DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
Por: Matheus Carrasco • 16/9/2018 • Projeto de pesquisa • 2.803 Palavras (12 Páginas) • 227 Visualizações
DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
Introdução
O presente trabalho é resultante da experiência proposta pelo professor e vivenciada no componente curricular Projeto Integrador I, no 1° período, do 2° semestre de 2017, vez que o mesmo foi desenvolvido por meio da Metodologia da Problematização com o Arco de Maguerez.
1) Observação da Realidade
O RCD ocupa mais de 50% dos “Bota Foras” da maioria das cidades sendo que boa parte poderia ser reciclado e reutilizado.
1.1) Justificativa
O Tema foi escolhido por ser um problema visível em nosso cotidiano e que de certa forma afeta a população de forma indireta e diretamente.
1.2) Problema
O problema se encontra aos arredores das cidades em lixões à céu aberto, em terrenos baldios e em lixões ilegais aonde o RCD ocupa a maior parte do espaço.
2) Pontos-Chave
Nesta etapa, procuramos identificar os possíveis fatores imediatos e também os condicionantes maiores, associados ao problema em questão.
Possíveis fatores imediatos são:
• Falta de informação;
• Falta de planejamento antes da execução da construção;
• Demolição não controlada;
• Ausência de usinas de reciclagem;
• Falta de conscientização.
Possíveis condicionantes maiores:
• Ausência de mercados para materiais reciclados;
• Dificuldade na coleta;
• Falta de monitoramento nos lixões ilegais;
• Legislação ineficiente;
• Ineficiência no processo de reciclagem.
A reflexão sobre os fatores imediatos e os condicionantes maiores, associados ao problema, levou-nos a destacar, para o presente trabalho, alguns aspectos essenciais ou pontos-chave:
• Ausência de mercado para materiais reciclados;
• Falta de usinas;
• Falta de informações.
3) Teorização
Nesta etapa, fomos buscar uma fundamentação teórica que nos propiciasse um maior embasamento a respeito dos pontos-chave levantados e que, consequentemente, pudesse nos conduzir às hipóteses de solução para o problema eleito.
3.1 - Ineficiências nas usinas no Brasil
De acordo com Cunha (2007) a reciclagem dos resíduos é aceita internacionalmente, e vagarosamente começa a ser colocada em prática no Brasil. Nos dias de hoje, tem-se à disposição todas as condições tecnológicas eficazes para reciclagem dos resíduos das atividades construtivas, sendo capaz de proporcionar a maior sustentabilidade a qualquer instante.
3.1.1 - Condições de implantação
Segundo a norma técnica nº 15.114 (2004) (cujo objetivo é fixar os requisitos mínimos exigidos para projeto, implantação e operação da usina) as usinas devem cumprir os seguintes requisitos para a sua instalação:
1) Critérios para localização – O impacto ambiental a ser causado pela instalação seja minimizado, a aceitação pela população seja maximizada, esteja de acordo com a legislação de uso do solo e legislação ambiental.
2) Isolamento e sinalização – A usina deve conter um cercamento, construído de forma a impedir o acesso de pessoas estranhas e animais, portão junto ao qual seja estabelecida uma forma de controle de acesso ao local, sinalização nas estradas e nas cercas que identifique o local, anteparo para proteção quanto aos aspectos relativos à vizinhança como ventos dominantes, cerca viva arbustiva ou arbórea no perímetro da instalação.
3) Acessos – Os acessos internos devem ser protegidos, executados e mantidos de maneira a permitir sua utilização sob quaisquer condições climáticas.
4) Iluminação e energia – O local da área de reciclagem deve conter iluminação e energia que permitam uma ação de emergência a qualquer momento.
5) Proteção das águas superficiais e subterrâneas – o empreendimento deve respeitar as faixas de proteção dos corpos d’água superficiais e subterrâneas, previstas na legislação pertinente. Deve ser previsto um sistema de drenagem das áreas de escoamento superficiais na área de reciclagem, capaz de suportar uma chuva com período de recorrência de cinco anos.
6) Preparo da área de operação – A área de operação deve ter sua superfície regularizada, deve ser determinado um local especifico para o armazenamento temporário de resíduos não recicláveis na instalação, deve ser previsto a cobertura da área de armazenamento temporário de resíduos classe D.
3.1.2 - Processo de reciclagem
Segundo Cunha (2007), os processos de reciclagem são:
1) Triagem e segregação – Na etapa de triagem e segregação, são separados os materiais que não interessam para a reciclagem, como madeira, plástico, papel e metal.
2) Britagem - O resíduo segregado torna-se matéria-prima do reciclado e será transportado pela pá carregadeira até o alimentador vibratório. Ao ser depositado na calha, a matéria-prima, por vibração, é deslocada em direção à câmara de britagem, e os resíduos finos são retidos pela grelha existente no equipamento. Um operador posicionado próximo ao equipamento acompanha o processo, interrompendo-o quando necessário e umedecendo o material. Na câmara de britagem, a material é esmagado pelo britador de mandíbulas, que rompe o material por compressão. Desse modo, os fragmentos da matéria-prima geram o agregado reciclado, com granulometria variada. Na saída do britador, o agregado é lançado na correia transportadora, passando por um separador magnético que remove algum metal ferroso restante.
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