ESTRUTURAL DE UMA PRAÇA SOBRE ESTRUTURA DE MADEIRA SUSPENSA
Por: Carol Nogueira • 7/7/2015 • Artigo • 2.015 Palavras (9 Páginas) • 608 Visualizações
PROJETO APLICADO Iv
INSTITUTO POLITÉCNICO – CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA
DImensionamento ESTRUTURAL DE UMA PRAÇA SOBRE ESTRUTURA DE MADEIRA SUSPENSA
CURSO: Engenharia Civil
Professor: Henrique Jardim Raad
Aline Vieira, Camilo Magalhães, Carlito Oberione, Carolina Nogueira, Cláudio Dias, Helen Gonçalvez, Hudson Venturim e Rafael da Gama.
Resumo - A praça de lazer tem diversas funções na comunidade. Serve como um ponto de encontro, uma parada de descanso, um lugar seguro para crianças brincarem e, até mesmo, um local para eventos culturais. O objetivo desse estudo consiste em dimensionar uma praça sobre estrutura de madeira suspensa, de acordo com as normas do edital e as normas brasileiras regulamentadoras, que atendesse às necessidades dos frequentadores. O local da execução do projeto, Lagoa Seca do bairro Belvedere – BH, foi escolhido por apresentar a topografia ideal para o projeto e por ser local frequente de caminhadas e atividades físicas, logo, a praça serve como um lugar de descanso, alongamentos e reposição de líquido.
Palavras-chave: Treliças; Dimensionamento; Madeira.
Introdução
As praças, ao longo dos tempos, levando-se em conta os diversos aspectos que as envolvem, como definição, funções, usos e concepções, sofreram significativas mudanças. Todavia, é consenso que, a despeito das transformações impostas pelo tempo, às praças ainda representam um espaço público de grande importância no cotidiano urbano (DE ANGELIS et al., 2005).
O local da praça pública foi escolhido em uma região onde o espaço público era mal utilizado pelos frequentadores. A Lagoa Seca em si, é atualmente apenas utilizada em seus arredores, logo a ideia da praça veio como uma forma de tornar o espaço interno da Lagoa Seca mais acessível à população local.
- Referencial Teórico
2.1 História e definição
A praça pode ser definida, de maneira ampla, como qualquer espaço público urbano, livre de edificações que propicie convivência e/ou recreação para os seus usuários.
O espaço urbano tido com precursor das praças foi a Ágora, na Grécia. A Ágora grega era um espaço aberto, normalmente delimitado por um mercado, no qual se praticava a democracia direta, visto ser este o local para discussão e debate entre os cidadãos (MACEDO e ROBBA, 2002).
Esse espaço, existente há milênios, utilizado por civilizações de distintas maneiras, nunca deixou de exercer a sua mais importante função: a de integração e sociabilidade.
Considerando que praças são espaços abertos, públicos e urbanos destinados ao lazer e ao convívio da população (LIMA et al., 1994; MACEDO e ROBBA, 2002), sua função primordial é a de aproximar e reunir as pessoas, seja por motivo cultural, econômico (comércio), político ou social.
A possibilidade do contato interpessoal público, oferecida pela praça, permite o estabelecimento de ações culturais fundamentais, desde interações sociais até manifestações cívicas. Sendo assim, a praça potencializa a noção de identidade urbana que, dificilmente, o lazer na esfera da vida privada poderia proporcionar (QUEIROGA, 2001).
2.2 Projeto Arquitetônico
Pela necessidade da criação de um espaço de convivência, foi elaborado o projeto arquitetônico, respeitando o edital do Projeto Aplicado disponibilizado pela disciplina e a norma de acessibilidade NBR9050/04, atendendo, assim, às necessidades dos usuários de forma harmoniosa com a arquitetura da região.
2.3 Cargas de Cálculo
Para o dimensionamento das vigas e pilares o primeiro passo é calcular as cargas que serão que ficarão sobre a estrutura.
A praça foi projetada de forma simétrica, como pode ser observada na figura 1, e para facilitar os cálculos das cargas aplicadas, ela foi divida em áreas numeradas.
[pic 1]
Figura 1 – Sub-áreas para cálculo de carga – Fonte: Autoria dos membros do grupo
O cálculo de carga de um objeto consiste no produto entre o volume do corpo e sua massa unitária ou densidade aparente, conforme equações (1) e (2):
Volume = Base x Altura x Espessura (1)
Massa = Massa unitária x Volume (2)
Substituindo (1) em (2), temos a equação (3):
Massa = Massa unitária x Base x Altura x Espessura (3).
2.4 Projeto Elétrico
O projeto de iluminação da praça suspensa segue os critérios básicos fixados conforme descrito na NBR5410, de modo a garantir segurança aos usuários.
Independente da iluminação que já existe nas ruas, a praça dispõe de um sistema de iluminação próprio que será ativado automaticamente no período noturno, conferindo assim mais segurança e conforto para os usuários. Para isso, deverá ser solicitado à concessionária de energia local, um novo ponto de iluminação pública.
2.5 Projeto Estrutural
A estrutura de apoio foi projetada no formato de treliças planas para minimizar (otimizar) as dimensões das barras que as compõem, sendo todas elas em madeira.
2.5.1 Sobre o sistema estrutural
Denomina-se treliça plana, o conjunto de elementos de construção (barras redondas, chatas, cantoneira) que são interligados entre si, sob forma geométrica triangular, através de pinos, soldas, rebites ou parafusos e que visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de resistir a esforços distribuídos em seus nós.
A treliça ideal é um sistema reticulado indeformável cujas barras possuem todas as suas extremidades rotuladas e cujas cargas estão aplicadas nestas rótulas ou nós. Os mesmos devem apresentar estabilidade sem, contudo, falhar no quesito estético. Ao longo dos anos vários tipos de nós vêm sendo utilizados na fabricação de treliças, mas alguns foram eliminados por apresentarem falhas no comportamento estrutural ou por serem esteticamente desfavoráveis.
2.5.2 Sobre a madeira
A madeira é um dos materiais de utilização mais antiga nas construções. Utilizada em todo o mundo desde as civilizações primitivas. Sendo o único material estrutural renovável, ocupa hoje, um lugar cada vez mais importante no mercado da construção (GAUIZIN-MULLER, DOMINIQUE, 2005).
Durante a revolução industrial, a Inglaterra, como grande potência econômica, impôs a arquitetura em metal. A invenção do betão armado fez com que os estudiosos da época concentrassem seus esforços no estudo do novo material, desprezando a utilização da madeira.
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