Dificuldades relacionadas à implantação e certificação de sistemas de gestão da qualidade em empresas construtoras.

INTRODUÇÃO

A partir dos aos 90, as construtoras têm buscado a implantçaão e certificação de sistemas de qualidade, esse movimento teve base nas normas ISSO 9000 e PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade no Habitat).

Segundo Dalgleish (2004), uma dos principais dificuldades para a melhoria da qualidade nas construções é a falsa idéia de que a empresa já trabalha em ótimo nível e não necessita de melhoria.

Outra dificuldade é a resistência dos níveis hierárquicos mais baixos, o que dificulta seu envolvimento para as atividades voltadas a melhoria da qualidade, outro ponto a se destacar é que a construção civil é um setor tradicional e isso acaba dificultanto as inovações.

O sistema de gestão da qualidade cria sua própia burocracia, com regras e padrões, tornando um processo em paralelo às atividade operacionais do dia a dia. Se gasta muito tempo reunindo dados irrelevantes e produzindo relatórios inúteis, o que gera grande custos para se manter o sistema. (TATIKONDA e TATIKONDA, 1996).

Segundo Lee (1998), a liderança é apontada como um dos elementos mais importantes para a gestão da qualidade.

RESUMO

O levantamento contou com a participação de 14 empresas, e a pesquisa teve como objetivo determinar as principais dificuldades durante a implantação e certificação de sistemas de gestão da qualidade.

Os dados foram analisados e tiveram os seguintes resultados:

A resistência a mudanças foi a maior dificuldade encontrada no processo de implantação, a maior resistência vem de parte da mão-de-obra e alguns mestres-de-obra quanto ao uso dos procedimentos padronizados. Segundo um engenheiro, muitos funcionários apresentam resistência em alterar a forma de como realizam os serviços ou uso de tecnologia utilizada.

A burocracia excessiva foi outra dificuldade encontrada no programa, os funcionário apresentam dificuldade em trabalhar com documentação e preenchimento de fichas de verificaração de serviços, reclamando sobre a perda de tempo que poderia ser melhor utilizado em outras atividades.

Outros dados importantes são a falta de liderança, deficiencia de comunicação e baixo nível de escolaridade dos funcionários o que engloba também a falta de treinamento.

De maneira geral, todos apoiam o progama com um certo receio, muitos relatos de engenheiros falam que há grande resistência a mudanças por parte de todos e com muita falta de hábito na documentação dos processo.

Há muito ainda o que se fazer em termos de melhoria da qualidade nas empresas construtoras.