FORMULÁRIO DE DETALHAMENTO VÁLIDO SOMENTE PARA INSCRIÇÃO NO PIBIC/PAIC
Por: Luiz Felipe Lima • 18/11/2020 • Relatório de pesquisa • 2.552 Palavras (11 Páginas) • 122 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS[pic 1][pic 2]
INSCRIÇÃO DE PROJETOS PARA O PIBIC/PAIC 2020-2021
FORMULÁRIO DE DETALHAMENTO VÁLIDO SOMENTE PARA INSCRIÇÃO NO PIBIC/PAIC
- Identificação do Projeto
Título do Projeto PIBIC/PAIC
Caracterização físico-química e microbiológica do mel regional da abelha Apis melífera africanizada |
Orientador
Wenderson Gomes dos Santos[pic 3][pic 4] |
Bolsista
Bruna Mie Okaneku |
Aluno cursando Graduação no Interior do Estado
Sim | Não | X |
Renovação de Projeto
Sim | Não | X |
Projeto no Interior do Estado
Sim | Não | X |
- Introdução
De acordo com a Anvisa (1978), “mel é o produto natural elaborado por abelhas a partir de néctar de flores e/ou exsudatos sacarínicos de plantas”, podendo ser classificado de acordo com a origem e o procedimento de obtenção utilizado.
Quanto à sua origem, divide-se em mel floral e melato ou mel de melato. O mel floral é obtido dos néctares das flores e pode ser subdividido em unifloral ou monofloral, quando extraído a partir de flores de mesma família, gênero ou espécie, e em multifloral ou polifloral, quando criado com néctares de várias flores. O melato ou mel de melato é o mel obtido principalmente a partir de outras partes vivas das plantas ou de excreções sobre as plantas provenientes de insetos sugadores. (BRASIL, 2000)
Em relação ao procedimento de obtenção, é dividido em mel escorrido, quando obtido por escorrimento dos favos desoperculados, mel centrifugado, quando obtido por centrifugação dos favos desoperculados, e mel prensado, quando obtido por prensagem dos favos. (BRASIL, 2000) Quando o mel é obtido pela prensagem, classifica-se como “mel industrial”. Para que o mel seja considerado “mel de mesa”, é necessário respeitar os limites estabelecidos pela legislação, caso contrário será considerado como mel industrial ou produto não comestível, a depender do critério analisado. (BRASIL, 1985)
O mel é 25% mais doce do que o açúcar graças ao seu alto nível de frutose. Sua composição média é de 17,1% de água, 82,4% de carboidratos totais e 0,5% de proteínas, aminoácidos, vitaminas e minerais, sendo que, em relação aos carboidratos, 38,5% corresponde à frutose, 31% à glicose e os 12,9% restantes à maltose, sucrose e outros açúcares. (KHAN; ABADIN; RAUF, 2007)
Mesmo com o clima tropical, a Amazônia serve de abrigo para abelhas melíferas sem ferrão, produzindo mel, pólen, própolis e outros produtos. Tais derivados além de possuírem potencial venda, contribuem na saúde humana. (ASSIS, 2001)
O mel varia muito em relação à sua qualidade, podendo ser escuro e até mesmo amargo e desagradável ao paladar, neste caso podendo ser um mel obtido a partir de néctar proveniente de flores venenosas e, consequentemente, sendo nocivo ao ser humano. (LANGSTROTH, 1853)
A popular atividade antibacteriana do mel varia de acordo com o néctar obtido da flor entre 35% a 75%, em relação ao Staphiloccocus aureus, sendo o primeiro valor correspondente ao mel unifloral obtido de rododendro (Rhododendron L.) e o último da colza (Brassica napus), ou seja, não se deve admitir qualquer mel produzido como livre de microrganismos. O principal fator antibacteriano se deve aos ácidos presentes no mel, tendo o pH como um fator adicional. (BOGDANOV, 1997) A atividade também pode variar em virtude da safra. Há a hipótese de que em períodos de escassez de flores, as abelhas realizam a coleta do alimento em colônias fúngicas, fezes e argila, por consequência gerando colônias de microrganismos indesejáveis no mel. (MATOS et al, 2012).
No que tange às normas higiênico-sanitárias e tecnológicas para mel, a Portaria nº 6 de 25 de julho de 1985, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), estabelece regras e limites em relação à produção (apicultura) até a venda do mel e seus derivados.
Em relação às análises e índices de qualidade do mel destinado a consumo humano direto, a Instrução Normativa nº 11 de 20 de outubro de 2000, também do MAPA, determina as características sensoriais, físico-químicas (maturidade, pureza, deterioração) e critérios macroscópicos e microscópicos que o mel deve conter, listados na Tabela 1.
Tabela 1 – Características do mel e seus respectivos limites | |
Análises | Aspectos e valores |
Características sensoriais | |
Cor | Quase incolor a pardo-escuro |
Sabor e aroma | De acordo com a origem |
Consistência | De acordo com o estado físico do mel |
Características físico-químicas | |
Açúcares redutores | 65 g/100 g |
Umidade | Máximo 20 g/100 g |
Sacarose aparente | 6 g/100 g |
Sólidos insolúveis em água | Máximo 0,1 g/100 g¹ |
Cinzas | Máximo 0,6 g/100 g |
Pólen | Deve apresentar grãos de pólen |
Fermentação | Não deve ter indício de fermentação |
Acidez | Máximo de 50000 equivalentes por grama |
Atividade distásica | Mínimo 8 na escala Göthe² |
Hidrometilfurfural (HMF) | Máximo 60 mg/ kg |
Fonte: BRASIL. Instrução Normativa nº 11 de 20 de outubro de 2000. ¹No mel industrial, tolera-se até 0,5 g/100 g ²Mínimo 3, caso o mel apresente valor menor que 15 mg/ kg de HMF |
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