DESGASTE DE FERRAMENTAS DE METAL DURO
Dissertações: DESGASTE DE FERRAMENTAS DE METAL DURO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: guilhermefemec • 18/2/2015 • 2.417 Palavras (10 Páginas) • 596 Visualizações
DESGASTE DE FERRAMENTAS DE METAL DURO NO FRESAMENTO
FRONTAL DO AÇO ABNT 1045 COM UTILIZAÇÃO DE FLUIDO DE
CORTE EM DIVERSAS VAZÕES
Eder Silva Costa, eder@div.cefetmg.br1
Leandro Lacerda Gomes Reis, lacerdareis@yahoo.com2
Guilherme Boaventura Rabelo, guilhermefemec@yahoo.com.br2
Álisson Rocha Machado, alissonm@mecanica.ufu.br2
1Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais/CEFET-MG, Campus V, em exercício na Universidade
Federal de Uberlândia.
2Universidade Federal de Uberlândia, Faculdade de Engenharia Mecânica, Av. João Naves de Ávila, 2.121,
Uberlândia-MG, 38.408-100, Brasil.
Resumo: Este trabalho avaliou a influência do sistema-lubri-refigerante no desgaste de pastilhas de metal duro
revestidas da classe P40 no fresamento frontal de faceamento. O material usinado, aço ABNT 1045, apresentava
seção transversal quadrada inicial de lado 148 mm por 580 mm de comprimento. Utilizou-se uma fresa de diâmetro de
63 mm, ângulo de posição 45° com 5 pastilhas. Os testes de usinagem foram conduzidos sob as velocidades de corte
de 300, 400 e 500 m/min e 4 diferentes sistemas lubri-refrigerantes: usinagem a seco, fluidos de corte aplicado em
baixas vazões (pulverização de óleo vegetal em mínima quantidade – MQF com vazão de 30 ml/h e aplicação de fluido
de corte semi-sintético sobre-cabeça com vazão reduzida para 80 ml/min) e aplicação convencional de fluido semisintético
(jorro sobre-cabeça). Durante os ensaios a penetração de trabalho, a profundidade de corte e o avanço por
dente foram mantidos constantes em 49,33 mm, 1,5 mm e 0,21 mm/dente, respectivamente. Todos os testes foram
encerrados após o 6° passe das ferramentas, sendo a medição e análise dos respectivos desgastes das mesmas
realizadas por um sistema de aquisição e análise de imagem. Os resultados reveleram que a situação mais crítica em
termos de desgaste, para as 3 velocidades de corte investigadas, foi a usinagem a seco, seguido da usinagem com
aplicação de MQF. A usinagem com aplicação de fluido de corte na forma reduzida e na forma convencional
promoveram desgastes nas ferramentas menores e similares entre si. Para uma análise geral dos resultados, o corte
do material com vazão reduzida de 80 ml/min foi o sistema lubri-refrigerante que mais preservou as pastilhas de metal
duro.
Palavras-chave: fresamento frontal, baixa vazão de fluido de corte, pastilha de metal duro revestida.
1. INTRODUÇÃO
Num processo de usinagem uma ferramenta de corte é substituída basicamente quando ocorre uma avaria (trinca,
lascamento ou quebra) ou o desgaste/deformação atingem valores críticos para o bom andamento do processo (Machado
e Da Silva, 2004). Problemas de desgaste e avarias em ferramentas de corte no processo de usinagem dos metais sempre
foram motivos de preocupação, mesmo considerando que o custo com ferramentas de corte representa apenas uma
pequena fatia do total investido para a produção de uma peça (cerca de 3%). Tais problemas resultam em um maior
número de paradas e, conseqüentemente, um maior tempo gasto para a produção de uma peça, resultando em acréscimo
em seu custo final além de perda de produtividade.
Em geral, os desgastes se apresentam como falhas contínuas, isto é, possuem comportamento determinístico
(podem ser modeladas matematicamente) ao longo de sua progressão até a deterioração completa da ferramenta. Isto
permite um controle maior da vida. Por outro lado, as avarias (ou fraturas) são falhas transitórias que ocorrem
aleatoriamente (não podem ser descritas por uma função matemática explícita), levam a ferramenta ao colapso (quebra
total) e freqüentemente são detectadas somente após o ocorrido (Weingaertner e Souza, 2002). No lascamento da aresta
principal de corte a superfície usinada pode ficar bastante danificada (Uehara e Takeshita, 1989) e se quebrar pode
acarretar danos irreversíveis à peça (Colgan et al., 1994 e Jemielniak, 1992). É regra que quando a ferramenta de corte
possui tenacidade e resistência ao choque térmico suficientes para evitar as avarias, as ferramentas irão ser condenadas
pelo desenvolvimento do desgaste excessivo.
Dentre os processos de usinagem aplicados na indústria metal-mecânica, destaca-se o fresamento, por apresentar
grande versatilidade, possibilitar a produção de peças de formas complexas e possuir elevada capacidade de remoção de
V Congresso Brasi lei ro de Engenhar ia de Fabricação, 14 a 17 de abr i l d e 2009, Belo Hor i zonte MG
cavacos. Apesar de possuir tais vantagens este processo de usinagem se caracteriza por ser um processo de corte
interrompido onde a ferramenta de corte passa por períodos ativos, removendo material da peça na forma de cavacos, e
períodos inativos, onde não existe o contato ferramenta-peça. Assim sendo o material da ferramenta de corte sofre
flutuações de carga térmicas e mecânicas, podendo levar ao aparecimento de avarias e desgastes na mesma.
No fresamento as ferramentas são freqüentemente rejeitadas
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