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DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍPIO DE NOVA MUTUM - MT

Por:   •  13/6/2019  •  Trabalho acadêmico  •  4.178 Palavras (17 Páginas)  •  273 Visualizações

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DIAGNÓSTICO DO SISTEMA DE COLETA SELETIVA NO MUNICÍPIO DE NOVA MUTUM - MT

Giovanni Batista da Silva Santos(1)

Engenheiro Sanitarista e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, atualmente no cargo de Coordenador de Planejamento em Saneamento Básico no Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Nova Mutum – MT.

Angélica Luciana Barros de Campos

Engenheira Sanitarista e Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT, Mestra em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos pela Universidade de Brasília - UnB

Francisco Moraes Filho

Técnico Agrícola – Servidor Efetivo da Prefeitura Municipal de Nova Mutum atualmente coordenador da coleta seletiva no município.

Endereço(1): Avenida Mutum, 919W – Centro – Nova Mutum – Mato Grosso – CEP: 78450-000 – Brasil – Tel: +55 (65) 3308-1547 – e-mail: engenharia@saaenm.com.br

RESUMO

O trabalho teve como objetivo realizar o diagnóstico social, econômico e ambiental do sistema de coleta seletiva realizada no município de Nova Mutum, Mato Grosso, a partir de dados da Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), entrevistas informais com os agentes envolvidos no sistema de coleta seletiva e visitas in loco. O modelo do sistema empregado no município é o porta a porta que abrange 100% da área urbana, onde a população separa os resíduos em “seco” e “molhado”, que são coletados 1 vez por semana por caminhões compactadores. Os executores da coleta seletiva em Nova Mutum são o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) fornecendo os caminhões e motoristas e a Associação dos Coletores e Selecionadores de Materiais Recicláveis, sendo que a última possui 19 colaboradores. Estima-se que o sistema aproveite cerca de 60% dos resíduos coletados, com custo total de R$ R$ 1.573,08 por tonelada de resíduos. Um dos destaques do sistema de coleta seletiva do município são os investimentos por parte do poder publico, em ações de educação ambiental. Portanto, o diagnóstico realizado nesse estudo, apresenta-se como um excelente instrumento, para o planejamento de atividades de melhoria da eficiência e redução de custos do sistema.

Palavras-chave: Coleta Seletiva, Resíduos Sólidos, Nova Mutum

INTRODUÇÃO/OBJETIVOS

A coleta seletiva é um sistema de recolhimento dos resíduos recicláveis inertes, segregados anteriormente nas próprias fontes geradoras, que possui como objetivo o reaproveitamento e reintrodução no ciclo produtivo. A coleta seletiva é importante, pois, colabora para a redução da poluição causada pelos resíduos, além de proporcionar a economia de recursos naturais e, em alguns casos, pode representar um potencial econômico através da obtenção de recursos pela comercialização do material (SOUZA et al., 2017).

De acordo com ABRELPE (2017), 3.923 municípios apresentam alguma iniciativa de coleta seletiva, sendo apenas 42% na região Centro-Oeste. No entanto, em muitos municípios, as atividades de coleta seletiva não abrangem a totalidade de sua área urbana.

        O diagnóstico da coleta seletiva é importante, pois permite elaborar diretrizes para ampliar o programa, além de possibilitar a melhoria da eficiência do sistema. Assim, o trabalho teve como objetivo realizar o diagnóstico social, econômico e ambiental do sistema de coleta seletiva realizada no município de Nova Mutum, em especial, o realizado com apoio da Prefeitura Municipal.

MATERIAL E MÉTODOS

Área de estudo

Nova Mutum (Figura 1) é um município brasileiro no interior do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país, distante 242 km a norte de Cuiabá, capital estadual. Sua população foi estimada em 2017 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em 42.607 habitantes. O município possui o 3º melhor (IDH) do estado, tendo a 8° maior economia com PIB de R$ 2.564.804,04 mil. As principais fontes da economia são agricultura, com enfoque para produção de soja, milho e algodão, além de frigoríficos e indústrias, como esmagadora de soja, biodiesel e processamento de milho (SEBRAE, 2018).

Figura 1 - Localização do município de Nova Mutum, MT

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Fonte: Elaborado pelos autores, 2019 / Prefeitura Municipal de Nova Mutum

Coleta de dados

O estudo foi desenvolvido com base na bibliografia pertinente à gestão de resíduos tais como artigos e revistas científicas, dissertações de mestrado, teses de doutorado, e também o levantamento da legislação aplicável aos resíduos sólidos urbanos e coleta seletiva, notoriamente a Lei n° 12.305/2010, além do Plano Municipal de Saneamento Básico de Nova Mutum.

Os dados financeiros da coleta seletiva no ano de 2018 e as informações do planejamento das políticas públicas na Prefeitura Municipal de Nova Mutum, foram obtidos na Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente, e no Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), que é a autarquia que administra a gestão e o gerenciamento dos Resíduos Sólidos Urbanos Domiciliares no município.

Por último com o objetivo de complementar as informações obtidas foram realizadas entrevistas informais sem a utilização de questionário, com os agentes envolvidos com os serviços administrativos e operacionais; tais como motoristas de caminhão da coleta seletiva, encarregados de coleta e cooperados da associação de reciclagem. Não menos importante houve observação in loco, com registros fotográficos, dos processos de trabalho desenvolvidos pelos mesmos.

RESULTADOS/DISCUSSÃO

Separação na fonte e coleta

A coleta seletiva no município teve sua criação através de um projeto piloto em 2009 atendendo aproximadamente 800 casas em apenas um bairro, e somente em 2017 a cobertura alcançou 100% na área urbana (equivalente 10.235 domicílios), segundo estimativa IBGE (2015). Também há a prestação deste serviço no distrito de Ranchão, distante 50 km da sede.

Em Nova Mutum, o modelo da coleta seletiva utilizada é de porta a porta, sendo o modelo mais empregado no Brasil. Segundo o CEMPRE (2012), 88% dos municípios oferecem essa modalidade de coleta, já o SNIS de 2012 (BRASIL, 2014) diz que 86% utilizam esse modelo.

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