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Educaão So Seculo XXI

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Por:   •  21/3/2015  •  592 Palavras (3 Páginas)  •  228 Visualizações

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O ENSINO PÚBLICO NO BRASIL NO FINAL DO SÉCULO XIX

César Augusto Castro1 Kênia Gomes Lopes O percurso histórico educacional brasileiro, notadamente marcado pelo descompasso entre a demanda social de educação e a qualidade do ensino desenvolvido no âmbito escolar, expressa o nível de descontinuidade administrativa tradicional, num país que culturalmente tem sua história marcada por interesses conservadores e, consequentemente, por um modelo educacional elitista e excludente. A discussão pela qualidade educacional constitui-se questão premente num contexto caracterizado pela globalização econômica, com níveis elevados de pobreza e de introdução acelerada de novas tecnologias e materiais no processo produtivo; tais fenômenos, ainda que diferenciados, influenciam de forma determinante a conjuntura de todos os países do mundo. A situação configura a supremacia dos interesses do mercado e do capital sobre os interesses humanos, gerando valores pouco construtivos, o que coloca e, pauta questões éticas complexas, por outro lado, transformações científicas e tecnológicas que ocorrem aceleradamente exigem dos indivíduos novas aprendizagens. A realidade brasileira. complexa e heterogênea não permite a compreensão da estruturação do modelo escolar como processo linear, simples e único, mas somente poderá ser entendido a partir dos condicionantes históricos que o circustancializa. Este trabalho objetiva analisar o discurso presente na obra O ENSINO PÚBLICO, de autoria de A. de Almeida Oliveira, publicada em 1874, em São Luís do Maranhão, com a finalidade de mostras o estado em que se encontrava a instrução pública no Brasil e as reformas necessárias. A escolha desta obra deu-se em função do período de sua publicação, que caracteriza as mudanças ocorridas no Brasil, a partir do último quartel do século XIX, 1 Professor do Programa de Pós_graduação em Educação e do Departamento de Biblioteconomia da UFMA. Doutor em Educação pela Universidade de São Paulo. E--mail: ccampin@terra.com.br Professora do Departamento de Filosofia e Educação da Universidade Estadual do Maranhão. Mestre em Ciências da Educação- IPLAC/CUBA. E-mail: kenialopes@hotmail.com2 implicando para a história educacional brasileira, os indícios da ruptura com o modelo monárquico, alterando a concepção educacional vigentes uma vez que o Brasil passa a estabelecer relações econômicas com a Inglaterra e (re) significa o binômio educação e trabalho (RIBEIRO, 1989). Adotou-se como categorias de análise: cultura, instrução pública, gênero, trabalho docente, demanda educacional, estrutura de poder e desenvolvimento. Categorias que são tratadas pelo autor no decorrer das noves partes que integram este trabalho, onde crítica o sistema educacional do período, as formas de organização escolar, da infantil à superior, a gratuidade e a liberdade de ensino. Aborda de maneira ampla a formação e o papel do professor, os métodos e os materiais de ensino e a educação de mulheres, sendo esta responsável pela instrução infantil uma vez que “ Se o ensino é dado pelo hábito e não pelo raciocínio, professora e mãe tem iguaes meios de preencher aquella tarefa”(OLIVIERA, 1874,p.446). Oliveira acredita que a melhoria quantitativa e qualitativa da instrução pública no Brasil estaria relacionada “[...] às necessidades de ensino, escholas normaes, museus, bibliothecas,

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