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Deflexão do Pavimento Flexível

Por:   •  10/6/2018  •  Dissertação  •  1.913 Palavras (8 Páginas)  •  526 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Na engenharia civil moderna, buscam-se mais tecnologias capazes de aperfeiçoar a execução de um dado serviço, ou então acrescentar ao mesmo maior agilidade. Das duas formas o objetivo final é garantir uma maior durabilidade ao investimento realizado. Os pavimentos flexíveis estão neste âmbito constantemente, sendo estudados de modo que sua degradação, suas deformações plásticas e suas patologias, sejam controladas e solucionadas, conforme os mecanismos que a causam.

A BR-163, possui uma extensão de 3467 Km, liga o país do Sul ao Centro-Oeste e o Norte. O trecho a ser estudado é o de Divisa MT/MS – Divisa MS/PR, com uma extensão de 847Km. Segundo o Grupo Odebrecht TransPort, uma das concessonárias de outros trechos da rodovia, a BR-163, fez parte do Plano de Integraçnao Nacional (PIN) do governo militar, que para o ex-presidente Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967), o objetivo do plano de integração nada mais era que “Integrar para não entregar”. Hoje a rodovia é o principal corredor de exportação do estado de Mato Grosso do Sul, ligando todos os cantos do estado aos principais portos do país.

Conforme o site Logística Brasil do Governo Federal, em 15 de agosto de 2012, o Governo Federal brasileiro lançou o Programa de Investimentos em Logísticas (PIL). O programa inclui um conjunto de projetos que contribuirão para o desenvolvimento de um sistema de transportes moderno e eficiente, conduzidos por meio de parcerias estratégicas com o setor privado, promovendo-se sinergias entre os modais rodoviário, ferroviário, hidroviário, portuário e aeroportuário.

No dia 15 de dezembro de 2013, o grupo CCR, venceu o leilão realizado para a concessão do trecho BR-163/MS- Início na divisa com o estado do MT e término na divisa com o PR, com uma extensão de 847,2 km , obtendo a concessão por um prazo de 30 anos.  

ESCREVER AS EXIGENCIAS DE CONSTRUCAO DA RODOVIA

Segundo Bernucci et al, (2006), Devido a importância dos trincamentos e rupturas por cargas repetidas, em 1938, o laboratório do Departamento de Transportes da Califórnia iniciou uma série de medidas em campo dos deslocamentos verticais dos pavimentos causados pela ação da passagem rápida de cargas de rodas. Essas medidas foram realizadas por meio de aparelho elétricos colocados dentro dos pavimentos. Esse tipo de deslocamento vertical passou a ser denominado de deflexão.

No presente estudo, apresentar-se-á o caso recente e recorrente no estado do Mato Grosso do Sul, da duplicação da BR-163, concedido pela empresa CCR-MSVIAS. A empresa exige o uso do mecanismo Viga Benkelman para aferição das deformações deflectométricas, conforme a execução de cada camada do pavimento.

Os objetivos específicos desse trabalho foram:

  • Estudar cinco estacas no trecho de extensão de 200 km, analisando os resultados obtidos com a viga das camadas estruturais e de rolamento.
  • Constituir convergências e as divergências dos pontos de aferição, elencando suas devidas causas.
  • Comparação dos resultados obtidos, e dos processos executados com as exigências das normas: DNER – PRO 175/94: Aferição de viga Benkelman. E DNER-ME 024/094: Pavimento – determinação de deflexões pela viga Benkelman.

Para a apresentação do presente estudo, organizou-se da seguinte forma:

O Capítulo 1 já apresentado, a introdução, os objetivos gerais e específicos.

No Capítulo 2 serão apresentadas definições sobre a funcionalidade e estrutura do pavimento flexível, avaliações estruturais destrutivas e não destrutivas e os fatores que influenciam a deflexão.

No Capítulo 3 apresenta-se os dados coletados do ensaio com Viga Benkelman em campo na BR-163, desde procedimentos adotados a resultados deflectométricos.

No Capítulo 4 serão comparados os resultados obtidos com as exigências das literaturas pesquisadas, e também entre as estacas analisadas.

O Capítulo 5 é composto por conclusões e recomendações de novos estudos.

  1. Revisão Bibliográfica
  1. O Pavimento Flexível

O pavimento flexível composto por camadas sobrepostas, de composições específicas e espessuras devidamente estabelecidas, tem por funcionalidade suportar as ações do tráfego e dos agentes climáticos garantindo ao transporte segurança, agilidade e economia.  

Bernucci et al, (2006), definem pavimentos flexíveis como aqueles em que o revestimento é composto por uma mistura constituída basicamente de agregados e ligantes asfálticos. São formados por quatro camadas principais: revestimento asfáltico, base, sub-base e reforço do sub-leito(vide Figura 1.1). O revestimento asfáltico pode ser composto por camada de rolamento – em contato direto com as rodas dos veículos e por camadas intermediárias ou de ligação, por vezes denominadas de binder.

                        [pic 1][pic 2][pic 3]

Hoje na engenharia, pode-se estudar a estrutura do pavimento e como seus agentes causam deformações, através de ensaios laboratoriais e de campo. Para então chegar-se ao número de esforços repetitivos que um dado pavimento possa resistir, ou seja, o número de aplicações de carga que levam a sua ruptura. As principais causas para a ruptura do pavimento podem ser excesso de deformações não recuperáveis, fadiga dos materiais componentes, acúmulo de recalque das camadas estruturais ou escorregamento da camada de revestimento.

O Desenvolvimento de técnicas para a quantificação

  1. Deflexão do Pavimento Flexível

A deflexão nada mais é que dois estágios presentes em um pavimento, devido a aplicação de uma carga transitória. Uma dessas parcelas é considerada plástica, ou seja, após o fim do carregamento parte do deslocamento do pavimento é permanente, já a parcela elástica, é recuperável.

No DNIT-IPR 745 (2011) descreve que os ensaios não destrutivos avaliam a deflexão recuperável máxima na superfície do revestimento e são bastante apropriados para a avaliação da capacidade estrutural. Os equipamentos mais utilizados podem ser dividos em:

  1. Vigas de deflexão (Viga Benkelman, e Vigas de Deflexão automatizadas)
  2. Equipamentos dinâmicos de vibração (Dynaflect)
  3. Equipamentos dinâmicos de impacto (Dynates FWD, KUAB FWD)

A publicação ainda define que os pavimentos mais sadios estruturalmente fletem menos que os outros pavimentos mais debilitados. A significativa diferença na “resposta” entre os pavimentos sadios e debilitados indica os efeitos no desempenho estrutural. Assim, sendo, pavimentos com deflexões mais baixas suportam maior número de solicitações de tráfego.

2.2. A Avaliação funcional do pavimento flexível

A funcionalidade do pavimento é determinada  pela análise do estado de conforto, segurança e economia, que podem ser proporcionados ao usuário.

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