1 Criando um Servidor de FTP Anônimo 8
4 SERVIDOR WWW (WORLD WIDE WEB) 10
4.1 Configurando um Servidor WWW 10
4.1.1 httpd.conf 11
4.1.2 srm.conf 15
4.1.3 access.conf 18
4.1.4 mime.types 19
5 SENDMAIL 20
5.1 Opções 20
5.2 Aliases 21
5.3 Sendmail.cf 22
5.3.1 Estrutura Geral 22
5.3.2 Configuração do sendmail - Comandos 23
5.3.2.1 Comando de Definição de Macro - D 24
5.3.2.2 Condicionais 25
5.3.2.3 Comandos de Definição de Classe - C , F 25
5.3.2.4 Comando Para Setar Opção - O 26
5.3.2.5 Definindo Usuários Confiáveis - T 27
5.3.2.6 Definindo Precedência de Mail - P 28
5.3.2.7 Definindo Cabeçalhos - H 28
5.3.2.8 Definindo Mailers - M 28
5.3.2.9 Regras de Reescrita de Endereços - R 30
5.3.2.10 Comando Ruleset - S 31
6 EXERCÍCIOS 32
7 BIBLIOGRAFIA 33
1 INTRODUÇÃO
Da mesma forma que um sistema operacional sem aplicativos úteis que rodem sobre ele perde seu valor, uma rede também precisa oferecer serviços.
A arquitetura TCP/IP, utilizada na Internet deve grande parte de seu sucesso à disponibilidade de serviços diversos, e também devido à facilidade de criar novos serviços e protocolos.
Em vários sistemas, alguns serviços possuem a natureza particular de serem utilizados apenas esporadicamente. Entretanto, manter um processo (daemon) em background rodando todo o tempo por um serviço raramente utilizado pode ser dispendioso quanto aos recursos da máquina, principalmente no que se refere à utilização de memória. Se considerarmos que existem vários serviços que se enquadram nesta situação, o resultado é um servidor com boa parte de sua memória utilizada, sem no entanto estar atendendo requisições pela rede que gerem esta carga. Os sistemas UNIX tradicionalmente resolvem este problema com um super servidor, chamado inetd (Internet daemon).
Com o inetd, ao invés de manter rodando diversos serviços na máquina, um único processo, o inetd, fica escutando por conexões vindas da rede nas portas específicas dos serviços implementados (ex: porta 23 para o telnet, porta 21 para o ftp, etc.). Assim que um pedido de conexão chega, o inetd dispara o daemon correspondente ao serviço, repassando a ele a conexão recém-aceita.
Em outros casos, quando temos serviços que são utilizados com freqüência, é necessário manter os daemons correspondentes rodando o tempo na máquina, de forma independente do inetd. Nestes casos o inetd é configurado para não escutar na porta específica do serviço, e o daemon do serviço é executado independentemente, sendo responsável por escutar e aceitar suas próprias conexões em sua porta específica.
Este o caso de boa parte dos servidores www, que normalmente devem responder rapidamente a requisições por uma página na rede, e o overhead de dispara um novo processo via inetd a cada pedido por uma página ou figura de uma página, tornaria o serviço lento demais nos tempos de resposta desejados.
Mesmo sistemas operacionais não-UNIX seguem uma abordagem semelhante (vide o caso do Microsoft Windows NT), onde um super servidor é responsável por atender os diversos serviços mais simples, e os serviços mais complexos são atendidos por processos executados de forma independente.
Veremos a seguir como configurar o inetd, bem como configurar os principais serviços usados em uma rede TCP/IP: FTP e FTP Anônimo, Telnet, WWW (World Wide Web) e E-mail.
2 INTERNET DAEMON (INETD)
inetd é um daemon que gerencia outros daemons. Ele dispara os daemons clientes quanto recebe solicitações de seus serviços e permite que eles terminem sua execução quando acabarem de atender aos serviços solicitados. Para trabalhar sob a direção do inetd, os clientes devem observar algumas convenções especiais.
O inetd trabalha apenas com daemons que fornecem serviços para a rede. A fim de descobrir quando alguém está tentando acessar algum de seus clientes, o inetd se associa às portas de rede que normalmente seriam gerenciadas pelos daemons clientes (que agora estão inativos). Quando ocorre uma conexão, o inetd dispara o daemon apropriado e conecta seus canais de I/O padrão à porta de rede.
A maioria dos daemons pode ser usada tanto na forma tradicional, na qual eles são disparados uma única vez e continuam a executar até que o sistema seja desligado (shutdown), ou com o inetd. Na verdade, a maioria dos daemons que prestam serviços de rede são disparados pelo inetd. O telnetd, servidor que suporta o protocolo de terminal virtual TELNET, é um exemplo. A configuração necessária para se disponibilizar um serviço via inetd é feita num único arquivo, o /etc/inetd.conf.
2.1 Configurando o inetd
O inetd usa um arquivo de configuração (geralmente /etc/inetd.conf, mas algumas vezes pode ser /usr/etc/inetd.conf ou /etc/servers) que determina quais são as portas de rede que ele deve gerenciar. O formato deste arquivo é o mesmo em todas as plataformas:
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nome tipo protocolo modo usuario daemon argumentos
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