O Descarte Inadequado de Bitucas de Cigarro Interfere na Poluição do Meio Ambiente
Por: balconista • 4/11/2016 • Trabalho acadêmico • 909 Palavras (4 Páginas) • 726 Visualizações
RESUMO
Serão apresentados os fatores que demonstram como o descarte inadequado de bitucas de cigarro interfere na poluição do meio ambiente em geral, como os solos e as águas, demonstrando estudos feitos equiparando a degradação causada com a dos esgotos. Mostrando também a falta de legislação sobre o tema, a única lei existente no território nacional é na cidade do Rio de Janeiro, Lei nº 7313/16, sem o apoio do poder público é quase inviável que a população e Instituições consigam realizar um trabalho efetivo e satisfatório de conscientização, reciclagem, e a destinação correta das guimbas.
PALAVRAS-CHAVE: Conscientização, bituca, lei e reciclagem.
INTRODUÇÃO
Ao decorrer deste trabalho serão apresentados fatos que demonstram o risco que se corre devido a poluição, especialmente os danos causados pelas bitucas de cigarro. Os quais já estão sendo vagarosamente amenizados, por projetos e ideias que partem de particulares. E que a omissão do governo em tal assunto deve acabar, pois há uma carência de leis que tratam disso.
DESENVOLVIMENTO
Todo pró vem com seu contra, toda ação exige uma reação. O avanço tecnológico traz consigo uma imensa destruição ambiental, aproximando muito ao fim dos recursos naturais de nosso planeta. Se tornando uma discussão necessária nos dias de hoje, como Jose Maria Carvalho Ferreira menciona (2007, p.65), “Falar ou escrever numa perspectiva analítica ou científica sobre as contingências da globalização e das novas tecnologias, no que se reporta à comunicação nas organizações, tornou-se um dilema histórico irredutível”.
Um dos principais poluidores atualmente são as bitucas de cigarro, elas são descartadas perto de florestas causando queimadas, em vias públicas, sendo um dos causadores mais efetivos de enchentes.
Para melhor visualização do dano causado pelas bitucas, o jornal GAZETA DO POVO (2010) produziu uma reportagem sobre o assunto. Foi feita uma experiência nos laboratórios da Faculdade de Saúde Pública (FSP), conduzida pelos professores Aristides Almeida Rocha e Mario Albanese, foram colocadas 20 pontas de cigarro em um recipiente com 10 litros de água e submetidos a um processo de agitação. A mistura permaneceu em infusão por oito dias. Desse líquido resultante, que apresentava um forte odor de nicotina e uma coloração amarelo-escura, foram retiradas amostras de 100 mililitros para análise da demanda bioquímica de oxigênio (DBO), indicador que mede a poluição causada por matéria orgânica biodegradável. No processo de decomposição micro-organismos como bactérias, protozoários e fungos alimentam-se do material orgânico poluente e consomem o oxigênio dissolvido no meio aquático. Quanto maior for a demanda por oxigênio, mais prejudicada será a sobrevivência dos peixes e de outros organismos aquáticos.
Visualizando o resultado dessa pesquisa, chega-se a conclusão de que o descarte de bitucas de cigarro no solo gera mais complicações e degradações que o próprio sistema de esgoto da população.
Mas o que pode ser feito para reduzir isso?
Existem diversos projetos que almejam a redução desse problema, mas poucos são efetivos. Um exemplo seria a Bituca Verde, que consiste em comercializar coletores pessoais e comerciais de pontas de cigarro, que depois são descartados em ecopontos do Programa de Coleta de Bituca, ideia utilizada no estado do Rio de Janeiro. E ainda são reutilizadas nos fornos das fábricas de cimento, como também nas fábricas de papel. Esse projeto deve ser de conhecimento de todo o Brasil, pois possui uma eficácia gigantesca, mesmo partindo de um único indivíduo.
Existem poucas leis que abrangem o assunto bituca de cigarro, pois é de extrema dificuldade ter controle sobre o descarte delas. Há poucos meses, no estado do Rio de Janeiro, foi sancionada a lei de nº 7313/16, a qual proíbe o descarte das guimbas de cigarro em vias públicas,
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