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Engenharia do Meio Ambiente

Por:   •  17/5/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.023 Palavras (9 Páginas)  •  308 Visualizações

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Universidade Federal do Rio de Janeiro

Escola de Química

EQB485 – Engenharia do Meio Ambiente

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Trabalho sobre Poluição por Fontes Móveis

Professora: Isabelli do Nascimento

Aluno:

Caio Jappour Pereira Gomes – DRE:110080435

  1. Introdução

        Devido ao aumento desacerbado de emissões atmosféricas ao longo do século XX, a poluição atmosférica tem sido colocada em foco pela sociedade tanto em países industrializados como naqueles em desenvolvimento, que é o caso do Brasil. Por esta razão, o estudo voltado à esta área tem sido de crucial importância ambiental e econômica.

        No Brasil o aumento no número de veículos automotores é notório. Para se ter uma ideia, a proporção de veículos (carros, caminhões e ônibus) cresceu de 1 a cada 5 cidadãos em 2001 para 1 a cada 3 em 2011. Esse crescimento constante na quantidade de veículos nas ruas intensifica gradativamente a situação dos congestionamentos em centros urbanos assim como da poluição proveniente de veículos movidos a fontes não renováveis.

        As fontes de poluição veiculares tem tido grande participação na qualidade do ar nas grandes cidades, pois estas emitem uma grande variedade de substancias tóxicas que, em contato com o sistema respiratório, podem causar problemas de saúde. Dentre essas substancias estão o monóxido de carbono, o dióxido de carbono, os oóxidos de nitrogênio (NOx), hidrocarbonetos, óxidos de enxofre (SOx), material particulado, entre outras, e seus danos são inúmeros. Para título de ilustração, segundo dados obtidos pela CETESB em 2004, os veículos são responsáveis pelas emissões na atmosfera de mais de 80% de todo o monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio dentro da região metropolitana de Sao Paulo.

        Este crescimento, principalmente do transporte individual, está intimamente ligado à politica industrial que pautou-se pela atração de novas plantas automotivas ao Brasil. Para consolidação deste fato, houve oferta abundante de credito para aquisição de veículos e uma politica tributaria favorável. Além disso, desde 2003 a renda média do brasileiro aumentou, o que aumentou o seu poder de compra e, consequentemente, quem não tinha carro passou a tê-lo.

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  1. Poluentes

        Dentre os poluentes mais comuns originados da queima de combustíveis veiculares estão:

        Monóxido de carbono (CO): Ocorre devido à combustão incompleta de material orgânico. Isto acontece quando não há presença suficiente de O2.

        Dióxido de carbono (CO2): É formado da combustão completa de material orgânico.

        Hidrocarbonetos (HC) exceto metano: ocorre também da queima incompleta de combustíveis, compostos voláteis que escapam antes de sofrer combustão.

        Aldeídos: também é formado pela oxidação parcial de compostos orgânicos e são emitidos majoritariamente por veículos movidos a etanol.

        Óxidos de nitrogênio (NOx): podem apresentar-se em diversas proporções de oxigênio e nitrogênio. São gases altamente reativos e são obtidos da reação entre N2 e O2 atmosférico a altas pressões. Podem dar origem à chuva ácida e contribuem para o smog fotoquímico.

        Material particulado (MP): são partículas sólidas ou líquidas dispersas em gás.

        Metano (CH4): pode ser gerado da combustão incompleta também. Um dos maiores vilões do efeito estufa.

        Dióxido de enxofre: formados a partir da queima de compostos sulfurados. Pode gerar chuva ácida.

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  1. Combustíveis

        Estudos mostram que a maior parte dos derivados de petróleo consumidos são destinados à produção de combustível para o setor de transportes. Os combustíveis obtidos do petróleo e disponíveis para uso automotivo são: a gasolina (com pequena parcela de etanol anidro), o óleo diesel e o etanol.

  1. Gasolina

        O combustível mais consumido no Brasil para aplicação automotiva. Apesar disto, esta não é o derivado de maior produção. Sabe-se ainda que, devido à atual legislação, a gasolina utilizada em veículos pode possuir em sua composição de 25 a 27% em volume de álcool. Este composto é, na verdade, uma mistura de diversos hidrocarbonetos obtidos por craqueamento e refino do petróleo, e que definirão a sua qualidade.

        O processo de combustão da gasolina que ocorre no interior dos motores dos veículos muitas vezes não se dá de forma completa, devido à diversas causas como ineficiência do motor ou mistura não ideal de ar combustível.   Por esta razão, os produtos desta reação incluem, além de dióxido de carbono e água, o monóxido de carbono, os óxidos de nitrogênio, os hidrocarbonetos que nao sofreram combustão e material particulado, o que agrava o potencial poluente da gasolina.

  1. Óleo diesel

        Assim como a gasolina, o diesel é um derivado do petróleo. A sua demanda encontra-se em ascensão devido à sua alta eficiência, durabilidade e flexibilidade, o que causou o interesse da indústria automobilística. Dentre todos os derivados de petróleo, a máquina movida a diesel é aquela com maior rendimento dentre as de combustão interna. Visto que a composição do diesel de frações com faixa de ponto de ebulição alto, uma considerável fração estará na fase liquida ao ser inserida no cilindro, acarretando na presença de gotículas liquidas de combustível na câmara de combustão e conduzindo a um processo de pirólise, o que pode gerar material particulado. Além deste, pode haver o controle da formação de óxidos de nitrogênio (NOx) em evitando-se picos que ultrapassem a temperatura critica de 1370 o C na câmara. As características mais relevantes no quesito potencial de poluição do óleo diesel são: o seu teor de enxofre, número de cetano, presença de compostos aromáticos e a sua densidade.

        Uma outra alternativa é a utilização de biodiesel por se tratar de um combustível de fonte renovável, como plantações de mamona, soja ou milho. A questão do biodiesel está no seu custo ambiental, pois a plantação e produção em larga escala para atender a toda a demanda, tanto energética quanto alimentícia, pode gerar mais desvantagens, do ponto de vista ambiental, que vantagens. Como é o caso das plantações que tomam lugar de ecossistemas nativos, tirando o ambiente do seu estado de equilíbrio.

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