Curvas simples fechadas e integradas
Artigo: Curvas simples fechadas e integradas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: 0217098 • 2/12/2014 • Artigo • 844 Palavras (4 Páginas) • 426 Visualizações
Agora chegamos a mais um teorema da fam´ılia do Teorema Fundamental
do C´alculo, mas dessa vez envolvendo integral de linha de campo vetorial
e integral dupla de uma certa quantidade que j´a apareceu em nosso estudo
sobre campos conservativos. O Teorema de Green tem uma id´eia essencial e
alguns detalhes t´ecnicos. Vamos tentar trat´a-los, mas enfatizando o essencial.
10.1 Curvas Simples Fechadas e Integral de
Circula¸c˜ao
Uma curva
: [a, b] ! Rn ´e dita fechada se
(a) =
(b); ´e dita simples se,
para todo t1, t2 2 (a, b),
(t1) 6=
(t2), ou seja, com a poss´ıvel exce¸c˜ao das
extremidades, uma curva simples n˜ao tem auto-intersec¸c˜ao.
´E
um resultado intuitivo (mas n˜ao ´obvio) que toda curva simples fechada
no plano ´e a fronteira de uma regi˜ao. Algumas vezes essa regi˜ao ´e chamada
“o interior da curva
,” mas uma nomenclatura mais precisa ´e “a regi˜ao
limitada por
.” Fa¸ca alguns desenhos para se convencer.
Por conven¸c˜ao, uma curva simples fechada ser´a dita positivamente orientada
se for percorrida no sentido anti-hor´ario. Tal conven¸c˜ao ´e muito simples
de adotar para exemplos simples, como uma circunferˆencia, mas uma curva
simples fechada pode n˜ao ser t˜ao simples assim. Mas sempre ´e poss´ıvel
parametriz´a-la de modo que “a volta” que ´e feita em torno de cada ponto do
interior de
´e percorrida no sentido anti-hor´ario.
Como nossa preocupa¸c˜ao ´e calcular integrais ao longo destas curvas, precisaremos
de curvas diferenci´aveis (para podermos calcular seu vetor velocidade).
Mas permitimos que em alguns pontos este vetor esteja duplamente
definido (pois estes exemplos aparecem comumente, como ´e o caso dos
pol´ıgonos). Uma curva
(a, b) ! Rn ´e diferenci´avel por peda¸cos, ou ainda
seccionalmente diferenci´avel se o intervalo [a, b] pode ser particionado em
subintervalos Ii tais que a restri¸c˜ao de
a cada Ii ´e diferenci´avel.
1
Se
´e uma curva simples fechada, seccionalmente diferenci´avel, e ~F ´e um
campo Z vetorial definido ao longo de
, podemos calcular sua integral de linha
~F · d~r. Esta integral ganha o nome de circula¸c˜ao do campo ~F na curva
(vocˆe vˆe uma raz˜ao clara para este nome?) e por vezes ganha a nota¸c˜ao
especial I
~F · d~r.
10.2 Circula¸c˜ao Infinitesimal
Vamos agora considerar um caso especial, que ´e a essˆencia do Teorema de
Green. Para isso considere ~F um campo diferenci´avel em R2 e a curva simples
fechada
ser´a uma parametriza¸c˜ao do retˆangulo com v´ertices (x, y),
(x + x, y), (x + x, y + y) e (x, y + y), percorridos nesta ordem (fa¸ca
o desenho). Vamos calcular a circula¸c˜ao de ~F em
, considerando que x e
y s˜ao pequenos1. Para isso, notamos que
´e a uni˜ao de quatro segmentos
de reta, que chamaremos
1,
2,
3 e
4. Das propriedades de integra¸c˜ao,
segue que
I
~F · d~r =
Z
1
~F · d~r +
Z
2
~F · d~r +
Z
3
~F · d~r +
Z
4
~F · d~r. (10.1)
Para calcular a primeira, usamos a parametri¸c˜ao
1 : [0, 1] ! R2
t 7! (x + tx, y)
e assim
01 = (1, 0)x e ~T = (1, 0). Considerando ent˜ao que x ´e pequeno
e, portanto, x2 x, teremos
Z
1
~F · d~r =
Z 1
0
~F (x + tx, y) · (1, 0)x dt Fx (x, y)x. (10.2a)
A mesma id´eia ser´a usada para calcular
R
2
~F ·d~r. Agora parametrizamos
2 : [0, 1] ! R2
t 7! (x + x, y
...