Ferrock: Nova alternativa do futuro

PRODUÇÃO DO CIMENTO CAUSA NO MEIO AMBIENTE E NA SOCIEDADE

Valdeson Nascimento (PUC GO) [e-mail]

Wilson Silveira (PUC GO) [e-mail]

Felipe da Silva e Souza (PUC GO) [e-mail]

1.INTRODUÇÃO

Esse trabalho foi elaborado a partir de uma revisão de literatura em bases de dados, nas áreas de engenharia, biológicas e da saúde tais como: Scielo, eCycle, Google Acadêmico. As palavras chaves utilizadas foram “cimento” e seu correspondente em inglês “cement” e também “Ferrock”.

A questão condutora dessa pesquisa foi: de que forma a produção do cimento impacta o meio ambiente e a sociedade e como poderíamos minimizar esse impacto de forma sustentável?

        O material selecionado foi agrupado em categorias de acordo com os conteúdos encontrados, referentes a tudo que engloba a produção do cimento, sua aplicação na construção civil, os danos causados ao meio ambiente e possíveis alternativas sustentáveis. Na sequência os artigos foram submetidos a releituras com a finalidade de realizar uma análise interpretativa, direcionada pela questão condutora.

Esse trabalho teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre o impacto que a produção do cimento causa no meio ambiente e na sociedade, e também a aplicação de um possível substituto sustentável desse material: o ”Ferrock”.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 André Barbosa de Lima (2011) explica a fabricação do cimento passo a passo.

2.1.1 Extração

O calcário é a principal componente para a fabricação do cimento. A parte que se usa do calcário é a chamada “ cal “, na qual significa 56% da matéria bruta. Também é extraído o elemento “ argila “ neste ciclo, e composta de silicatos de alumínio hidratados, óxidos de ferro, alumínio e silício, essenciais para fabricação do cimento. Sua extração no Brasil é mais comum ser a céu aberto, e também pode ser em jazidas subterrâneas. Nesta etapa, utilizam-se explosivos para desmantelar as rochas. Uma gestão de projetos de mineração é importante no método acima, impactando menos no meio ambiente.

1. Britagem

O calcário extraído é transportado até o local de britagem – os blocos são encaminhados ao britador para reduzir as dimensões -. Parte importante do processo de fabricação do cimento, em que a diminuição da granulometria se entende por um beneficiamento mineral.

1. Depósito  

O calcário e a argila são estocadas separadamente nas chamadas “ stock pile “ – armazenamento em pilhas – para manter essas matérias primas uniforme no processo de moagem, afim de exercer uma pré – homogeneização. Com este momento, minimiza efeito na composição química destes elementos.

1. Dosagem

Através de um transportador de correia, o calcário e a argila é dosado para ser fragmentado no moído de cru em 90% e 10% respectivamente. Dosagem efetuada com base em parâmetros químicos, o chamado “ stacker “, que realiza a homogeneização e acrescenta aditivos como minérios de ferro e areia no silo de dosagem e posteriormente, na balança dosadora.

1. Moagem de Cru

Após fragmentar a matéria prima, é formada uma farinha crua a partir de moinhos de bolas e moinhos verticais, com dimensão da granulometria em torno de 0,050 mm. Após isso, é transportado para o moinho de cru – composto por bolas de aço e duas câmaras -.

1. Silo de Homogeneização

Essa farinha foi perfeitamente dosada e balanceada nos passos anteriores para que os elementos sejam combinados perfeitamente com o clínquer. Assim, o silo de homogeneização ou Torre de Ciclones vai fazendo a transferência do calor do ar para o material ocorrendo à perda de CO2 e iniciando-se a pré-calcinação da farinha de cru, através de processos pneumáticos e pela gravidade.

2.1.7        Clinquerização (Pré-aquecimento)

A partir dos silos de homogeneização, a farinha é introduzida em fornos para finalizar a pré-calcinação, promovendo o início do aquecimento do material. Os fornos de cimento são na maioria rotativos, cilindros horizontais de até 160 metros de comprimento. A farinha é aquecida até 1450°C, resultando em um mineral sintético, chamado clínquer - produto granulado, obtido por tratamento térmico de uma mistura adequada de calcário e argila até fusão parcial e posterior reação química entre os óxidos de sílica, cálcio, ferro e alumínio -.

2.1.8        Resfriador

Nesta etapa que se encerra a clinquerização. A finalidade do resfriador é reduzir a temperatura, rapidamente, pela passagem de uma corrente de ar frio no clínquer, ao mesmo tempo em que recupera o calor contido no mesmo. Dependendo da instalação, na saída do resfriador o clínquer apresenta-se com temperatura entre 70ºC e 50ºC, em média. Após o resfriamento, é transportado e estocado em depósitos.

2.1.9        Depósito de clínquer

O principal componente do cimento, é armazenado em silos até a próxima etapa de acréscimos de materiais aditivos.

2.2.1        Aditivos

Elementos como gesso, escória de alto forno - se formam pela fusão das impurezas do minério de ferro, juntamente coma adição de fundentes (calcário e dolomita) e as cinzas do coque -, pozolana - materiais silicosos ou sílico -, são estocados separadamente antes de serem colocados no moinho de cimento.

2.2.2        Expedição

Com o produto final pronto, a remessa é feita de duas maneiras: a granel ou ensacagem. Máquinas especiais enchem o saco até o peso específico (50kg) e embalam em papel kraft para melhor manuseio da mercadoria.

3. Impactos causados pelo cimento

3.1        O impacto a saúde dos trabalhadores

        O fato mais preocupante com a saúde dos trabalhadores das industrias cimenteiras é que existe poucos estudos na literatura brasileira, pois o que mais sabe que todos os materiais utilizados para a fabricação do cimento são altamente tóxicos que podem desencadear várias doenças respiratórias pois contém altíssimas concentração de partículas pesadas em suspensão, falta equipamentos de proteção, pouca segurança na produção e falta de comunicação entre empresa e o responsável pela segurança do trabalhador, a sua contaminação pode acontecer através do: