Estudo do Processo de Desertificação da Caatinga: Uma Proposta de Educação Ambiental

Resenha: Estudo do processo de desertificação da caatinga: uma proposta de educação ambiental

Bruna Andrade, Daniela Cristina, Daniella Silva Paiva, Gabriela Santa Clara,  Josenir Timoteo, Olimpio Pimenta

Instituto de Ciências Exatas e Aplicadas - UFOP

Introdução

            O artigo que ora resenhamos se chama “Estudo do processo de desertificação na Caatinga: uma proposta de educação ambiental” e é de autoria de Cristina de Sousa Felizola Araújo, que é licenciada em Química e Bacharel em Química Industrial, Mestre em desenvolvimento e Meio Ambiente da Universidade Federal da Paraíba e Antônio Nóbrega de Sousa que é Bacharel e Mestre em Química, doutor em Ensino em Ciências e Docente da Universidade Estadual da Paraíba.

                Para introduzir o assunto da desertificação na Caatinga, os autores problematizaram a situação ao descreverem o local em que a mesma se situa, o “Polígono das Secas”, uma região do Nordeste brasileiro que compreende ecossistemas frágeis e grande exploração inadequada dos recursos naturais, ficando vulnerável à desertificação. Apresentaram uma discussão à respeito do Mororó, uma espécie que foi observado uma redução devido ao desmatamento para utilização de suas propriedades ou o uso artesanal de sua madeira. Este trabalho teve por objetivo estudar o porque do desmatamento do “mororó” e suas consequências ao meio ambiente e à população local, realizou-se um estudo aplicando questionários aos moradores e professores de uma escola da região, além de encontrar sugestões de temas ambientais que possam ser aplicados em aulas de Ciências e Química na referida escola, através dos problemas ambientais na localidade de Mororó de do Hermínio.  

A DESERTIFICAÇÃO NO NORDESTE

Após a introdução os autores falam sobre a desertificação definindo-a como o processo de degradação da terra em regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de diferentes fatores, dentre eles a variação climática. A região que tem grandes partes com níveis de susceptibilidade à desertificação de moderada a alta se encontra no Nordeste.

                A causa da desertificação no Nordeste não é diferente das causas dos outros lugares, quase sempre se referem à exploração dos recursos naturais inadequada. O uso do solo e a redução da cobertura vegetal na região tem levado à redução de sua fertilidade, além de apresentar restrições físicas e químicas, ph muito elevado dificultando a sobrevivência de plantas.

                A Caatinga possui ampla biodiversidade, embora venha sofrendo devastação que ocasiona perdas de espécies intrínsecas à região, portanto tornam-se necessárias medidas que conduzem à conservação de sua fauna e flora.

A extinção do mororó no Cariri Paraibano

 Vila de Mororó, como era conhecida a cidade Mororó do Hermínio localizada na região mais seca da caatiga, Cariri Paraibano, recebeu esse nome devido a grande abundância de mororó na região e principalmente na cidade de Mororó há cerca de 50 anos. Hoje a cidade sofre com a degradação da vegetação do mineral juntamente com diversos outros fatores naturais, econômicos e sociais que foram acarretados pela contínua devastação em Mororó.

 O mororó(Bauhinia forficata Linn) na fase já adulta pode chegar a 3,5 m de altura e 0,12m de diâmetro do caule, com flores brancas ou rosas e os frutos são vagens achatadas e escuras. Hoje o vegetal encontra-se em processo de extinção devido ao uso artesanal da madeira, desmatamento desregrado para o plantio de outras espécies e suas propriedades medicinais usadas em caso de tosse ou resfriado, problemas renais e controlo de glicemia em diabéticos. Razão da preocupação de todos os envolvidos torna-se importante para a comunidade tentar reverter esse esse quadro de extinção do vegetal mororó, símbolo da região.

OS CAMINHOS DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA:

Logo em seguida os autores relataram sobre “Os caminhos da Educação Ambiental na escola”

                Nas últimas décadas é presenciado uma atuação e preocupação maior com as questões ambientais no âmbito educacional como social em suas mais variadas contextualizações em conferências apresentadas no texto bem estas como Estocolmo/1972, Tbilisi/1977, Rio-92, Johanesburgo/2002, visando alcançar como também sensibilizar dentro de suas totalidade  toda classes sócias.

                A política Nacional de Meio Ambiente (PNMA) (BRASIL, 1981), apresenta em  seu artigo 2° como também o 4º a enraização de suas políticas nacional sócio ambientais, apresentando de maneira  pormenorizada cada aspecto e seu papel de relevância as suas diretrizes, onde que são esta moldada  em seu conteúdo programático nas escolas em suas disciplinas convencionais onde que estes alinhados a valores pessoais e sociais vão moldando sua aprendizagem, desenvolvendo melhor conceitos, raciono , atitudes de uma sociedade.

                Uma maneira de poder generalizar a temática ambiental dentro de uma sociedade seja ela local ou nacional  é através da fomentação em suas escolas agregando aos indivíduos conhecimento contextualizado de sua realidade tanto em práticas em seu meio educacional  como teóricas em sala de aula, fazendo com que este molde forme cidadãos comprometidos com sua realidade sócio ambiental.

                Como a inserção de educacional ambiental é uma tarefa que envolve diversos fatores.

Fatores como o tamanho da escola,

número de alunos e de professores,

predisposição destes professores em

passar por processo de treinamento,

vontade da diretoria de realmente

implementar um projeto ambiental que

vá alterar a rotina na escola etc., além

dos fatores resultantes da integração

acima citados e ainda outros podem

servir como obstáculos à implementação

da Educação Ambiental (ANDRADE,

2000 apud RUY, 2004, p. 3).

Em que estas mudanças são feitas de reflexões  onde que são revistos estes paradigmas de uma sociedade anterior a atual são assim remetidos novos valores a serem ganhos e outros assim reavaliados.