Eletrostática

Passo 1

Eletrostática

Em 600 a.C. já era sabido das propriedades do âmbar ao ser atritado contra substâncias secas através das observações de Thales de Mileto. Entretanto, somente no século XVI com estudos de William Gilbert é que se teve conhecimento de que essa característica não era restrita ao âmbar amarelo, e sim inerente a diversas outras substâncias.

Atualmente essa propriedade da matéria é estudada por um ramo da física denominado eletrostática, responsável pela observação do comportamento e das propriedades das cargas elétricas em repouso através de técnicas básicas que alteram o equilíbrio entre as cargas existentes em um material.

Podem ocorrer três tipos de eletrização: Contato, atrito ou indução. A eletrização por atrito consiste na fricção de dois objetos – inicialmente neutros – formados por substâncias diferentes. Ao final do processo cada corpo ficará com cargas contrárias cuja tendência pode ser definida através da verificação da capacidade em ceder ou receber elétrons conforme a série triboelétrica abaixo:

Pele humana seca

Couro

Pele de coelho

Vidro

Cabelo humano

Fibra sintética (nylon)

Lã

Chumbo

Pele de gato

Seda

Alumínio

Papel

Algodão

Aço

Madeira...

Na eletrização por contato um corpo carregado eletricamente é colocado em contato com um corpo neutro. Assim, lentamente ocorre o compartilhamento de elétrons até que se estabeleça o equilíbrio; Já no processo de eletrização por indução – único processo que não necessita de contato entre os corpos – aproxima-se um corpo carregado a outro inicialmente neutro. Esse processo faz com que as cargas em equilíbrio do corpo neutro sejam separadas conforme a tendência da carga do corpo indutor tornando o primeiro polarizado. Ao conectá-lo a um fio terra temos que as cargas não atraídas pelo corpo indutor “escapam” deixando o corpo inicialmente neutro com carga oposta à do indutor.

Mudando o equilíbrio existente inicialmente, o corpo se comporta de maneira diferente próximo a outro corpo podendo atrair ou repelir conforme a Lei de Du Fay propõe.

No século XVIII, o francês Charles François Dufay detectou a existência de dois tipos de cargas elétricas, as quais denominou de “vítrea” e “resinosa” depois de notar que um bastão de vidro atritado com seda adquiria carga elétrica diferente da adquirida por um bastão de resina atritado com lã. Dufay, nas suas experiências, concluiu que: “cargas elétricas de mesmo nome (sinal) se repelem e de nomes contrários se atraem”.

Podemos, ainda, classificar os materiais de acordo com a facilidade com a qual as cargas elétricas se movem em seu interior. Os condutores são materiais nos quais as cargas elétricas se movem com facilidade, como os metais. Os não-condutores,