Energia Maremotriz

Atualmente, o desenvolvimento de projetos para a diversificação da matriz energética brasileira vem passando por um crescente aumento. Maior programa brasileiro de incentivo às fontes alternativas de energia elétrica, o Proinfa (Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica), instituído pela Lei 10.438, de abril de 2002, é gerenciado pela Eletrobrás. Com ele, a companhia tem buscado soluções de cunho regional para o uso de fontes renováveis de energia e incentivado o crescimento da indústria nacional e dentre esses projetos está o de geração de energia elétrica a partir das ondas do mar.

O Proinfa também proporciona a redução da emissão de gases de efeitos estufa, ao incluir as fontes limpas na produção de energia elétrica. O programa permite ainda a distribuição da produção de energia pelo Brasil, o que resulta em maior distribuição de empregos e renda entre os estados, além de propiciar a capacitação de técnicos e indústrias em novas tecnologias de geração de energia elétrica, tudo isso visando a preservação do meio ambiente, que atualmente é um dos temas mais discutidos no mundo, isto é, conciliar desenvolvimento econômico com preservação ambiental, é o chamado desenvolvimento sustentável.

As fontes de energia alternativa, mais conhecidas são: eólica, a partir dos ventos, solar, a partir dos raios solares, além de outras menos conhecidas como a de biomassa e a maremotriz, que será discutida posteriormente.

As condições específicas de determinadas regiões litorâneas, como a forma da costa e o leito marinho, bem como a existência de baías e estuários, podem provocar grandes variações de nível entre as marés altas e baixas e também elevadas correntes, que podem ser aproveitadas para a geração de energia elétrica, é a chamada energia maremotriz.

O direcionamento para a realização de pesquisas que visem o desenvolvimento da tecnologia e o estudo dos impactos da energia das marés, ou outras formas de energia alternativa, a serem executadas, é feito, pelas universidades federais, ou por centros de pesquisa, como o CEPEL (Centro de Pesquisas da Eletrobrás), que farão projetos que visem a implantação dessas novas fontes.

A energia das marés ainda não é viável para ser empregada na geração comercial de energia elétrica, devido ao alto custo de construção e manutenção aqui no Brasil, além de estar numa fase que pode ser chamada de embrionária. Entretanto, diversas outras fontes de energia já o são como, por exemplo, a eólica e solar, tendo algumas unidades implantadas ou em implantação.

Os principais problemas que dificultam a implantação dessa fonte de energia alternativa são: altos custos para a realização de obras semelhantes à uma hidrelétrica, como barragens, comportas e turbinas hidráulicas, a água salgada possui alto poder de corrosão, exigindo a utilização de materiais especiais na fabricação de determinados equipamentos, como por exemplo , a utilização de aço inoxidável ou outra liga metálica na fabricação das turbinas , além disso essa energia é frequentemente disponível em áreas distantes dos grandes centros de consumo, encarecendo ainda mais o projeto.

Quanto ao aspecto ambiental, o aproveitamento desta energia pode provocar impactos adversos, modificando o ecossistema marinho, trazendo assim reflexos econômicos negativos no que diz respeito